All That Matters {hiatus}

Diogo

depois daquela ligação do meu... do meu pai! depois da ligação dele Joey ficou me olhando por alguns segundos

— Você tem que perdoa-lo, você não tem ideia do que é viver sem saber quem é seu pai... - Joey diz me encarando

— Você devia esquecer esse assunto do seu pai, sua mãe foi a melhor mãe de todas fazendo o papel de pai na sua vida, me responde Joey, você perdoaria de imediato alguém que sabia da sua existência e nunca... nunca se esforçou em saber como você tava... passei diversos dias dos pais sem ele, chorei por não ter quem entregar meus presentinhos da escola... e agora? depois de tudo oque aconteceu, ele acha que pode aparecer como se nada tivesse acontecido? - Digo e Joey respira fundo

— Ok amor, é uma decisão sua... eu te entendo - Joey me deu um selinho e eu sorri
— Quer saber? estamos presos demais nesse hotel, nosso último dia aqui, vamos sair andar por aí - Ele sorri e eu balanço a cabeça afirmativamente e sorrindo animada

— Eu realmente preciso espairecer - Digo e ele sorri

entrelaçamos nossas mãos e fomos em direção ao elevador

— Você quer conversar sobre nossa última briga? - Digo encarando meus vans e percebendo quão encardidos eles estavam e me dando conta que eu já precisava lava-los

— Aquilo não pode ser considerado bem uma briga, tomamos as dores dos nossos amigos, isso foi errado da nossa parte - Ele diz e eu respiro fundo

— Sobre aquele negócio de traição...

— Você deveria saber que eu nunca, jamais, vou aceitar isso, disse aquilo porque eu não acho que você tem que desconfiar das minhas fãs assim...

— Mais no caso daquela, não é bem assim - Digo e ele assente

— Falta muita confiança entre nós - Ele ri me abraçando por trás e o elevador abriu

Blake nos olhou, estava com um buquê de rosas na mão, parecia aflito e com medo de algo, eu sorrio saindo do elevador e puxando o Joey

— Isso é pra Duda? - Digo animada

— Ela não quer falar com migo... mais eu tô me esforçando né? - ele encolhe os ombros e eu sorrio

— Blake eu quero que você saiba que eu acho você e a Duda lindos juntos, eu realmente devia ter metido a minha mão na sua cara quando ela disse pra você não ir e você foi, mais eu tô torcendo muito por vocês dois, e tô vendo o quanto você tá se esforçando pra conseguir o perdão dela, tô torcendo por você - Ele sorri

— Valeu - Diz fofo e entrando no elevador

— Sabe oque você merece hoje? rosas - Joey sorriu me abraçando

— Ah sério? porque? que merda você fez dessa vez - digo e ele ri

— Deixa de ser idiota - Ele ri — Eu vi como você olhou pras rosas, e eu tenho que dar um presente pra minha namorada depois de ter vacilado tanto - Ele pega minha mão e sai me puxando pra fora do hotel

eu começo a caminhar de costas e rindo pra ele e então esbarro em alguém

— Me desc... - eu gelei quando me virei

me lembro uma vez de ter entrado no quarto da minha mãe quando ela havia saído pra fazer compras... eu simplesmente adorava calçar os saltos dela, colocar seus brincos e usar suas maquiagens... fui mecher na sua gaveta e achei uma caixinha, onde havia várias coisas que eu havia feito pra ela, desenhos de escola, presente dos dias das mães, e então eu vi uma foto... era ela... ela e meu pai... eles eram tão apaixonados, eu podia ver pela foto... nesse dia eu me lembro de ter colocado a foto dentro da caixa e guardado a mesma no lugar que eu tinha encontrado, me tranquei no meu quarto e chorei por um bom tempo

eu sempre me culpei por meu pai ter ido embora

e se ele não me queria? por isso ele abandonou a mim e a minha mãe?

naquele instante eu via ele ali na minha frente, não tinha mudado muito, só envelhecido um pouco... afinal, aquela foto foi de muito tempo atrás, ele sabia que eu tinha reconhecido ele, pois não sabia oque dizer, Joey estava paralisado e sem entender nada

— Diogo? - sussurro e ele sorri

— Como você pode saber que sou eu? - ele diz animado

— Minha mãe vacilou, e deixou uma foto não tão escondida - Digo já querendo chorar de novo

— Você tá tão linda... igualzinha sua mãe - Seus olhos brilham e ele se aproxima pra um abraço

eu dou um passo pra trás

— Eu sinceramente não quero seu abraço agora, eu acho que você não tem noção do que eu passei... foram anos me culpando por merda sua - Digo enchugando as lágrimas

— Eu me arrependo filha... me arrependo de ter ido embora - Ele diz respirando fundo

— Eu não acredito nisso - digo rindo e me virando pra abraçar o Joey

ele me olha

— Você já namora? - Ele diz quase boquiaberto

— Eu tenho dezesseis anos, é, eu acho que sim, eu namoro - Digo e ele respira fundo

— se solta dele anda - ele diz entrando entre eu e o Joey, olho pra ele realmente bem brava

— Heyy, espera aí, eu cheguei bem antes - Joey diz olhando sério pra ele

— Isso tá ficando ridículo - digo me afastando dali

— EI! - Diogo me segue — Filha... não faz isso com migo, me dá uma chance de provar que eu realmente te amo e sinto muito com oque aconteceu, clara você não tem mais dez anos - Ele diz e eu respiro fundo

— Talvez as coisas teriam sido mais fáceis de você tivesse dado às caras quando eu tinha dez anos não? - Falo e Joey me olha

abaixo a cabeça... eu sei que vou me arrepender muito disso, não tô com bons pressentimentos

— Uma... apenas uma única chance - Digo e ele sorri me abraçando

— Que tal uma sorveteria? - Ele diz e eu nego

— Não tenho mais oito anos.. - Digo cruzando os braços

Joey se aproximou de nós dois

— Eu vou voltar pro meu quarto então - Joey sorriu fofo e eu fui até ele vendo Diogo emburrar a cara

se ele quiser fazer o papel de pai ciumento pra cima de mim, sinto em informar ele que isso não vai colar com migo, após falar com o Joey ele sorri me dando um selinho e entra pra dentro do hotel

— Você não acha que tá um pouco cedo pra começar a namorar filha? - ele diz e eu dou risada

— E você? não acha que tá um pouco tarde pra vir atrás de mim? - O silêncio paira

— Eu quero que você saiba que eu nao sou esse monstro que você acha que sou - Eu dou risada

— Você abandonou eu e minha mãe... - Digo engolindo a vontade de chorar

— Eu quero mostrar que sou diferente

— Você tem duas horas pra me mostrar isso - Falo e ele sorri

— Você realmente se parece muito com a sua mae

— Que bom.. eu gosto de me parecer com ela - Sorrio