Já tinha se passado alguns meses, desde que começamos a namorar, então, nossa relação cada vez ficava mais séria, pra não dizer monótona.
Ela era muito carinhosa pra mim, com uma cara sarcástica bem Dr.House, mas com um fogo queimando por dentro, como lava saindo de um vulcão em erupção.
Eu precisava de mais. Queria mais. DESEJAVA MUITO MAIS!
Pobre Jheny, não sabia o 'monstro' que havia criado.
Porém, os dias iam se passando. E nas idas e voltas da faculdade, alguns encontros, jantares, etc, essas coisas de namorados, íamos levando aquele relacionamento.
"JÁ NÃO TEMOS MAIS NADA EM COMUM, ALÉM DA IDADE." Eu pensava comigo mesmo ao me deitar depois de um longo dia. Não conseguia dormir direito mais. Aliás, eu me preocupava com o bem estar dela, ou não, não safadamente. E eu pensava ali comigo mesmo..."O QUE DEVO FAZER?" E com essa frase egoando na minha cabeça, dormi e não percebi.
Mais um dia começou, e tinha tudo pra ser só mais um dia, a não ser por um simples detalhe, UMA ALUNA NOVA na minha turma de cálculo.
Sério? Uma garota fazendo ciência da computação? Não queria acreditar.
Como de costume, e por educação, e também por ela está usando uma saia com uma camiseta de botões que realçava seus seios, cabelo negros, amarrados e óculos, fui me apresentar. Mas, e a Jheny? Ela iria virar passado. Mas deixa eu terminar a história da garota nova.
- Olá. Prazer...
- Oi, prazer só em outros lugares...
Woooow, o que foi isso? Mas já?
- Haha, e onde seria esses prazeres?
- Turma, sente-se, vamos começar a aula.
- Depois da aula conversamos, gatinho.
Porra, aquele velho tinha que atrapalhar minha conversa logo agora?
Então a aula acabou, e eu fui atrás dela.
- Iae, vai pra onde agora?
- Estava pensando em comer algo...
- Gosta de pizza?
- Claro!
- A primeira é por minha conta, vamos? Meu carro está ali.
- Ótimo, vamos.
E ali estava eu, e ela. Uma garota que até então nem sabia o nome. Pra quebrar o gelo...
- Bom, você ainda não disse seu nome
- Ah, sim. Safira!
- Hum, vez jus a linda pedra preciosa.
- Nossa, que clichê...
- Desculpa, não sabia o que falar, mas um elogio sempre é bom, não acha?
- Sim, sim.
- Chegamos.
Levei ela na pizzaria que sempre levava a Jheny, e nem lembrei disso. Estacionei o carro e entramos. Pedimos uma pizza, e dois sucos.
- Bom, o que fez você querer cursar CDC?
- Ah, meu pai gostava muito de computadores. Ele tinha até uma oficina só dele, e quando eu era criança gostava de observar ele.
- É, um belo motivo. Achei um tanto que, excentrico, uma garota em CDC.
- Eu sabia que alguém ia falar isso.
E continuamos a conversar por algumas horas, e nos abrimos um pouco um com o outro. Acabou que não foi só uma ida a pizzaria.
- Olha só, já tá na hora de ir pra casa...
- Relaxa eu te deixo lá.
- Não precisa, eu me viro.
- Que isso, seria um prazer.
- Olha, ele já está falando de novo sobre prazer (ela me olhou com um olhar safado)
- Bom, quero descobrir quais são os seus prazeres...
E saímos. Quando eu pensei que, talvez iria dá uns pegas nela, eis que de repente antes deu abrir a porta, Jheny abre a porta.
- Olá (com uma cara nada amigável) te liguei várias vezes e você não me atendeu.
- Deixei o celular no carro
- Quem é essa ai?
- Ah, uma amiga da faculdade!
- Hum...e pra onde você ia?
- Ia deixar ela em casa...
- É o que? E eu te esperando que nem uma besta. Grr.
E assim ela me deu as costas e foi embora.
- Jheny... espera...
Mas não adiantou.
- Desculpa por atrapalhar...eu posso ir sozinha, sério, não se preocupa.
- Que isso, você mora perto, vamos lá. Depois resolvo com ela.
E lá estávamos de novo, sozinhos no meu carro. Não demorou muito e chegamos.
- É essa vermelha aqui...
- OK!
- Obrigada pela tarde e desculpa...
- Não precisa se desculpar, eu e ela já não estamos nos dando certo mesmo.
- Ah que pena. Bom tem café lá na cozinha, se você quiser conversar mais...
- Parece que você acertou meu ponto fraco, café! Ok, só uma xícara.
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O SADOMASOQUISTA
RandomE se você resolvesse falar tudo o que passou na sua vida? Será que alguém pararia para lê?