Nota Inicial:
• Fera Azuriana = Uma fera que possui um ferrão destinado á caça, seu ferrão causa alucinações em suas vítimas, deixando-as vulneráveis.Azul, uma imensidão azul e rosa, depois nuvens, nuvens macias e fofas, pequenas nuvens mais brancas que a própria luz. cheiro de morango, gosto de seus lábios, tudo estava quente, como seu corpo, quente como um abraço apertado e confortável. sentia o ambiente á minha volta se mover estranhamente devagar, tinha a sensação de estar perdido, em tudo aquilo, perdido nos pensamentos que você me provocava. envolto em ilusão.
"Peter?" sons angelicais e doces saíram de lábios delicados, devagar e aparentemente, com uma pontada de alívio oculto. Levei minha mão até o rosto da dona daquela voz e a ouvi suspirar. " O que houve?" ousei perguntar, tudo ao meu redor ainda parecia estar meio psicodélico, girando levemente como ondas e igualmente desfocado.
"Você nunca aprende mesmo, começo á achar que isto não é qualidade." ouvi ela dizer, como se estivesse realmente tentando me repreender disfarçadamente. "Encostou justamente no ferrão de uma fera azuriana." balançou os ombros e tirou minha cabeça de seu colo, onde eu estava confortavelmente deitado anteriormente, a vontade de protestar me veio, todavia, não sucumbi á ela.
"Rocky, qual é a próxima rota?" ouvi ela perguntar, saindo de perto de mim sem nem pedir licença antes de me tirar sua presença.
levantei com a cabeça latejando, as pontas dos dedos doíam um pouco, por um breve momento, estremeci. sem motivo aparente.
me espreguicei, fui procurar algo para me abastecer, naquele momento realmente precisava relaxar um pouco, uma bebida estranha e bem forte foi a única coisa que achei em cima de um móvel qualquer da nave, a virei e relaxei naquele momento, seria suficiente por agora.
parado, no meio da sala de comando, de pé, senti um olhar intenso em mim, meus olhos cruzaram-se com os de Gamora por uma pequena fração de milísegundo. O que já foi suficiente para meu corpo inteiro se eriçar.
Sentei em minha cadeira de comando e vi escrito no visor "Piloto Automático, Rota Xandar 3457S - Quadrante ****".
Dei um longo e cansado suspiro, amanhã seria o maldito primeiro baile anual em honra dos Guardiões, e obviamente, eu não estava lá tão animado. Inúmeros indivíduos das mais variadas espécies iriam comparecer, provavelmente, alguns que querem me matar também. Entretanto, vamos lá, afinal, sou o Senhor das Estrelas, e nada temerei.
...
Uma imensidão iluminada, o sangue rubro manchava o chão, em um movimento veloz, agitei a lâmina e o sangue que a manchava caiu no chão. Pilhas de corpos iluminados sob a luz da Lua, o fogo projetava sombras fantasmagóricas, se houvesse alguém vivo ali além de mim e Nebula, teria medo. Eu não fui treinada para ter medo, piedade, ser Impiedosa era uma das únicas coisas que eu tinha.
senti algo á me puxar nos pés, olhei para baixo e vi uma pequena mão esverdeada me puxando o mais forte que podia, seu pequeno corpo se arrastava no chão por entre a pilha de corpos, se aproximando de meus pés.
encarei a garotinha ferida, ela parecia estar em seu último sopro de vida, observei sua aparência com um pouco mais de atenção, seus olhar era um tanto familiar, suas íris esverdeadas como sua pele chamavam atenção, além de seus longos cabelos que alternavam entre castanho claro e rosa.
ela virou-se, deitou de barriga para cima como uma tartaruga aos meus pés e puxou a barra de minha calça com a última de suas forças. Sorriu, seu sorriso era o de Peter, bobo e puro. Seus olhos se fecharam, e senti uma espécie de pontada no coração quando vi toda vida que ali existia, deixar o corpo inerte da pequena criança.
algo estava diferente, eu sempre fui uma assassina de sangue frio, nunca havia sentido nada, porém, agora derrepente uma angústia ácida me corroía, meu coração parecia se desesperar, um nó em minha garganta parecia apertar á cada tentativa de respirar que eu realizava. sem que eu percebesse, lágrimas quentes molhavam a minha bochecha, dei alguns passos para trás, mantendo distância do corpo sem vida.
"GAMORA!" ouvi, me virei e vi um Senhor das Estrelas com uma feição brava e lágrimas nos olhos.
"O que diabos eu fiz?" a confusão me tomava, respirei fundo, o ar me faltava, o nó apertava minha garganta, meu peito parecia estar em chamas.
Acordei agitada.
encarei o teto de metal por alguns instantes. confusa com tudo aquilo, aquele sonho não havia feito o menor sentido. até que me virei e pude ver Peter dormindo na cama ao lado de frente para mim, com seu walkman próximo. ele parecia tão calmo e pleno. Eu não sabia como ele conseguia dormir em paz depois de tudo que passou, depois de Ego, depois da morte de sua mãe, depois de ter sido forçado á matar o próprio pai para que o destino cruel que ele tinha em mente não fosse repetido com outras crianças. De certa forma, eu conhecia sua dor, mas, ele parecia reagir á esse tipo de coisa diferente de mim. Será que os Guardiões eram o Pilar que o mantinha são? Ou não, vai saber, nunca se sabe o que, ou quem, é o motivo de alguém querer viver
Tentei levantar fazendo o mínimo de barulho possível, bem, acho que falhei.
"Mora?" Ouvi sua voz grossa carregada de sono, aquilo me causou certo arrepio, que obviamente, eu não iria deixar transparecer.
"Bom dia, Quill." Sorri de leve e me levantei, indo em direção ao visor da nave, conferir se já estavámos chegando, antes que eu traçasse ao menos metade do caminho até lá, ouvi a voz irritante de Rocky. "Hora do Salto!" e a Milano deu uma sacudida violenta com a velocidade, fazendo com que eu caísse próxima de Peter, que me puxou para si, me segurando. Depois que o susto momentâneo passou, ele percebeu o que estava fazendo e tirou seus braços que estavam em volta de mim, em proteção.
"Chegamos!" O Guaxinim anunciou, por fim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
I love you more than anything
Romance~ história do shipp Starmora em uma espécie de "Universo Alternativo" onde só os acontecimentos aos quais eu achar relevantes do MCU aconteceram. • história já postada até o capítulo 4 no Spirit. https://www.spiritfanfiction.com/historia/eu-amo-voc...