Paixão?

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Eu sempre tive a ideia de que a paixão era algo carnal, e que envolveria momentaneamente, traria carne, suspiros, achismos e fim.
E lá estava eu mais uma vez em frente à livraria da faculdade tentando me lembrar de um dos 13 livros que tinha que devolver nesse semestre, e o pior qual dos que se encontravam em minha mochila seria um deles. Foi quando eu o vi.
Na verdade eu ouvi primeiro, ouvi o som da sua gargalhada em meio a um grupo de meninos, a dele se destacava, ao me virar descobri que tudo nele se destacava.
Ele se quer me viu, estava concentrado em um dos amigos o fazendo rir e nossa nunca tinha feito alguém rir como ele estava fazendo.
O surpreendente foi que ao prestar atenção no que estavam falando percebi que não eram coisas sujas ou pecaminosas, ele estava contando sobre algo sobre a mãe, seus olhos brilhavam.
Ele finalmente me viu, nesse momento devia parecer uma desesperada, estava sentada na escada da biblioteca com 5 livros em mãos o encarando. Só viu mesmo, logo voltou aos outros meninos.

O semestre mal havia começado e já estava entediada, a primeira sexta feira, não teve cara de sexta feira. Descobri que teria aulas de educação física na faculdade de letras, tinha certeza que havia me livrado Dela no ensino médio.
Entrei na sala e sentei na última cadeira, isso mesmo sala, não ginásio. Achei interessantíssimo saber que as aulas seriam teóricas nesse semestre, apesar de me acompanharem até a formação, em dois anos.
Foi quando eu o vi pela segunda vez, ele entrou no fim do primeiro tempo apertando a mão do professor e logo o dando um longo abraço, só podia ser mais um dos alunos da faculdade de educação física. Não sentou ao meu lado, fez muito pior, sentou na minha direção, no meio da minha visão e juro que era impossível não vê-lo.
Seus cabelos eram castanhos com fios dourados quase falsos de tão naturais e me distraíram por alguns minutos enquanto o professor explicava a necessidade dos exercícios na faculdade.
Ao fim da aula sai me sentido a pior das psicopatas. Como seria possível prestar tanta atenção em alguém, pior, em um aluno de educação física.
Acabei esbarrando em alguém, e em vez de uma cena de filme em que eu encararia o menino bonito, eu simplesmente levantei e vi apenas um vulto verde, que eu espero muito que não seja seus olhos. Eram.
Depois do ocorrido esquisito eu o encontrava em todos os lugares.
Monica minha melhor amiga, já havia reparado, inclusive nele. Segundo ela, tem um tanquinho lindo que eu sou privilegiada por não ter babado junto às outras na aula pratica.
Ela sabia que tinha algo de errado comigo, eu simplesmente não conseguia deixar de olhá-lo, e ele me olhava discretamente, como se entrasse na minha alma com aqueles olhos, e eu simplesmente nunca era quem desviava.

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⏰ Última atualização: Jun 22, 2018 ⏰

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