Capítulo 1

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E agora?

É a única pergunta que vem a minha cabeça nesse momento. Minha mãe,passou muito mal essas últimas semanas e por essa razão a encaminharam para o Hospital para ser internada. Ela tem câncer, mas nunca quis fazer os tratamentos necessários,só que,dessa vez ela não teve saída. Nós conversamos e decidimos - decidimos não,ela decidiu - que o melhor para mim é ir morar com meu pai. No Brasil.

Nunca conheci meu pai, primeiro: porque ele mora longe, segundo: porque ele e minha mãe são divorciados e terceiro: porque ele é muito ocupado por causa do trabalho. Vou ser bem sincera, mesmo o Henrique sendo meu pai não tenho vontade de conhecê-lo. Já falei para mamãe que não preciso ir morar com ele, pois já sou velha o bastante para cuidar de mim mesma,aliás,em algumas semanas estarei fazendo 16 anos,mas minha mãe insisti que preciso que alguém cuide de mim.

Affffff.

Como meu vôo é em duas horas,comecei a arrumar minhas coisas. Fiz minha mala e dentro de minha mochila coloquei meu material escolar. Tomei um banho bem rápido,vesti uma calça jeans, uma blusa branca, uma jaqueta jeans vermelha,calcei um tênis branco e deixei meu cabelo solto. Peguei minha mala, minha mochila e desci até o primeiro andar,onde se encontrava meu primo Charlie.

— Está na hora de ir. Pronta? — perguntou Charlie e eu assenti.

— Podemos passar no Hospital onde a mamãe está antes de irmos ao aeroporto? — perguntei.

— Você é quem manda. — falou e eu sorri.

— Vou sentir sua falta. — falei com lágrimas nos olhos.

— Eu também,mas é melhor guardarmos o choro para a despedida no aeroporto. — falou pegando as chaves do carro.

Charlie tem 18 anos. Fomos criados juntos desde meus três anos de idade, quando os pais de Charlie, meus tios, abandonaram ele na porta de nossa casa e foram embora. Foi muito difícil para Char,mas minha mãe sempre fez o possível para que fossemos criados da mesma forma, com os mesmos direitos,por isso não o considero como meu primo e sim como meu irmão.

Entramos no carro e meu primo deu a partida. Chegamos ao Hospital em poucos minutos e minha sorte foi que estava em horário de visita e permitiram nossa entrada.

— Mamãe, podemos entrar? —  perguntei entrando no quarto de minha mãe assim que percebi que ela estava acordada.

— Claro, meus amores. Entrem!

Charlie e eu entramos e fomos em direção a cama de minha mãe.

— Antes de ir embora queria me despedir da senhora. — falei e lágrimas começaram a escorrer de meus olhos.

— Que Deus te abençoe,meu amor. Saiba que não precisa temer mal algum, pois Deus está com você e irá te acompanhar sempre,onde você for. Sei que Deus vai te usar grandemente nesse lugar,ele tem um propósito na sua vida. — falou e foi aí que eu chorei mesmo,a abraçando fortemente.

— Vou orar para que logo, logo a senhora melhore. — falei me referindo ao seu câncer.

— Vamos orar? — perguntou e assentimos.

Demos as mãos e começamos a oração.

Quando fomos embora depois de tanto chorar, fomos ao aeroporto e quando entrei logo ouvi "Passageiros com destino a São Paulo,embarquem pelo portão 6". Olhei para meu primo e fomos em direção ao portão 6,mas antes que eu pudesse entrar, ouvi pessoas gritando meu nome e quando olhei para trás vi o pessoal da igreja e alguns da escola correndo em minha direção.

— O que estão fazendo aqui? — perguntei quando se aproximaram.

— Achou mesmo que íamos deixar você ir embora sem antes se despedir da gente?! — falou Erick.

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