Epílogo

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Eu estremeci ao sentir o suor escorrendo pelas minhas costas. Minha garganta estava seca, mas, ainda assim, eu abri a boca, buscando um pouco mais de oxigênio. Senti minhas costas se desgrudarem do colchão e no momento seguinte eu estava sobre o colo de William. Sua mão se enfiou entre meus cabelos, puxando meu rosto para o dele.

– Respire, Michelle.

Ele falou, divertido, mas em seguida roubando meu fôlego ao me beijar novamente. E mais uma vez ele estava dentro de mim, me preenchendo completamente. Languidamente, eu joguei meus braços em volta do seu pescoço, remexendo meus quadris.

Eu não sei ha quanto tempo estávamos naquele hotel, mas sei que ainda era insuficiente para aplacar todo o tesão que eu sentia por ele. Mal entramos no quarto e nossas roupas foram ao chão, nossos corpos colados e nossos gemidos ecoando pelo quarto.

O toque, o cheiro, o sabor... tudo exatamente igual à primeira vez.

– Michelle...

William gemeu meu nome, antes de descer a boca pelo meu pescoço, capturando meu seio e sugando-o de forma enlouquecedora. As mãos dele me seguravam a cintura com força, ajudando-me a cavalgá-lo. Eu gemia alto, a cabeça jogada para trás, rebolando sobre ele, sentindo-o inchar dentro de mim.

Eu também gemi seu nome, cravando minhas unhas em seus ombros quando mais uma vez o êxtase me arrebatou. William me acompanhou, mordendo levemente meu seio, enquanto se derramava dentro de mim. Meu corpo tremia levemente, e percebendo isso, William envolveu minha cintura num abraço apertado. Passou levemente a língua por meus mamilos e ergueu a cabeça.

Quase perdi novamente o fôlego ao ver seu rosto em êxtase, o sorriso lindo direcionado a mim.

– Minhas lembranças não eram tão boas. Não dava para me lembrar do quanto é bom estar dentro de você.

Ele declarou e eu apenas enfiei meus dedos em seus cabelos, beijando-o. Com cuidado, William me tirou de seu colo, deitando-me na cama e se deitou ao meu lado. Acariciou meu rosto e fechei meus olhos, satisfeita com a carícia.

– Eu sei que... pode parecer cedo para você, mas não é para mim. Eu quero ficar com você, Michelle. E acho que... você não vai querer ficar aqui, não é?

Eu girei a cabeça, encarando-o.

– Não é questão de não querer ficar aqui. Eu tenho minha carreira em Nova York e de verdade, eu gosto do que faço.

– Eu sei. Eu percebi isso ontem enquanto você falava sobre seu trabalho. E eu jamais pediria para que você abandonasse o que ama para vir para cá, ficar comigo.

– William...

Eu tentei dizer, mas ele me silenciou com um beijo. Depois, segurando meu rosto e me olhando intensamente, ele falou o que fez meu coração disparar.

– Eu nunca pediria para que me escolhesse, mas eu peço... que me deixe ficar com você. Deixe-me acompanhar você por onde quer que vá.

Eu arfei, meus olhos úmidos.

– Está querendo dizer... está me pedindo para ir junto comigo? Quer morar comigo em Nova York?

– Eu consigo me adaptar a qualquer lugar. Desde que você e nosso filho estejam juntos.

Eu girei meu corpo, posicionando-me sobre ele. Mordi meus lábios, tentando conter minha emoção. Admito que desde o momento em que o vi novamente, eu só pensei em como senti falta dele, em como eu estava ainda apaixonada por ele. Nem sequer tive tempo de pensar no depois. E agora ele me fazia essa proposta maravilhosa...

Em fevereiro - contoOnde histórias criam vida. Descubra agora