Cronicas de uma vida

Sobre mudanças de vida.

Outro dia aconteceu uma coisa engraçada, eu a moça que tem pavor de sangue e se treme ao ver pessoas com enfermidades corporais, veja so, fui convidada pra assistir e ser quase uma doula em um parto.
Logico que fiquei abismada com o convite incomum, mais tambem muito honrada e feliz.
Es aqui alguns dos motivos para tais sentimentos:
1°-> Eu nem sou da familia da futura mamae;
2°-> Sou extremamente chorona e medrosa, como disse anteriormente em casos que haja sangue, geralmente entro no modo nervos a flor da pele.
3°-> Me senti imensamente feliz e honrada em poder ver uma vida vir ao mundo.
4°-> Eu nao sou mae de fato.
E esses ja sao motivos suficientes, nao acha?!
Eu acompanhei a gravidez de perto, senti junto com a mae alguns dos primeiros choques de realidade que sim, havia um bebe ali naquela barriga, o crescimento da barriga, os chutinhos, os desejos que sai algumas vezes junto com ela para ajudar a realizar e enfim, 9 meses depois as dores do parto. Eu pude sentir a dor no rosto enrigecido daquela mae, nao de fato como ela sentiu, mais pela forma com que ela apertava minhas maos, o que chegou ate a deixar a marca de suas unhas.
Instintivamente eu soube que as mulheres sao mais fortes do que aparentam e as vezes no meu caso naquele momento se fingem de forte, eu tive que ser forte para ajuda-la a passar por aquele momento, eu tive que enfrentar minha agonia a sangue para que no fim podesse ver aquele bebezinho, sair de um utero quentinho e seguro e provido de tudo que lhe era necessario para vir triunfalmente para este mundo cheio de incertezas, pessoas ruins e caos por toda parte.
Tive que ser forte para ajuda-la quando queria desistir de tanta dor, quando ela quase desmaiou ou quando o bebe ja tinha nascido e dado sua primeira mamada precisou ser tirado de seus braços para procedimentos medicos de rotina e ver o medo em seus olhos.
Eu pude ver o quao mulheres sao fortes e por mais que finjam força como eu naquele momento, querendo ou nao passar por essa experiencia me deixou tambem de certa forma uma mulher forte.
Isso mudou minha vida, naquele exato momento em que presenciei o nascimento de um bebe, e tenho que dizer... coloca-lo nos braços depois de tudo foi como sentir que o dever tinha sido cumprido, que o convite que recebi nao era so uma honra, mais eu consigui honra-lo como era esperado.
Ver uma vida se iniciar eh realmente transformador.