prólogo

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"Me casei por amor.
Foi apenas amor."
Era imenso.
Não via ninguém além dele.
Mesmo eu tendo toda essa vida badalada de celebridade, no auge, a queridinha de Hollywood.
Ele não ficava atrás, também era um astro do cinema, o queridinho de Hollywood.

Mas havia um jogo de interesses gigantescos, todo dia havia fotos dele em baladas, noitadas, mulheres, dinheiro, o verdadeiro bad boys das telinhas.

Brigamos feio, mas muito feio. Meses sem nos ver, holofotes nas primeiras semanas estavam intensos, mas com o passar do tempo, não houve mais.

Meses passaram e nada de alguém lembrar de Jennifer e Brad.
Nossos filmes, que iam ser lançados, o público não estava tão entusiasmado.
Meus assessores sabiam que isso tudo era reflexo do meu término com Brad. Nós éramos tietados, posters em tudo quanto é postes, banners, outdoors.

De fato nós juntos fazíamos muito mais dinheiro, do que separados. Definitivamente.

No dia 24 de Julho, recebi uma ligação. Era a equipe do Brad. Marcando um jantar num dos apartamentos dele em NY. Toda a Elite estava informada, eu sabia pelas especulações de todos para que eu fosse. Papparazzis estavam na porta do hotel em que eu estava hospedada, repórteres não pararam nem por um segundo de pedir nem que seja dois minutos de entrevista.

alguma coisa aí tinha.
Aceitei. Fui.

Me

Casei.

Saio de lá casada com Brad Pitt, vestido branco, véu, grinalda, salto alto, buquê.

É, decidiram por mim o que seria melhor pra mim, e para a minha carreira. E de fato era mesmo. É inegável.

Mas eu não perdoei o que Brad fez comigo, não iria perdoá-lo tão cedo. Ele parecia tranquilo com a ideia do casório. Já estava de terno, com sua florzinha no bolso do paletó. Cabelo despojado e barba feita.

Eu o amava, não tinha como negar isso pra mim. Mas não era desse jeito que eu queria, ele não me ligou se quer uma vez, não procurou se redimir, não me visitou, sempre que perguntavam sobre nós (o que aconteceu MUITAS vezes) ele balançava a cabeça dizendo que não, e mais nada.

Não comentamos sobre o assunto. Mas tivemos que dar uma versão ao público: "não era pra ser, mas quero que ele(a) seja muito feliz." fazíamos nosso melhor sorriso é saímos de cena. Simples. Mas doía. Como doía. Eu o amava TANTO.

Mas a reciprocidade era o que me matava por dentro. Por vezes pensei que era apenas por conveniência (e que conveniência), mas tinha vezes que eu sentia que era real. Que os beijos, abraços, eram reais.

Nos casamos. Naquele mesmo dia. Estava tudo planejado. Me troquei naquele apartamento, fomos de helicóptero para um local aberto, e muito bem arrumado. Decoração de rosas azuis. Tudo lindo. Padre. Convidados, poucos, mas havia. Apenas algumas estrelas da fama, e outros parentes. Fotógrafos de monte. A certeza que eu tinha era que eu nem haveria dito o "sim" e o mundo inteiro já estaria sabendo do meu inédito casório.

A cerimônia foi linda pra quem assistia de fora. Mas pra mim, foi decepcionante. Sempre quis me casar com ele, mas não assim. Nunca.

Éramos ótimos atores, fizemos papéis dignos de Oscar, quem diria que não estávamos absolutamente apaixonados e emocionados? Ninguém.

O meu "sim" teve direito a lágrimas, e o dele a algumas lágrimas e sorrisos enormes.

Nos beijamos docemente, nada muito longo e sexy. Mas doce, e terno. Ele segurou no meu rosto, foi lindo.

Saímos de mãos dadas, sorrindo para todas as inúmeras fotos, pareciamos mesmo estar felizes e realizados.

"Me casei por amor
Foi apenas amor."

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