CLAIREEstava do lado de fora da lanchonete enquanto esperava Kourty fazer seu horário de almoço.
Meus pensamentos iam na noite anterior me causando calafrios e medo, ainda sentia o desespero só de pensar naquela coisa novamente.Eu não queria vivenciar isso de novo.
— O que está fazendo aqui na sua folga Claire ? – ela saiu usando aquele uniforme que tanto odiava.
— Preciso falar com você, porque não atendeu o telefone ? – disse tensa.
— O Andy está no meu pé o tempo todo – ela bufou acendendo um cigarro.
— Preciso falar com você.
Ela me olhou como se me repreendesse, mas não, não iria falar sobre o Antônio.
— Não é sobre o Antônio.
Ela acentiu, jogou o cigarro fora e entramos na lanchonete, o lugar que eu também trabalhava.
Ela estava vazia, agradeci por Antônio e sua turma não estarem aqui.
— Quer comer algo ? – ela perguntou.
— Não, Obrigada – disse – Kourty, você... Você acredita em...
A porta da lanchonete se abriu relevando Glenda e Emma entrarem por ela.
Seus olhos foram até mim e a vi caminhar em nossa direção.— Ah não – Kourty bufou.
— Tudo bem – disse.
— Oi meninas – ela sorriu – Estão sabendo da grande festa na casa do Antônio ?
A menção do nome dele me fez congelar.
— O que você quer Glenda ? – Kourty disse e eu encarei o saleiro em minha frente.
— Nada, ele só pediu pra convidar vocês – o barulho do chiclete em sua boca me irritava.
Eu queria avançar naquela cretina e arrancar cada fio de cabelo que ela tinha.
— Obrigada, pode falar pro Antônio que temos coisas melhores pra fazer – Kourty disse ríspida.
— Tudo bem – ela me olhou – Tchauzinho Claire.
— Aaarghh, eu não suporto essa garota Kourty.
— Nem eu – ela disse.
— O que você estava falando mesmo ? – ela me olhou.
— Nada, não era nada – disse sentindo as lembranças do Antônio beijando ela vir em minha mente.
— Kourty, eu já vou, tenho que organizar umas coisas pra minha mãe – menti – Até amanhã.
Sai de lá e fui pra casa, subi direto pro meu quarto, eu estava me sentindo horrível, me sentindo como se tivessem pego meu coração e quebrado ele em pedacinhos.
{...}
Depois de ter jantado com meus pais que, questionaram meu comportamento quieto, eu subi pro meu quarto e tomei um bom banho.
Não sei se conseguiria dormir, mas as luzes ficariam acesas, não apagaria por nada.
Deitei na cama e encarei o teto, estava tensa e com medo do que aconteceu ontem, acontecer hoje de novo.
Olhei para o relógio no criado mudo e o mesmo marcavam nove horas.
Sentei na cama e comecei a ler um livro qualquer pra me distrair, queria tirar minha mente do horror que era sentir medo e a dor de ser traída.
Automaticamente, meus olhos foram cedendo ao sono e sem hesitar, deitei na cama e cobri todo meu corpo até a cabeça.
Uma semana depois
— Claire ? – minha mãe me chamou.
— Oi mãe – gritei.
— Seu pai e eu estamos saindo, se precisa de algo é só ligar – ela disse.
— Tudo bem, tchau – gritei de dentro do quarto.
Ainda tinha medo daquela criatura mas ela não havia aparecido mais, confesso que fiquei em claro na primeira e na segunda noite, não consegui dormir.
Entrei na banheira e fiquei lá dentro mergulhada em pensamentos, pensamentos que levaram até os dias maravilhosos que Antônio e eu tivemos.
— Droga ! – as lágrimas já desciam pelo meu rosto se misturando com a água.
Levantei e enrolei a toalha em meu corpo, passei a mão no espelho e encarei meu reflexo.
Respirei fundo e dei um meio sorriso, eu não estava bem mas queria fingir que sim.
Abri a porta do banheiro encontrando meu quarto todo escuro, eu não tinha apagado as luzes mas elas não estavam acesas.
A única luz que iluminava o ambiente era do banheiro, que assim que eu dei um passo a frente, se apagou me deixando sem visão.
— Ah não – minha voz saiu trêmula.
Corri até a porta mas a mesma não abria.
— Que merda, abre ! – chutei a porta.
Corri até o criado mudo e acendi o abajur, imediatamente um ser desfigurado que eu conhecia bem apareceu.
Senti minhas pernas ficarem bambas e meu corpo congelar.
Ele deu alguns passos até mim e eu apertei a toalha em volta do meu corpo com força.
De novo não.
Espero que gostem haha desculpem pelo GIF, até o próximo haha não esqueçam de votar e comentar amores 💕😍
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Incubus | Z.M.
УжасыÍncubo (em latim incubus, de incubare) é um demônio na forma masculina que invade o sonho de pessoas fragilizadas emocionalmente, a fim de ter uma relação sexual com elas.