17• Why.

3K 290 358
                                    

"Deus destinou as mulheres para cozinhar, limpar a casa e para o sexo. Quando elas não estão em uso, devem ser presas" – Leonard Lake"

O seu fim foi o meu início.

Não acredito que você me trouxe para essa plantação de girassóis só para transar comigo.

— Isso foi uma consequência. Eu te trouxe aqui porque girassol é a sua flor preferida.

— Essa foi a melhor transa de todas, Shawn.

— E a última.

— O quê você está querendo dizer? Que não vamos mais fazer amor?disse com humor.

— Você não vai mais fazer amor. Eu ainda vou continuar fodendo, querida.

— Eu não estou entendendo você, Shawn. – a morena fechou a expressão e Shawn deu de ombros.

— Eu estou sacrificando você, amor.

O maior erro das pessoas é se envolverem demais. Esse foi o meu erro também, mas ao invez de cortar o mal pela raíz, eu cortei o bem.

Eu fiz a escolha por ela. Eu decidi se ela me odiaria ou se ela ficaria sem saber de nada. E, justamente por não querer vê-la me odiando pelo resto de sua vida, eu decidi que ela continuaria me amando, pelo resto de sua vida. Ela não precisava saber da pessoa que eu havia me tornado. Eu não suportaria ser rejeitado.

Não por ela.

Fecho os olhos e respiro calmamente me lembrando do passado. É como se a minha mente só funcionasse em função do que eu deixei para trás.

Lembranças ruins, com uma infância ruim e a puberdade pior ainda.

Abro os olhos arremessando contra a parede o copo de cerveja que eu bebia.
O vidro se espalha pelo chão, e a parede cinza num tom escuro, fica com alguns respingos do líquido.

A raiva, depois o prazer. A raiva depois o prazer. A raiva depois o prazer. A raiva depois o prazer...

— A raiva depois o prazer...–  repito junto com a voz que, de um modo repetitivo me da orientações do que eu tenho que fazer. E obedecendo-a, pego minha jaqueta de couro jogada ao meu lado, o capacete e a chave da moto.

(...)

As nuvens escuras no céu dão a confirmação que iria começar a chover a qualquer momento, deixando as ruas de Wiserood quase vazias.
O toque de recolher começaria à uma hora, sendo assim, os estabelecimentos estavam se preparando para fechar.

Aliás, tinha um serial killer andando por aí. Até eu teria medo dele, se eu não fosse o dito cujo.

Em uma mão seguro o capacete, e na outra , Jheizabelle e flores.

Aperto a campainha com a mão que eu segurava a boneca e as Tulipas e espero tedioso alguém abrir a porta.

Primeiro a boa impressão depois cuidar da abstinência.

Eu preciso acertar as coisas com Emma. Ela está acuada, fria, assustada e com medo de mim. Billie, será a ponte entre eu e Emma. Ela iria voltar a confiar em mim. Só basta eu continuar jogando, sem cometer erros desta vez.

Mudo minha expressão facial rapidamente quando a mãe de Billie abre a porta. Forço um sorriso para a mais velha a minha frente, que parece surpresa ao me ver parada do outro lado da porta.

— Olá!– ela sorri. — Você é o garoto da Emma?! – indagou, mas já sabendo a resposta.

— Talvez.– o sorriso forçado ainda estava em meus lábios.— Trouxe para a senhora.– entreguei-lhe as flores.

Shawn The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora