Capítulo 4

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Oi meu povo, tudo bem?

É impressão minha ou só eu passei raiva com esse aplicativo? Eu perdi todo o capítulo escrito, mas eu veeeenci!!

Espero que gostem e comentem, quero conhecer vocês.

Mais tarde eu volto com mais um!!

Beijos

Alice

A primeira semana na faculdade foi completamente desgastante. Conviver com o dia inteiro na loja e a noite na faculdade não era algo fácil. Eu não estava encontrando dificuldade nas matérias, lembrava do meu pai todos os dias, pois ele me dizia coisas semelhantes sobre alguns projetos dele.

Já faz uma semana que Victória não aparece, hoje é sábado e Eva e eu estamos na loja, que funcionará até às 12:00 horas. Combinamos de almoçar na minha casa e sairíamos juntas da loja.

- MENINAS! - ouvimos atrás de nós enquanto eu passava a chave na tranca da loja.

- Victória! - Eva falou sorridente e correu para abraçá-la e eu fiz o mesmo deixando-a no meio como um recheio de sanduíche.

- Você sumiu, não nos atende, não vem trabalhar, Victória, você nos deve satisfações. Qual foi?! Casou com um velho rico e ele te mantém em cativeiro? - falei rapidamente e tudo embolado, eu estava tomada por uma curiosidade e preocupação.

- Que saudade de vocês, meninas! - ela fala sorrindo - Eu vou me explicar, prometo. Já almoçaram? - negamos com a cabeça e a convidamos para a minha casa.

No caminho, descobrimos que Victória passou em um vestibular em outro Estado, estava encaminhando todos os seus documentos para se inserir na faculdade, por isso ficou ausente esse tempo todo. Também perdeu o celular em uma festa, o que é muito a cara da Victória!

- Não reparem a bagunça, como sempre! - aviso abrindo a porta e dando espaço para elas.

Nosso almoço foi prático e rápido, nada que o microondas não ajudasse. Preparei um brigadeiro, pelo menos disto eu sei viver, e ficamos atualizando toda fofoca.

A festa da turma de administração era na próxima sexta, eu não tinha confirmado com Rafael, até porque eu não sei se vou mesmo ou deixo isso pra lá. As meninas começaram a conversar sobre signos e eu fiquei moscando, peguei meu celular e verifiquei o WhatsApp.

Número desconhecido (online):
Boa tarde, Ali.
Aqui é o Rafa, está tudo bem?

Alice (online):

Boa tarde, Rafa.

Estou bem e você?

Respondi e bloqueei o celular. Eu poderia ter perguntado quem passou o meu número, mas a resposta estava na minha frente conversando com a Victória.

 Rafael (online):

Estou bem também. 

Decidiu se vai à festa?

Fiquei encarando o celular por um tempo e as meninas me chamaram.

  - Ali, a despedida da Victória será na festa da turma do Rafa. - Eva falou animada.

  - Tudo isso para me tirar de casa, então? - falei bloqueando o celular e olhando para as duas que riram.

- Por favor, Alice meu amor - Victória veio pra cima de mim no tapete - Ô minha maravilha! -  falou rindo da piada ruim que tinha acabado de fazer.


- Eu vou sentir sua falta  -  falei pra ela.

- Nossa, que amizade linda! - Eva falou emburrada cruzando os braços e todas riram.

Eu amo essas duas, não sei o que seria de mim sem elas!

Depois de organizar a louça, as meninas foram embora e eu resolvi caminhar na praça, coloquei uma meta na minha cabeça de tentar ter uma vida saudável, mas eu só penso nisso depois de comer um prato de brigadeiro. Famosa consciência pesada!

Peguei meu celular e coloquei um fone tocando algo aleatório, calcei meu tênis, tranquei a casa e sai andando em direção a praça.  Eu acostumava caminhar com a minha mãe, nunca vi uma mulher tão disposta. Depois de um tempo, lembrei da mensagem do Rafael e do vácuo que eu havia o dado, parei por um instante e peguei o celular para respondê-lo.


- Alice, amante de livros - ouvi a voz atrás de mim, dei um pulo de susto -  Credo, eu sou feio, mas nem tanto. - Matheus falou com a mão no peito se fingindo de ofendido.

 
- Você não pode sair por aí assustando as pessoas, menino! - falei brava ou em uma tentativa de ser brava.

- Você fica com a bochecha vermelha quando fica brava ou tem muito tempo que está caminhando? -  perguntou rindo

- Você é chato desse jeito ou...

- Não, eu sou lindo assim mesmo. -  me interrompeu e eu revirei os olhos voltando a pegar o meu celular.

- Mas que educação. - falou me reprovando e tomando o celular da minha mão.

- Mas que  intimidade -  peguei o celular de volta.

-  Mal educada!

- Eu que peguei o seu celular sem permissão? - falei e ele ficou me encarando.

- MATHEUS! - uma moça com um bebê no colo o gritou e ele saiu andando sem falar nada comigo em direção à ela.

A criança cedeu os braços pra ele assim que se aproximou e ele a pegou. A moça o acompanhou e os dois foram juntos em direção a um carro. Fiquei observando-os até o carro sumir da minha visão e meu celular vibrou na minha mão.


Rafael (online):

Que belo vácuo, Ali
:(


Vi a mensagem apenas pela barra de notificações, voltei a colocar o fone e segui andando de volta pra casa. A minha cabeça só pensava naquela criança e na possibilidade do Matheus ser pai. Pelo menos ele não seria um riquinho que faz e não assume, mas cadê a mãe daquele ser? E porquê ele saiu sem falar nada comigo? Depois eu sou a má educada!


   

  

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