In the name of love

O final... feliz?

3 anos depois

pov Camila

Desde crianças, nós fazemos planos para o futuro… eu não era muito diferente. Planejava os lugares que iria visitar, onde morar, o que teria na geladeira e com quem casaria (com a garota mais bonita da minha turma do 4° série naquela época). Mas no decorrer da minha vida, os planos sumiram, eu parceria perdida. O que eu faria? Eu me casaria? Teria bons amigos no futuro? Que tipo de adulto eu seria? Onde eu moraria? Sem meus pais o que eu faço?, essas e outras perguntas me assombravam todos os dias.

– Respira - respirei fundo, obedecendo ao que Ally disse - Mais uma vez - respirei fundo novamente - Isso aí! Está nervosa?

– Estou em paz na verdade - sorri e Ally colocou a coroa de flores em minha cabeça.

Bem, minha situação não está muito diferente, eu ainda não tenho as respostas para todas as perguntas. Mas, eu me casaria? Sim. Teria bons amigos no futuro? Sim. Sem meus pais o que eu faço? A dor de não ter eles aqui nunca irá passar, mas, vou levar pra vida toda o que aprendi com eles.

– Eu quero ver a Lauren! - tentei me levantar da cadeira, mas Ally me impediu.

– Não! Ver a noiva antes do casamento dá azar! - ela continuou ajeitando alguns detalhes da minha coroa de flores.

– Isso é um mito Ally! - eu ri e ela revirou os olhos.

flashback on

Não aguentava mais a Lauren olhando pro notebook enquanto estava do meu lado, é demais pedir a atenção dela?

– Amor - deitei de lado e cutuquei ela - Lauren - cutuquei mais - Neném - tirei o óculos dela.

– Camila, eu tô estudando - ela respirou fundo.

– Pensei que tivéssemos saído da faculdade há um tempo - ironizei e pelo olhar dela sei que ela não aprovou.

– Médicos estão sempre aprendendo, Camila - se ela me chamou de Camila é porque ela quer me atirar pela janela.

– Então devia aprender que sua namorada precisa de carinho - cruzei os braços e bufei.

– Camila, você sabe que eu te amo, e, quando eu posso, eu te dou atenção - ela fechou o Notebook antes de falar.

– Quero ver como vai ser quando tivermos filhos.

– De quantos você está falando? - ela arregalou os olhos.

– Acho que uns quatro já me satisfazem - dei uma piscadinha e ela riu com um ar irônico.

– Não é você que vai carregar filhos na barriga! Nem sonhe!

– Vem cá! - puxei ela para mim e a beijei.

Enquanto a beijava, eu só pensava no quanto eu queria isso, não por agora, mas pro resto da minha vida.

– Vamos fazer um filho agora! - mudei nossas posições, ficando por cima dela.

– Você não tá nem louca - ela riu e eu beijei seu pescoço.

– Ou faz um filho comigo ou casa comigo - falei num tom sério.

Ela me afastou dela.

– O que? - calmamente ela perguntou.

– Casa comigo, fica comigo, pelo resto da minha vida… - sussurrei.