Prólogo

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     Há alguns anos na casa dos Astor's, uma tragédia aconteceu com a bela Karina Astor, na época aquele foi o assunto mais falado entre os moradores locais.
   O  belo e alegre Johann, da casa amarela no final da rua, com o Jardim de rosas e a grande árvore do balanço, foi há muito tempo esquecido. Ele se foi no dia do infeliz acidente.
   Hoje, o lindo jardim de rosas não existe mais, foram todas roubadas por jovens esperançosos que entregavam a belas moças, belas rosas. A casa amarela nem mais amarela é, os fungos e os cupim a digeriram por inteiro, deixando como vestígio uma estranha coloração esverdeada.
    Mas a árvore do balanço continuava lá - o balanço já não mais -  intacta, afinal, se passaram três anos do ocorrido, não trezentos.
   O belo e simpático Johann foi substituído por um velho ranzinza -de  apenas vinte e cinco anos - Diziam todos que por lá passavam:
  "Olhe o pobre do seu Astor, traído pela mulher que amava, e ainda por cima, se culpa por isso...pobre homem, o que lhe falta mesmo é uma criança, pra sentar naquele balanço"
   Mas o homem não lhes dava ouvidos, ficara traumatizado por qualquer coisa que envolvia paternidade.
  "Criança eu ia ter, mas descobri que era do amante"
   Era tudo que dizia quando lhe confrontavam sobre o assunto.
 
    Lunia estava desesperada, os dias estavam passando e, ela sabia que se completasse dezoito e não fosse adotada, perderia a pensão dos pais.     Completara os dezessete a pouco tempo, mas convenhamos, ninguém adotava "crianças" de dezessete anos. Tendo isso em mente decide agir, numa noite silenciosa pula a cerca do orfanato e corre cidade a fora, foi na rua mais bonita que encontrou, e em frente a casa mais feia onde achou, numa árvore sem balanço que ela pregou o um pequeno panfleto feito à mão.

  "Adotasse pequeno ser de dezessete anos : Lunia. Não suja muito e come pouco. Pelos castanhos e olhos verdes.
Caso o interesse contate o número abaixo
XXXXX-XXXX "

     Era tudo que Johann mais precisava, " um cachorro velho " pensava, seria perfeito pra ele, pois talvez assim a mãe não fosse mais visita-lo com a desculpa de que ele estava muito sozinho.
   Pobre Johann, devia ter prestado mais atenção na aula de ambiguidade na sétima série.

O Homem Que Não Sabia MentirOnde histórias criam vida. Descubra agora