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Eu não era boa com amizades , nunca fui , não sei por que aceitei ir naquela festa idiota.

Eu + bebida =Desastre

Eu estava segurando um copo de Coca-cola Dyet , eu olhava as pessoas se divertindo e eu ali , encostada na parede igual uma planta sem valor."Eu vou matar a Anna!".Pensei comido mesma como era burra o suficiente para me deixar levar pela ideia da minha amiga que estava tão pior quanto eu , e claro que ela havia me deixado sozinha quado foi cumprimentar um dos seus "amigos" , eu apenas sei como ela sobre com sua dupla personalidade.
—Vou embora antes que me puxem pra dançar! — Falei num murmuro e joguei o copo vazio fora , passei pelas pessoas me desviando delas.
Elle!— Ouvi aquela voz me gritando do corredor da entrada , a música alta estava mais ao fundo da casa , a luz ali não estava nem pra lá e nem pra cá.
—Mei!
—Onde vai? A festa acabou de começar.
—Eu estava indo tomar um ar.
—Você viu ele? Ta um gato não!?
Se eu conseguisse pelo menos raciocinar perto dele eu o veria.Quis responder , claro que eu o vi , Alexandre não mudou nada , ou era eu que não o conhecia.
—Não , não cheguei a ver não.Anna não me guiou pela festa para chegar a velo—Menti.Estava preste a falar que precisava voltar pra casa quando sinto seu braço me puxando.
—Deixe-me leva-la até ele!—Me amaldiçoei mentalmente por ter aceitado vir nessa festa com Anna.
Por falar nela estava perto da piscina com Karol e Emilly.
—Meninas olha quem eu achei!!
—Gaby! Onde estava? Te procurei por todo lugar—Disse Anna com uma voz arrastada.Estava bêbada , fuzileia com o olhar e falei num tom um pouco alto.
—Estava num quanto da sala esperando você voltar da China , de onde foi cumprimentar seu ancestral—Ironizei , claramente ela havia se esquecido de mim.
—Bom , Gaby não viu o Ale ainda!
—Deixe disso Mei! Não quero velo , ele deve estar ocupado!
—Ele não está não , olha ele ali—Apontou para um quanto perto da escada onde dava para a varanda , ela acenou sorrindo e ele olhou na nossa direção sorrindo , quando me viu seu sorriso se desfez , e claro que ele não esperava me ver.Não ali.
—Meninas eu não estou muito bem , eu já vou indo , amanhã nós conversamos , vocês sabem como minha mãe é não?
—Claro.Gaby! Não esqueça que vamos naquele evento quarta okay? Não se isole novamente.
—Não vou não.Bjs meninas.
—Bjs.—

Narradora

Gabrielle estava na frente da casa de um de seus colegas de escola , ela nem queria estar ali.Depois de ver seu ex-namorado , anos depois de ter a deixado sem explicações , ela nunca superou.
Alexandro havia desviado de todas as pessoas até ver a garota parada na frente da casa mechendo no celular , aquela garota tão introvertida quando criança agora estava tão fora da água quanto um peixe.Ele não esperava vê-lá , mas sabia que iria vê-lá , a idéia o apavorava , ela costumava reagir mal a certas coisas.Mas ele foi se apaixonar justo pela afilhada da vizinha? Ela estava lá quase todos os finais de semana.Suas risadas eram incríveis , sempre brincava com todos.Era incrível , eles logo estavão namorando.Mas ele teve que se mudar para o estado vizinho , mas ele estava de volta , e ele havia visto meses antes na casa da tia.Sabia que era ela , mas não havia a visto.Mas ali , naquela festa  , parecia que ela estava fugindo.Dele talvez?
Ele se aproximou e parou ao lado dela.
—Um pouco cedo para ir embora não?

Pov's Gaby

Eu estremeci e parei de mecher no celular, como ele tinha a audácia?! Respirei fundo, uma, duas, três vezes e soltei o ar encarrando meu ex.

—Desde quando você manda em mim?- perguntei arrogante como sempre.
Ouw, impressão minha ou ficou mais arrogante com os anos?
—Engraçadinho, ta fazendo aqui?
—Vim ver se está bem.
—Desde quando se importa?
—Desde que eu fui embora...
—Ah e esqueci, você foi embora e nem sequer avisou e depois fala que se importa?!
—Eu era uma criança, meus pais estavam se separando, você queria que eu fizesse o que?! Me mudasse pra sua casa?!
—Certo, podia estar sendo infantil, mas me diz, por que não avisou?!
—Não queria me dispedir, e minha mãe estava ficando na casa de uma tia.
—Certo, já acabou?
—O quê?
—Acabou de fingir que se importa?! Por que se acabou pode ir.

Ele abriu a boca para falar várias vezes mas desistiu e abaixou a cabeça.

—Desde que você foi embora minha vida se tornou uma desgraça! Todos me abandonam, talvez eu deva ser uma merda mesmo!– limpei as lágrimas no canto do olho e sai andando com as mãos nos bolsos.
—Espera!!!– ele veio atrás de mim e começou a caminha ao meu lado.
—Ja mandei ir embora! É surdo ou se faz?– esbravejei, eu iria bater nele se não parasse de ser tão babaca!
—Não pode ir embora andando sozinha! E perigoso!– ele continuou ao andando atrás de mim.

Eu já estava com raiva, como ele tinha a audácia de dizer o que eu devo ou não fazer?! Ele não tem noção do perigo não?! Ele e louco só pode.

Parei de andar e o encarrei.

—Olha aqui Lázaro Alexandre! Eu não sei quem você pensa que é! Mas eu quero ir embora, quero ficar longe de você! Não preciso da sua ajuda! Eu não preciso de você! Agora vê se para de me infernizar e vai pro inferno garoto!–Estava gritando, eu arregalei os olhos na mesma hora e comecei a chorar.

Estava tendo uma crise de novo, é não estava com meus remédios, isso poderia acabar mal pra mim, me agachei no chão e comecei a chorar compulsivamente, precisa da Adriana o mais rápido e dos meus remédios.

—O que eu fiz, aí meu Deus, você está bem?– ele segurou meu rosto e estava ajoelhado na minha frente me olhando, eu não conseguia parar de soluçar e chorar, tudo estava ficando mais escuro e aquela tontura que eu já conhecia estava dando indícios de que eu logo desmaiaria.

—Remedios....Adriana....eu...não...estou.....bem– falei pausadamente entre um soluço e e outro, e tudo parou.

Eu não conseguia ouvir mais nada, tudo se transformou em uma borão, comecei a ver pessoas andando rapidamente e tudo parecia dia.
Aquilo estava parecendo uma música lenta onde todos dançavam rápido mas ao mesmo tempo devagar.



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