Cap.11

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Aquela festa não estava indo bem, Nicollas estava totalmente bêbado e querendo me embebedar, Minha amiga não encontrava mais,e eu só queria ir pra casa, talvez chorar, talvez fazer algo útil, É.. quem disse que ia ser fácil né? A vida é tão dura que nem sei pra qual caminho ir agora.. não sei se volto pra casa agora mesmo e choro até não aguentar mais até dormir por causa do meu ex maldito, ou se fico aqui e fico bêbada igual a esses malucos que não tem nada o que fazer. Bom, eu decido ir pra casa. Me levantei e fui em direção a porta.

- Ouuuuuuuuuu aonde você vai meu bem? - Nicollas fala me puxando.

- Vou embora nicollas, já deu o que tinha que dar!

- Mas e a sua amiga, não vai esperar ela? - ele insiste.
- Nicollas, ela sabe muito bem como ir pra casa, não vim servir de babá, só me largar porque eu vou embora.

- Ahh não gatinha por favor fica vai! Vamos nos divertir, sei que você gosta..  - ele me olhou com malícia e dei um tapa na cara dele.
-
- É melhor me respeitar moleque! Falei e sai nas pressas de lá.

Decidi andar até na rua de cima pra ver se achava um táxi, ia andando tão rápido, por estar com tanta raiva, que nem percebia se tinha alguém me seguindo ou não, nem ligava pra nada, lágrimas de medo e raiva desciam em meu rosto e eu pensava na minha amiga, como ela tinha ficado lá, o que estaria fazendo? , Pensei em voltar mais seria um grande erro.

Depois de andar tanto percebo que alguém está me seguindo e penso em andar mais rápido ainda, então alguém me puxa, me dá um soco e Caio no chão.

(...)

Eu lembro de flashes.. eu estava andando , estava andando e alguém me dá um soco. Só sei de acordar depois em uma espécie de motel e ver um homem bem na minha frente, tentei fugir e me debater com ele, tentei fazer de tudo, mas ele abusou de mim, eu tentava gritar e chorava muito, só que com o medo perdir toda a força, e com toda as dores que eu sentia também, depois de se satisfazer de mim, ele se levantou e me botou em um carro, depois disso me lembro apenas de acordar em minha cama.

Que cenas horríveis vieram em minha cabeça nos sonhos, eu ainda sinto muita dor, acordei chorando e nem sei quem me trouxe pra dentro de casa, aaa o que fazer? Contar pra alguém? Denunciar na polícia?
Eu chorei....

(..)

Eu tive um sonho.

Eu era feliz, estava com João Pedro, estávamos num parque bem legal que gostávamos de ir quando éramos crianças, ele me abraçava forte e dizia que nunca me deixaria e que apesar de qualquer coisa ele ainda estaria ao meu lado, depois acordei sorrindo e vi logo que era só um sonho mesmo, Longe de virar realidade já que ele vai se casar.

A vida se tornou um desafio pra mim,. Outro dia eu era feliz, tinha minha mãe ao meu lado, tinha o João Pedro... Amava ele e ainda o amo profundamente, tinha a minha garantia de plena felicidade. Hoje eu perdi minha única esperança com João Pedro , Tenho Saudades de minha mãe, Fui abusada, é.. simplesmente minha vida virou uma novela mexicana, que bonito, só que não mesmo!

Eu ouço alguém bater na porta e mando entrar, era a Daniela que alívio! Ela correu até mim e me deu um abraço, um abraço tão acolhedor que me deu vontade de não soltar mais, chorei por uns 5 minutos em seus braços e depois ela me soltou.

- Eii, o que  aconteceu? Você saiu, não me avisou, fiquei preocupada meu amor, aquela rua é perigosa! - ela fala tentava descobrir o lado sombrio da minha tristeza.

- Amiga.. eu..eu.. - eu comecei a chorar muito mesmo.

Daniela tentou tirar algo de mim, alguma explicação, mas eu apenas chorava e chorava, queria afastar todas as minhas mágoas, eu não conseguia falar nada, as imagens de terror ainda se passeavam em minha cabeça e a cada momento parece que era um filme 3d em cima de mim, me assustando. Até João Pedro chegar e eu parar de chorar.

       (..)

João Pedro falando

Eu acordei e descir pra ver se alguém já tinha acordado, vi que era 10:00 horas, tomo meu chá preferido e volto a deitar. Me perco em meus pensamentos, como será que Minha Gisele está, será que dormiu bem? Ou.. será que dormiu em casa?

As coisas ficaram bem difíceis pra nós,e bem, não estou gostando nada desse ritmo, eu queria mesmo que minha noiva fosse ela. Então eu resolvi aproveitar que todos estavam dormindo e fui pra ver a Gisele.

Às vezes até penso na Mayla, tive que fingir um romance por ela depois da ligação do meu pai. Ela acredita nisso. Vejo dentro de seus olhos, dizem que me ama, ela sim sente algo por mim, mas eu.. rum, não posso dizer o mesmo.

Escuto alguns susurros no quarto de Mayla e decidi entrar. Depois que entrei vi ela aos prantos, chorando muito nos braços de uma amiga dela acho... Decidi ir pra mais perto e quando ela me olhou parou de chorar, a amiga dela percebe que tem alguém atrás e me olha e fica um pouco desapontada.

- O que você tá fazendo aqui? - ela me pergunta.

- Calma - respondo e olho pra Minha Gisele -  Você está bem? - Gisele hesitou em falar mais acabou falando.

- Eu estou ótima, agora se me der licença eu preciso conversar com minha amiga - eu a olhei com reprovação e ela não ligou, depois decido falar.

- Só quero saber se está bem, mas já que vejo que está sim, posso ir embora, qualquer coisa me chame por favor - eu sai.

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Gisele Falando.

Como ele ousa vir aqui... Ainda mais dizer que veio ver se eu estava bem, estou péssima, será que ainda não tá na cara dele não? Ah que dia!

- Tudo bem? - Daniela me pergunta.

- Não - respondi seca - Aconteceu uma coisa quando eu tava vindo pra casa.

- O quê? O que foi? - ela me olha apreensiva.

- Amiga, eu fui abusada - eu respondi com lágrimas nos olhos.

- Como você pode falar assim? Amiga, meu Deus, Temos que ir a polícia, falar com alguém, sei lá.. fazer alguma coisa. Ir ao médico.

- Não temos nada o que fazer - abaixo a cabeça.

- Temos sim! Temos que fazer algo! Não podemos abaixar a cabeça pra isso amiga! - ela insiste.

- Dani, eles não vão acreditar em mim, vão dizer que eu estava vindo de uma festa bêbada e que devo estar delirando, não tenho nem provas ou testemunhas, não dá entendeu?

- Claro que dá! Eu falo que vi, sei lá... Vamos tomar
Providências - ela insiste mais uma vez.

- Amiga! Não dá e ponto final - ela me olha e sai lágrimas de seus olhos.

- Eu sinto tanto meu amor - ela me abraçar choramos.

Depois de um tempo chorando decidi falar.

- Ei, calma tá, amanhã vamos pra escola, vamos voltar a vida normal, e depois fingir que não aconteceu, deixa esse cargo de ter pesadelos comigo tá? - ela me abraçou mais uma vez.

- Eu nunca irei deixar você sofrer minha Gigi, estarei aqui sempre - agora eu a abracei.

Ela foi embora depois das 11:00, eu levantei e fiz alguma coisa pra comer. Depois de feito deitei e senti um enjôo, fui direto pro banheiro, botei tudo pra fora e senti muita sonolência e adormeci.

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