Sentimentos

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As duas se observaram pelo que era, para elas, um longo tempo, ainda arfando depois daquele momento, talvez pela falta de ar, ou pela euforia do momento. Depois de mais alguns momentos caíram no riso, riram até que escutaram a porta de entrada da casa abrir, foi então que Anna se deu conta de que eram mais de sete e meia, quando seu pai chegava em casa.

Ela correu  fechou a porta de seu quarto, puxou Kath para a cama e as duas fingiram estar fazendo trabalho no computador, alguns segundos depois ouve -se uma batida na porta, que é aberta logo em seguida.

Um homem com aparência de pouco mais de trinta anos, logo Kath reconheceu ser o pai de Anna, visto que a semelhança era óbvia, talvez até surpreendente, ele entrou com um sorriso simpático no rosto.

Anna: Ahh, Kath esse é meu pai, Miguel, pai, essa é a Kath- Disse, sentindo o rosto esquentar,dando uma risada tímida

Miguel: Prazer, Kath, tenho ouvido falar muito de você ultimamente

Kath se vira para trás, olhando Anna a tempo de vê-la fazendo sinal de “não” para seu pai, a ruiva soltou então um riso leve, suficiente para deixar o clima engraçado

Kath: Prazer, Miguel, garanto que o nome da sua filha tem sido citado com frequência na minha casa também

Os três deram risada, e Miguel se retirou do quarto, fechando a porta atrás de si

Anna: Então eu tenho sido citada na sua casa?- Disse num tom insinuante para Kath

Kath: Mais frequentemente do que imagina

Anna: Posso saber por quê?

Kath pensou por alguns segundos, havia sido só um beijo, mas ela sabia que ambas desconfiavam de seus sentimentos uma pela outra, então decidiu falar logo

Kath: Porque eu tenho uma queda, talvez um pouco mais do que isso, por você- Confessou, se atrapalhando, corando e deixando passar mais de seu sotaque do que o normal

Anna: Eu imaginei, mas fiquei com medo de dizer algo e deixar o clima estranho, não queria estragar, mas eu também diria que tenho uma queda, na verdade, diria que o que tenho está mais para um penhasco, por você- Disse, também corando e se atrapalhando um pouco, mas menos, por ser mais extrovertida

Nesse momento, ouve -se do andar de baixo:

“jantar em uma hora, quero as duas de banho tomado"

Anna levou Kath a uma porta no canto do quarto, em qual ela não havia reparado, abrindo havia um banheiro espaçoso e iluminado, que parecia ter saído de um filme, tinha uma banheira, a pia era espaçosa, onde ficavam as maquiagens da morena.

Kath tomou um banho o mais rápido que conseguiu, visto que lavou o cabelo, saiu e deu de cara com Anna a encarando, não de um jeito ruim, era bom, ela se sentia desejada, a morena se aproximou e a abraçou por trás, aspirando o cheiro de seu cabelo e nuca, depositando um beijo nesta,  e entrando no banheiro antes que Kath pudesse reagir.

Ela se trocou bem rápido, colocou um short não muito curto e uma blusa fina de manga comprida, visto que estava fazendo um pouco de frio, deu apenas uma sacudida nos cabelos, tirando o excesso de água, depois que já estava “pronta”, ela deitou na cama e ficou olhando o teto, todo coberto por pequenos pontos de led que não pareciam estar ligados nem entre si nem em nenhum fio em qualquer lugar, ficou os imaginando ligados, até que ouviu a porta do banheiro se abrir, Anna saiu de lá com os cabelos úmidos e apenas de toalha, ela dirigiu a cômoda e deixou com que a toalha caísse em seus pés, Kath só conseguia vê-la de costas, a ruiva agora se sentava na cama para olhar melhor, as curvas da morena eram acentuadas, seus cabelos caiam delicadamente até abaixo do meio de suas costas, quase em sua cintura, a visão era hipnotizante para a ruiva, não queria parar de olhar nunca, Anna então começou a se vestir colocando uma calcinha e uma blusa bem larga, que caía até o meio de suas coxas.

Kath caminhou até ela, a mirando de cima a baixo, depositou um beijo leve na curva de seu pescoço, sentindo o máximo que podia do cheiro fresco dos cabelos da morena.

Logo Miguel bate na porta, as chamando para jantar, Kath percebeu o quão faminta estava apenas quando viu a travessa contendo uma lasanha com a aparência de ter acabado de sair do forno em cima da mesa, se sentou e engoliu a comida como se nunca tivesse comido em toda sua vida. Arrancando risos de Miguel.

Miguel: Calma pequena, a comida não vai criar pernas e fugir, tem mais- Quase se conseguir conter as risadas

Kath limpou a boca, após ter levado o último pedaço à boca e respirando fundo, sentia que seu estômago nunca tinha estado tão cheio em toda sua vida

Após alguns minutos esperando Anna acabar de comer, Miguel perguntou:

Miguel: Então, Kath, minha filha já teve a decência de te pedir em namoro ou o plano ainda não saiu do papel?-Perguntou tranquilamente levando a última garfada a boca

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