No último ano do ensino médio as coisas tendem a ser mais complicadas, mas e se junto com essas complicações na escola também viessem problemas fora dela? Como seria?
Alexia, uma adolescente como qualquer outra, vinha tendo uma vida normal até que...
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Alexia
Quando a última aula acabou, eu decidi ir a pé para casa, para pensar um pouco.
Estava andando pelos corredores cheios de alunos, e depois de um tempo esbarrando em incompetentes que não prestam atenção por onde andam, finalmente consegui sair de lá. Já ia passar pelo portão quando dei de cara com aquela puta da Mirella.
- Com licença Mirella - falei quando ela parou na minha frente, impedindo minha passagem
- Oh meu Deus! Não sabia que animais pediam licença - falou e olhou para suas amigas que estavam ao seu lado rindo.
- Olha garota eu estou perdendo a paciência com você. Sai da minha frente - disse já nervosa
- Oh ela ficou irritadinha - disse em um tom irônico
- Sai da minha frente agora, ou eu vou ter que te tirar - disse chegando perto dela
- Garota, quem você pensa que é, para falar assim comigo? - disse dando uma de superior
- Eu avisei
Nao falei mais nada, dei um tapa no rosto de Mirella e ela veio para cima de mim, me deu dois tapas no rosto e nós caímos no chão, mas ela não conseguiu ficar por cima de mim por muito tempo, eu virei e fiquei por cima dela depositando vários tapas no seu rosto, só parei quando alguém me tirou de cima dela.
Como a briga aconteceu fora da escola o diretor não pôde fazer nada.
Já estava de pé quando de repente fui puxada bruscamente pelo braço, olhei para ver quem era e me deparei com Matheus.
- O que você pensa que tá fazendo?- falou ainda andando e me puxando junto
- Você sabe muito bem que faltava muito pouco, mas muito pouco mesmo, pra que eu perdesse a paciência com aquela garota
- Eu sei Lexy. Mas logo no primeiro dia de aula?- ele me soltou, parou de andar e ficou de frente pra mim
- FODA-SE -Gritei e comecei a andar mais rápido
Deixei ele pra trás e continuei o meu caminho de volta pra casa.
- LEXY!- ele gritou mas eu não parei, muito menos me virei, mas sabia que ele estava correndo atrás de mim.
- Deixa eu te acompanhar até em casa, por favor - disse ofegante, enquanto parava ao meu lado.
Dei de ombros
Matt me acompanhou até em casa. Durante o caminho fomos conversando sobre as fofocas e sobre as pessoas que gostamos.
- Então... Lexy, você está gostando mesmo do Ryan?- ele disse e ficou me olhando enquanto andava ao meu lado
- Sei lá. Acho que sim - senti meu rosto esquentar ao falar que gostava do Ryan, acho que fiquei vermelha.
- Olha que fofa, ela ficou toda vermelhinha- ele disse rindo da minha cara
- Cala a boca, idiota! Vamos falar sobre outra coisa - falei pra mudar de assunto
- Até agora não acredito que você arrumou briga com a Mirella logo no primeiro dia aula - ele disse negando com a cabeça em reprovação do meu comportamento
- Ela teve o que mereceu! - disse e quando percebi já estava no portão de casa
- É... Nossa conversa acaba aqui. Até amanhã Lexy - Matt falou e me abraçou, depositou um beijo na minha testa e voltou a andar em direção a rua de sua casa sem esperar minha resposta.
Entrei, passei pelo hall da entrada e subi para meu quarto tomei um banho e me troquei.
Depois de pronta, fui até o quarto de Natalie, queria levar ela até o parque pra um passeio.
Quando entrei, ela estava sentada com suas bonecas em sua mesinha e usando um chapéu de mestre cuca rosa na cabeça, brincando de hora do chá.
Fiquei algum tempo admirando aquela cena tão fofa. Bati na porta, para ela notar minha presença.
- Oi Lea, pódienta. Voxêqué chá?
- Claro que sim meu amor. Onde eu posso sentar?
- Voxê pódi fita do lado do senhô cenola.
Me sentei com as pernas cruzadas ao lado do senhor cenoura, e peguei uma xícara de plástico, que Nat encheu com um chá imaginário.
- Hum, está muito bom o seu chá de... - Olhei pra xícara e levantei um sobrancelha.
- MOLANGO - Nat gritou enquanto batia palminhas.
-Isso, morango. Está maravilhoso!
- Que bom que voxê gostô, é o pefelido do usinho Poh - disse com um enorme sorriso.
- Então meu amor, eu estava pensando em ir no parque hoje. O que acha de você e o senhor cenoura irem comigo?
- Eu quélo, mas tenhu que peguntá pu senhô cinola- ela levantou do seu lugar, e fingiu cochichar algo no ouvido do boneco, e fingiu ouvir sua resposta fazendo sim com a cabeça.
- Ele disse que só pódi ir se todos os amiguinho ir tombém
- Claro que você pode levar todos eles.
Nat saiu correndo pelo quarto batendo palmas, e parou na frente do roupeiro.
- Quélo a loupa de Juanina- disse e pulando até seu pequeno closet.
Vesti minha princesa com sua roupa de joaninha e galochas vermelhas e pegamos seus brinquedos. Avisei meu pai que iria sair com a Nat e fomos até o Hyde Park.
O dia estava agradável, não estava quente, mas também não estava frio, era o clima perfeito para uma tarde no parque.
Quando chegamos ao Hyde Park comprei algodão doce para nós duas, que comemos enquanto eu jogava alpiste aos pombos e a Nat corria no meio de alguns para vê-los levantar voo, eu batia palmas e sorria à cada vez que algum voava. Depois a levei para o balanço e ainda fizemos um piquenique com os bonecos. Foi uma tarde maravilhosa.
No fim, quando voltamos para casa, um carro preto e estranho estava estacionado na frente da nossa casa.
- Temo visita - Nat disse apontando em direção ao carro uma mão e segurando a minha com a outra
- Parece que sim!!- Peguei ela no colo, para poder chegar mais rápido.
Quando entramos em casa, demos de cara com um senhor de idade engravatado, de terno e barrigudo, que tinha cara de poucos amigos.
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Quem será esse homem estranho?
Bom... você só vai saber se continuar nos acompanhando.
