ELA

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ELA

Ela é uma fonte
E ao olhar de longe
Tudo está tranquilo e ela, calada
Na sua aparência
Não há transparência
E a sua essência
Não é revelada

Ao olhar de perto
Parece, decerto
Que há dentro dela uma serenidade
Ela irradia
Uma calmaria
Até parece fria
Sem intensidade

Se faz uma isca
Aquele que arrisca
Não só chegar perto, porém mergulhar
Eis aqui um fato
É pelo contato
Que inicia o ato
Que vai despertar

Lá dentro de si
Um tal frenesi
Isso traz à tona o que ela é
Ela fica quente
Se torna aparente
O desejo latente
Nato de mulher

Uma erupção
Tal qual um vulcão
Que a incendeia, então, acontece
Faz que a lava jorre
De modo que escorre
As pernas, percorre
Ela enlouquece

Fica tão arteira
A faz prazenteira
Afogar aquele que a despertou
E quem se fez preso
Se torna indefeso
Jamais sai ileso
Se sentenciou

(Thara Ritmo)

Poesia Afrodisíaca  Onde histórias criam vida. Descubra agora