Quando a porta está aberta,
Os monstros passam por ela,
Uma ferida. Uma fenda.
Uma mágoa. Algo inacabado.
Uma brecha. Uma lacuna.Podemos olhar pelo olho mágico,
Ver e pensar que não nos atingirá,
Porém até que nosso coração esteja
em dúvida, há uma dívida a ser paga,
O demônio da fome passa pela falhas;A fome,
Fome por um amor. Por uma felicidade.
Que é resumido pelo verbo ter,
Ter alguém, ter algo que quer muito,
Apenas por ter, para não sobrar no vazio;Tentamos nos completar com drogas,
Com deuses, amigos falsos, fama,
Com prazeres mundanos, agressão,
Afim de selar a brecha no coração,
Nós só não queremos nadar fundo em nós;Quando nos sentimos vazios,
Achamos que perdemos alguma parte,
Tentamos completar, temos fome,
Trazemos qualquer coisa a encaixar,
Até perceber a inutilidade, somos completos;Somos seres tão infinitos e grandiosos,
Que nem sempre damos conta disso,
E de todas as partes únicas que temos,
Se a fome por descobrir fosse grande,
Como a fome por encaixar, evitaríamos problemas;(Data: 26 de Maio de 2018)
A música no cabeçalho não inspirou o poema mas tem uma letra semelhante ao do poema, é música nova de uma das minhas bandas favoritas
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Feitos & Efeitos
Poetry[2018] Todos os feitos alheios e os nossos geram efeitos que estamos vivendo ou que ainda estão por vir. Neste livro, procuro descrever os feitos passados e os efeitos que causam em nossa vida e em nosso mundo...a piscina esvazia e enche como os sen...