Capítulo 2

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"Pode entrar se quiser". O homem disse abrindo a porta. "Só tome cuidado para não ser derrubada". Ele deu uma risada um tanto maligna.

O garoto, que tinha asas, fazia o que parecia ser um treino de voo. Ele passava entre arcos, girava e parecia estar em um daqueles jogos de vídeo game. Então percebi ter sido avistada, como um rato para um gavião.

"Encantada?". Um vento balançou meu cabelo . Ele tinha "pousado" ao meu lado.

"Encantada? Pensei que você fosse um garoto"

Ele riu. "Encantada?". Repetiu.

Sorri e estendi a mão. "Encantada". Como sou burra.

"Nunca te vi por aqui". Ele me rodeava como se eu fosse uma presa.

"Eu sou nova, quer dizer, eu não sei se vou ficar aqui". Não me sinto bem. "Eu acho que vou...". Vomitei.

Ele me abraçou, seu toque era leve e macio, como uma pena. "Vou pegar um toalha". Ele voou até algum lugar e voltou com a toalha.

Limpei a minha boca. "Esse lugar é um tanto enjoado". Ele disse e riu.

Sorri e tossi. "Exatamente isso". Não conseguia parar de sorrir, me sentia ipnotizada.

Então senti um tranco, me sentia normal novamente. Ele riu. "Esse é o meu poder"

"Eu pensei que você voasse". Me sinto confusa.

"Voar não é um poder".

"É, tá certo..."

"Qual é o seu poder?". Ele estava cada vez mais perto de mim.

"Não tenho poderes". Fiz uma careta.

Ele riu da minha cara. "Se você está aqui, você algum tipo de poder".

"Como assim?".

"Vou te explicar, vem comigo". O garoto me levou até um pequeno lago, que ficava quase no limite da propriedade". Ele se sentou no banco que na frente do lago, guardando suas asas.

"Eles trazem as pessoas aqui, normalmente quando descobrem que elas têm poderes, como ler mentes, fazer as pessoas se sentirem mal". Ele riu. "Enfim, nos somos 'escolhidos' e trazidos para cá, somos uma família, cada um com uma diferença e um problema antes de vir para cá". Ele parecia entretido.

"Eu acho que entendi, mas quer dizer que eles te 'sequestraram'?"

"No meu caso, não digo que foi um 'sequestro' mas um acordo, eu nasci como uma aberração, meus irmãos são extremamente normais", ele parou para respirar. "Aqui eu encontrei a minha verdadeira casa, me sinto normal aqui"

"Você não é uma aberração", eu e o garoto sorrimos.

"Qual é o seu nome? O meu é Luke", Luke estendeu a mão, abrindo um sorriso largo.

"Laura", disse sorrindo de volta e pegando a mão de Luke.

"Vai ficar durante quanto tempo?". Ele me ajudava a levantar.

"Não sei, além do mais, não sei nem o motivo para eu estar aqui". Eu realmente não sei.

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⏰ Última atualização: Jul 10, 2014 ⏰

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