Imagine BTS → Namjoon

A fotografia

 Lá está ele. Kim Namjoon. Hoje veste uma camisola preta, umas calças de ganga escura e usa uns óculos de sol e um colar de prata com uma cruz ao pescoço. Lindo, como sempre. Clique. Clique. Tiro todas as fotos que consigo, até o perder de vista. Clique. Acho que estas ficaram boas, refresco a memória ao olhar para a máquina fotográfica. Verifico melhor quando estiver em casa.

Ah pois, quem sou eu? Estou para aqui a falar dele mas então e eu? Sou simplesmente alguém que aprecia a beleza de Kim Namjoon seguindo-o pelo aeroporto ou pelas ruas. Basicamente uma paparazzi por conta própria. Não ganho dinheiro com isso, não, só gosto de o admirar e de ouvir as suas músicas.

Outro dia. É fim de semana. Vou até ao café tomar o pequeno almoço e, de seguida, passo pela estação de metro para comprar um bilhete para ir ver o Namjoon para a semana. Porém, quando estou a caminho da bilheteira avisto-o. Não pode ser. Ele devia estar em Seoul. Mas é ele, tem os mesmos óculos de sol que ontem e veste uma camisola às riscas que já vi antes. Aproximo-me, mas não demasiado. Ainda bem que nunca deixo a minha máquina fotográfica em casa. Guardo o dinheiro do bilhete e tiro a câmera da minha bolsa. Clique. Clique. Ele dirige-se à saída e eu sigo-o, no entanto, perco-o de vista devido à quantidade enorme de pessoas presentes no local. Suspiro. Que sorte! Nunca pensei em encontrá-lo aqui.

De repente, alguém me segura na manga da camisola e me puxa para um canto de um edifício.

- Tu. - Ele. Abro o mais possível os meus olhos por estar imensamente surpreendida. Nunca estive tão perto dele como agora. - O que é que estás a fazer?

- Hum... - Estou sem palavras.

- Por que me estás a seguir? - Namjoon tira os óculos de sol.

- Eu...eu não estou.

- Olha, eu sei que queres fazer o teu trabalho mas acho que já chega. Estás a ir longe demais. Não tens fotos que chegue? - Estou paralisada. - Hm? - A sua voz está agressiva, fazendo-me sentir culpada.

- Desculpa. - Não fazia ideia que ele sabia da minha pequena existência ou que o incomodava de alguma forma. - Eu-eu não sabia que-que te perturbava assim tanto.

- Para, ok? Ninguém gosta de saber que está a ser seguido na rua. - Ele acalmou, mas parece que ainda está chateado.

- Desculpa, desculpa, tens razão...Eu paro de tirar fotografias e de te perseguir. - Ele assente com a cabeça. - Mas Namjoon, - ele olha-me já com os óculos de sol postos. - Eu não as publico em lado nenhum, são apenas minhas. Não te iria expor dessa forma. - Ele dá um sorriso de lado e afasta-se de mim sem ninguém reparar que estivemos juntos sequer.

Depois de chegar a casa, decido juntar as fotos todas que tenho do Namjoon e entregar-lhas dentro de uma capa no dia seguinte, em Seoul. No entanto, apago as de ontem antes de as imprimir, por arrependimento. Quando lhe entreguei a capa, Namjoon olhou-a, surpreso, e, de seguida, curvou a cabeça, aceitando-a. Nos dias posteriores, continuei a acompanhá-lo, mas sem máquina fotográfica. Só levava os meus olhos para o apreciar e guardá-lo nas minhas memórias. Não é a mesma coisa mas fico contente por continuar a vê-lo sem incomodar. Uma vez ele até me sorriu.

Setembro estava prestes a chegar e eu ainda não tinha arranjado nada para fazer. Passava horas na internet à procura de empregos, part-times e nada aparecia. E nenhum me interessava. Até que me abordam na rua...

- Desculpe, por acaso não se chama Y/N? - Um homem vestido de fato, por volta dos 30 anos toca-me no ombro com um tom esperançoso.

- Sim. - Só espero que não seja ninguém a fazer publicidade.