Prólogo

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Oh quem voltou... Gente, o prólogo será quase a mesma coisa do especial de 20k, o que mudará, é que eu adicionei mais umas coisas. Boa leitura!

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Alguns meses atrás

DOUGLAS

Há algum tempo, desde que o JP contou para a gente que estava apaixonado pelo Victor, eu e o Carlos começamos a dar uma atenção especial ao grupo que ele andava, que era constituído dele Victor, uma menina chamada Eduarda e um menino chamado Jefferson. E eu notei que eles eram "excluídos" da escola, aqui eles só falavam com os professores, entre si e o Victor fala com o João. Nesse grupo, havia um garoto que chamou minha atenção assim que olhei para o mesmo, o Jeff. Ele estava sempre sorrindo para os dois amigos, mas com as outras pessoas ele era diferente, mais fechado e muito mais tímido, característica essa, que me fez começar a olhá-lo com outros olhos.

Ele é baixo, tendo seus 1,57 de altura, cabelos pretos, é moreno, magro e tem o sorriso mais lindo que já vi em toda minha existência. Ele parece um anjo de tão delicado que é, mas a maioria das pessoas, inclusive nosso grupinho idiota de antes, não chegávamos perto deles pois tínhamos vergonha. Agora não me perguntem de que, pois, eu não saberia responde-los.

Estamos na aula e eu já estou muito chateado com João Paulo, ele não para de babar no Victor e a gente tem que ficar escutando ele meloso, e vocês não tem noção do quanto ele é chato quando está assim, principalmente agora que ele não manda mais mensagens para ele tem alguns dias. O mesmo está achando que a Patrícia falou algo para ele, e ele acreditou. E pelo que ele nos contou, o namorado dele pode ser uma pessoa fofa por fora, o rosto de quem não machuca uma mosca, mas segundo palavras do próprio, ele é assustador quando quer. E ele que é tão corajoso está quase morrendo de medo, mas eu não o culpo.

Paro de pensar nas baboseiras do João, e me ligo nas minhas. Desde que comecei a reparar nele, eu não consigo mais pensar em mais ninguém. Mas se o João, que é quase um Shrek conseguiu conquistar o namorado dele, mesmo levando algumas mãos na cara, tendo quase os dois ovos quebrados, por que eu, que sou quase um lorde não conseguiria?

- Meninos, eu tenho que falar para vocês um negócio.

-O que é? – Fala sem tirar os olhos do namorado-

- Olha para cá, porra! Ele não vai fugir não. – Falo sério, e quando ele vira a cabeça para olhar para mim, eu solto a bomba- Então, eu creio que estou apaixonado. E vocês não conseguiram adivinhar quem é.

- Tenho duas suspeitas. Aliás, três. Qual do trio?

- Pra sua segurança, eu espero que não seja o Vic.

- Quê? Não, não é ele. É o Jeff. Ele é tão fofo, meu Deus, acho que vou explodir de tanta fofura.

- Mais um para o lado rosa da força. mas agora vamos nos concentrar na escola, ou vocês já sabem de tudo? Porque eu não sei.

Continuamos assistindo a aula, e quando foi na hora do intervalo eu fui ao banheiro, chegando lá, eu fui ao mictório e comecei a fazer minhas necessidades. Escutei alguém saindo de uma das cabines, era o Jefferson.

- Oi.

- Oi.

Ele falou e foi em direção a porta para sair do banheiro, mas eu fui mais rápido e o impedi dizendo:

- Então... Você não quer ir tomar um sorvete quando a aula terminar?

- Não, obrigado.

Saiu logo após dizer isso e eu fiquei perplexo. Nunca na minha vida ninguém tinha me dado o fora, mas tem uma primeira vez para tudo. Demorei um tempo a mais para sair do banheiro, e quando saí já estava na 4ª aula. Cheguei na sala e contei para os meninos o que tinha acontecido no banheiro e eles apenas sorriram, babacas fodidos.

- Qual a gracinha aí atrás? Vocês querem compartilhar com a turma o motivo dessa felicidade toda? – Respondemos que não- então prestem atenção na minha aula pois não volto a explicar para alunos que não se esforçam e ficam apenas de conversinha, estamos entendidos, senhores?

Respondemos que estava e aula correu sem mais nenhum ocorrido importante de se contar, menos que o assunto na escola era os dois pombinhos andando de mãos dadas. Meu Deus, essa gente parece que não tem o que fazer.

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Mais um dia de aula terminado, e estamos saindo da escola quando João vai até Victor para irem juntos embora, Carlos pegou sua moto e também saiu em direção a sua casa e eu fiquei mais um pouco, pois tinha pedido um salgado para o dono de uma lanchonete que ficava perto da escola, quando ele terminou, peguei meu salgado, um suco de goiaba e fui embora para casa caminhando, pois meu carro está no concerto.

JEFFERSON

O Douglas me chamando para tomar sorvete? Onde esse mundo vai parar, meu Deus? Saí do banheiro depois de lavar as mãos e fui encontrar meus amigos, cheguei onde os mesmos estavam e contei para eles o que tinha acabado de acontecer e como previ, já estava sendo esculachado pelo Victor e pela Duda. Os dois falavam que se o João mudou, porque o Douglas não pode ter mudado? Minha resposta para isso é bem simples. Eu não acredito mais na mudança de ninguém, eu já fui muito enganado por pessoas assim, que dizem que mudam, mas no final é apenas mais uma mentira, visando algo que eu tenho, que inclusive eu não sei o que é.

Virgem eu já não sou porque acreditei em um merda que jurava me amar, aí quando conseguiu o que queria, que era tirar minha virgindade por causa de uma aposta idiota que fez com os outros idiotas do time de futebol que ele participa, eu não sou rico, estudo aqui como bolsista igual ao Victor, não tenho nada de interessante como várias pessoas já falaram para mim. Então o que ele poderia querer com alguém como eu?

Baixo, feio, magro quase esquelético e sem um tostão furado.

- Ei cabeção, no que você tanto pensa? Vai sair fumaça da tua cabeça, sabia?

- Não estou pensando em nada, coisas idiotas. Mas e vocês, já estudaram para a prova que vai ter?

Continuamos nossa conversa, e quando bateu o sinal, voltamos para a aula. Quando terminou a mesma, saímos e a Duda já foi ficar com um menino, o João veio pegar o Victor e eu fui para casa. Eu nunca darei outra chance para ninguém me machucar outra vez, nunca mais.

Depois de andar alguns quarteirões, chego em casa, entro e em seguida, escuto minha mãe me chamando de inútil e falando que nunca seria nada para ninguém, pois era apenas um viado imprestável, que, em suas palavras, não servia nem para arrumar um macho e sair de casa, pois a mesma não aguentava mais olhar para mim.

Minha mãe? Ela é alta, tem 1,76 de altura, branca, olhos claros e cabelos loiros. Ela é viciada em álcool e em algumas drogas pesadas.

- Já aqui, viado? Quando você vai embora daqui e me deixará em paz?

- Muito antes do que você imagina, já não aguento mais olhar nessa sua cara, vadia idiota! Agora sai do meu quarto que eu não estou querendo mais olhar na sua cara.    

Me Salve (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora