Com essa floresta densa, seria bem pouco provável deles me encontrarem aqui, por sorte, mais deles do que minha, podia me deixar ser sugado pelas sombras, mal podendo ser diferenciado uma da outra, estava começando a me acostumar aquilo e ao que sou agora, mas ainda me pego refletindo sobre aquele dia, aquele maldito dia, eu tinha mesmo que tentar não era? Eu não podia apenas ter ignorado tudo e viver como qualquer um? Não, não conseguiria a tentação e a curiosidade me consumiria de qualquer jeito e de qualquer forma iria acontecer, consigo lembrar de tudo, até os menores detalhes, era uma manhã tão fria, não iria levantar da minha cama tão cedo até o celular começar a tocar, era Rony meu melhor amigo, dizia ele que tinha algo fantástico para me mostrar e que chegaria em uma hora, fiz tudo o que todo ser humano normal faz quando acorda, dorme mais um pouco, acordo com as batidas do Rony na porta, tão desesperado que parece que estava fugindo, abro a porta e ele invade a casa, novamente com o papo de ter algo que me faria arrepiar os pelos do saco, Rony sempre com um linguajar tão rebusacado, disse ele que no dia anterior havia visitado uma loja de quinquilharias no subúrbio, onde estava procurando um toca disco de vinil, e acabou achando algo muito melhor, o livro dos demônios, dizia que tinha comprado por um preço que saiu quase de graça, e disse que como um estudioso dessas coisas queria me dar de presente, eu não era um estudioso de nada, só curtia algumas coisas e lia um pouco, mas só havia comentado com ele uma vez e pronto virei um demonologo, ficamos conversando sobre até começar a escurecer, pedi que dormisse na minha casa hoje, estava tarde e morava muito longe da cidade, na hora de dormir, não conseguia tirar o maldito livro da cabeça, Rony falará tanto do livro, que simplesmente não conseguia parar de pensar, sai do quarto onde Rony e eu estava dormindo e fui para a sala, onde resolvi lê um pouco, ao pegar no livro senti-me como se ele fizesse parte da minha musculatura, folhei um pouco com nada tão interessante, até que encontro um demônio descrito como basri, sua descrição séria como o demonios dos dez mil olhos um ser dotada de sebedoria, detentor do poder entre a janela dos mundos, fiquei vidrado naquela coisa, fiquei por vários minutos só a ler e ré ler, tudo, até chegar no modo de invocação, minha vontade era tão extrema e aquele livro me fixava cada vez mais, não pude me conter diante de tanta sabedoria que eu poderia adquirir ao envoca-ló, preparei um simples altar, seguindo algumas das indicações e pulando umas que não teria como realizar e improvisando algumas, ao estar tudo pronto, se tinha um enorme pentagrama rodeado de velas e um círculo menor onde eu deveria me posicionar, comecei a recitar o texto em línguas antigas, do qual não tinha conhecimento algum, recitei por três, quanto vez, quatro vezes e nada, ficando meio desiludido, fico em pé no círculo, pronto pra sair e desfazer tudo, até que escuto ruídos por todos os lados, como se algo se arrastasse por todos os lados, ficando mais altos a cada segundo, depois de segundos tudo cessa e saio do círculo para ligar as luzes, mas ao sair do círculo o chão está grudento e parece escorregar, mas para baixo as velas estão em uma tonalidade quase que irreconhecível, ao olhar a vela, lembrei da única exigência que o último parágrafo dizia "NUNCA, SAIA DO CÍRCULO" ao perceber meu erro, tento voltar pro círculo, mas nem consigo me mexer, estou preso ao piso até a cintura e estou sendo engolido por ele casa vez mais, grito por Rony, tudo que o consigo fazer é gritar pois meus braços já havia desaparecido no chão escuto, gritava tanto por Rony até não poder mais e ser sufocado por aquilo; ao acordar estava na sala, tudo ainda escuro as velas tinha se apagado, corro até o meu quarto, onde as luzes estão acessas, ao entrar, Rony estava, com uma expressão tão aterrorizada, tentei chegar perto dele, mas ele correu e pulou em cima da cama , o perguntei o que havia acontecido, mas ele não parecia não entender o que o estava dizendo, ao olhar para Rony naquele estado, seu corpo nu e sua expressão amedrontrada e com medo, sentir uma grotesca de mata-lhe e come toda a sua carne, tão como um animal, não sabia porque aquele desejo, tento chegar mais perto dele e lhe arranco gritos, o que me faz me deliciar mais ainda, não me entendo, porque estou sentido isso, e ao olhar o espelho na guarda-roupa, pude ver tal monstro, algo grotesco, uma coisa que poderia ser comparada ao um lobo que era tão grande e forte quanto um urso, os pelos negros, as patas que se tinha dois pares de cada, e quatro grandes olhos vermelhos, invertidos, na testa e outro no focinho, aquele monstro agora era eu, olhei pro Rony, tentando passar algum sinal de humanidade dentro daquele bixo, mas tudo o que conseguia pensar era em devora-ló fui andando devagar em sua direção e me deliciava com a cena da tentativa de fuga pela parede, não tinha para onde ele correr e tudo que ele poderia fazer era se lamentar conseguia pensar em mais nada, que não fosse em quebrar seu pescoço com meus dentes, quando cheguei perto o bastante para que ele desse para sentir minha respiração, ouvi ele dizer baixinho, "Por Deus o que fez com Edward". (Pretendo polir, então nao julgue ^-^)
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Os Quartos
Horrorcoletânea de contos que narrar acontecimentos em um mundo grotesco e bizarro, criando por mim e maravilho amigo, Juan Martins.