▸ Capítulo 01

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Toda partícula que voa sempre encontra um olho.
— Edward Murphy.

Esse lance de viver perante as leis de boa convivência com a sociedade é uma fábrica de acontecimentos

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Esse lance de viver perante as leis de boa convivência com a sociedade é uma fábrica de acontecimentos. Sejam eles bons ou não, a gente tem que lidar com isso. Mesmo quando bate o desespero de pensar que a vida esteja passando rápido demais.

Tenho a impressão muitas vezes, que o mundo é um seriado passando aos fins de semana na Warner ou FOX, e que nós só estamos assistindo em uma saleta escura na companhia de um ou dois amigos. As vezes, sozinhos também. Deixando tudo passar, assim, sem nem mesmo se esforçar para viver às oportunidades que ela oferece. E eu sabia disso. Mas saber sobre, não mudava o fato de que eu estava ignorando tudo.

Até hoje.

Até esse momento.

Estar no último ano do colegial te proporciona a sensação de trabalho sendo cumprido, como se os anos anteriores fossem apenas um preparatório e a coisa a partir do encerramento desse ciclo, fosse para valer.

É o último ano, e o Colégio vai acabar. Há pessoas que eu nunca mais vou ver, isso se eu tiver alguma sorte. O que eu sei mesmo é que se nesse momento, nesse último ano, não fizer um esforço para ser notada pela classe escolar, então eu vou sair daqui sem beijar algumas bocas.

Algumas bem interessante por sinal. Algumas que venho cobiçando desde o ano passado, outras do ano anterior, e algumas enquanto estava no ensino fundamental. O fato é que esse é o meu momento, e se eu não aproveitar meu ano, então ele vai chegar ao fim, junto com as oportunidades.

— Minha mãe vai me matar. — Valerie resmungou. Estávamos
sentados do lado de fora da sala da diretora. Pra ser sincera, Val era a única desesperada até então. A que surtava com mais antecedência.

— Pensasse nisso antes de tocar o alarme de incêndio. — Disse Justin, recostado na parede enquanto batendo com as pontas dos dedos no celular, provavelmente tentando virar outra fase do Crand Crush.

— Foi tudo idéia da Alessa. Ela devia estar aqui sozinha. — Vale apontou pra mim. É o tipo de pessoa que eu chamo de amigo.

— Lide com isso. — Falei.

A verdade é uma só: Alessa Albieiro vive se metendo em encrencas. Mas é claro, que eu não as procurava. As oportunidades sempre caiam no meu colo, e eu sou uma pessoa que decidiu abraçar essas oportunidades. Bom, só que elas não estão concedendo bons frutos a tempos. Algumas pessoas me culpam. Eu culpo Edward Murphy e suas teorias. Já que as malditas sempre se encaixavam em alguma confusão da minha vida.

Eu não ligava tanto.

Já Roy era outro parágrafo. Meu irmão mais velho não ficava nem um pouco feliz quando recebia um ligação da escola. E eu soube, quando ouvimos o barulho da porta rangendo — Porque a diretora tinha preguiça de mandar arrumar. — que a Srta. Lane tinha se dado ao trabalho de ligar para ele.

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