Capítulo 24 Revelação do Mal

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Com seus sapatos estalando sobre o piso de mármore, o castelo de Liones na Inglaterra se deslumbrava com o por do sol daquele dia, andando por aqueles corredores em forma de xadrez, o vento batia levemente em seus cabelos fazendo as cortinas de seda daqueles corredores se movimentarem, ao chegar em uma sala, suas mãos tocam a maçaneta da porta, abrindo-a um leve rangido se ouvia no lugar, adentrando aquela sala, havia apenas um garoto sentado sobre um trono, caminhando em sua direção, o menino estendia sua mão, de joelhos o jovem beijava sua mão.

-Finalmente você chegou, estávamos a sua espera. (Dizia aquele garoto com um sorriso macabro em seus lábios).

Em pé, aquele jovem se pôs ao seu lado do trono, se inclinando levemente, com seus lábios carnudos, ele sussurrava em seu ouvido.

-Irmão, estamos apenas nós dois aqui dentro, não há mais ninguém. (Dizia o jovem respondendo seu irmão mais novo).

Ele porém sorriu, virando sua face na direção daquele jovem, o menino o respondia com a maior tranquilidade possível que um pré-adolescente podia ter.

-Não veja apenas na carne, abra seus olhos e verá quem realmente está aqui dentro. ( Dizia o seu irmão mais novo enquanto levava uma de suas mãos para fechar os seus olhos).

Com suas pálpebras fechadas, um leve suspiro saiu de seus lábios e quando o garoto retirou suas mãos de seus olhos, ele os abria com um certo espanto, as sombras causadas pelo por do sol começavam a se desenhar sobre o piso de mármore, por de trás das colunas envoltas nas trevas pessoas com semblantes bastante perturbadas saíam enquanto as sombras recuavam sobre o piso xadrez desenhado sobre o caminho do trono de onde estava seu irmão mais novo.

-Este é o nosso povo que vingará a morte de nossos pais. (Dizia aquele menino se mostrando alegre com os semblantes de perturbação daquelas pessoas).

-Lauro, você sabe que quem matou nossos pais, foram os pais do garoto que você ama não sabe? (Perguntava o jovem que estava ao seu lado enquanto mostrava um leve receio de seguir adiante com o que estava acontecendo).

Porém um sorriso havia calado todos que estavam dentro daquela sala, levantando-se do trono onde estava assentado, ele vai para frente de seu irmão mais velho e o responde.

-Meliodas ... as vezes você se esquece do que aconteceu no passado, antes de nossos pais morrerem Lucas fora vendido para nós, agora vamos pegar o que nos foi dado e vingar o nosso sangue que foi derramado. (Respondia Lauro enquanto passava ao lado de seu irmão mais velho e olhava pela janela entalhada de desenhos religiosos o por do sol sobre as montanhas).

- Temos pessoas encarregadas para cuidar disso ... lembre-se de que fui eu que matei a sua amada ao pousar no Japão, não queira me desafiar novamente meu irmão. (Prosseguia Lauro dizendo em tom de descontentamento pela indecisão por parte de seu irmão mais velho).

Meliodas porém abaixou sua cabeça e descendo os degraus do trono para se distanciar de Lauro, em frente ao seu trono ele o responde com o mesmo tom que antes havia sido dado a ele em forma de resposta.

-Eu sei muito bem, mas lembre-se de que Lucas jamais será seu ... não faça isso por ele, faça isso pelos nossos pais e pela honra de nossa família, agora me responda algo Lauro, quando chegar a hora e seu amado não quiser te aceitar ... você estará pronto para mata-lo? (Dizia Meliodas enquanto se escondia entre as sombras das colunas que cercavam aquela sala).

Um leve silencio havia tragado aquele lugar, Lauro por alguns instantes permaneceu calado diante da afronta de seu irmão mais velho, entre o reflexo do sol emitindo naqueles vidros entalhados de desenhos religiosos, ele pega uma tocha que estava ao seu lado colocado na parede, com ela em suas mãos ele quebra aquele vidro, o som daqueles cristais se quebrando ecoou por breves minutos entre as paredes daquela imensa sala, se virando para trás onde estava seu irmão e seus servos, Lauro caminhava lentamente até chegar ao seu trono, se assentando sobre ele, seus lábios se abriam para dar-lhe uma resposta.

- Se nem a você eu lhe poupei a vida quando era menor, o que dirá de Lucas que nem tem o mesmo sangue que corre em minhas veias? (Dizia Lauro deixando todos em silencio e atônitos com sua resposta).

Levantando sua cabeça e olhando fixamente nos olhos de Meliodas, ele dava sua primeira ordem daquele dia.

-Esperamos demais ... dentro de três dias Lucas completará 21 anos, até lá quero que tudo esteja preparado, a nossa divida será paga custe o que custar. (Dizia Lauro enquanto demonstrava frieza em seu olhar).

Um grito de ordem foi ouvido naquela sala, e aos poucos a porta que permanecia fechada se abria, Meliodas continuou parado até todos saírem, ao se virar de costas para sair daquele lugar, ele responde a pergunta de seu irmão mais novo.

-Você está ciente que com a ordem que acabara de dar, temos plena liberdade de causar a desordem no mundo todo pelos próximos três dias ... isso quer dizer que Lucas também será afetado com essa desordem você está preparado para isso? (Dizia ele que após a fazer tal pergunta em forma de resposta, abriu um sorriso provocativo em seu rosto e saiu daquela sala fechando a porta sem ouvir a resposta de Lauro).

Sozinho naquela sala, Lauro tentava dizer que estaria preparado para isto mas seu coração não o permitia dizer tais palavras.

-Eu sei disso ... mas não estou preparado para isso. (Sussurrava ele enquanto uma lágrima escorria de seu rosto).

Naquele instante o sol se pôs por completo e a noite invadiu aquela sala, o deixando completamente sozinho e mergulhado dentro daquela escuridão.

DE REPENTE BAEKHYUNOnde histórias criam vida. Descubra agora