•O preço da fama•

vinte e nove

Jennifer Aniston

Depois daquela briga ridícula do Tom com o Brad, fui embora. Peguei um dos carros e dirigi até o bar da cidade vizinha. Bebi todas mesmo, só percebi que tinha que sair quando os meus seguranças estavam me carregando até o carro. Só sei que dirigiram até a minha casa, Dorota me ajudou a ir até meu quarto e depois disso de nada mais lembro.

Despertei.

O que tá acontecendo? Brad e eu na mesma cama?

Virei meu rosto e eu estava deitada no seu peito, nossas pernas estavam entrelaçadas e seu braço debaixo do meu pescoço, estava por cima de mim. Mas...Como? Tento me lembrar se houve alguma transa ou alguma coisa mas não me lembro de nada. Respirei fundo antes de me levantar da cama.

O que ele tá fazendo no meu quarto? No meu quarto?

Fui até o banheiro, escovei meus dentes, fiz xixi e tomei meu banho. Um banho bem longo e cheio de espuma. Visto meu roupão e penteei meu cabelo. Calço meus chinelos e saio do banheiro sentindo o cheiro do meu perfume, Brad dorme feito um bebê.

Me troquei colocando um vestido justo, preto florido de alças. Calcei sapatilhas de cor preta e deixei meu cabelo escorrido. Não passo nada de maquiagem, saio do quarto nem olhando pra trás. Andei até a cozinha e a mesa do café da manhã já estava posta. Nossa. Eu mal voltei pra casa e os funcionários e empregados já voltaram também, que praticidade.

Quando eu já estava na minha segunda torrada com geleia de amora, Brad aparece na cozinha. Apenas de: boxer.

Tem noção disso?

apenas de boxer preta e com o cabelo bagunçado, hálito de menta e totalmente charmoso. Seu corpo estava todo exposto e eu fiquei por alguns momentos babando no homem na minha frente.

- bom dia -ele fala me tirando do transe e eu virei meu rosto te olhando.

-  ah, bom dia -falo dando mais uma mordida na minha torrada enquanto eu te olhava.

- waffles -ele diz sentando na cadeira que era na outra ponta da mesa.

- sim. Dorota sabe que você gosta sempre manda fazer. -eu disse passando a calda de caramelo pra ele.

- pensei que você fosse que mandasse. -ele diz despejando a calda no waffle e eu fiquei te olhando sem dizer mais nada- hoje querem que eu vá pro hospital. Passar com o especialista. Acho que é pra dar início ao tratamento

- entendi -me limitei a apenas dizer isso, não quero criar falsas esperanças com esse assunto- por que você  dormiu no meu quarto?

- nosso -ele diz enquanto mastiga, assim que termina de engolir me encara- não é o nosso quarto?

- não. -falei séria- você tem seu quarto, eu tenho o meu. O nosso é em outro corredor e é bem diferente do meu particular

- e por que?

- porque decidimos assim, eu te disse que não somos casados de verdade. O nosso quarto é só para sustentar as aparências. -me levantei da cadeira limpando a minha boca com o guardanapo depois de ter bebericado o café.

- você já vai?

- já terminei meu café. -falei parando de andar

- vai pra onde?

- no spa.

- ah -ele dá uma pausa pra terminar o gole no seu café- queria te perguntar uma coisa.

- Brad. Não começa. É de manhã.

- na verdade já são 14h -ele diz olhando o relógio na parede- nós que acordamos tarde.