Por mim, muitas vezes não entendo. Não nego que algo senti e que confesso me abstive do ato de entender a mim mesmo e me calei... contudo, falo a vos neste instante. Sem religião, sem coração e sem tudo o que mais acredito AMOR!
Aceito que por fato não sou a mais inocente das criaturas, mas por ventura desta pequena parcela contarei algo que nunca foi segredo. Afirmo porém que nunca fui à fundo nos fatos!
A história começa da seguinte maneira... A religião rege, ensina e próspera. Foi assim que aprendi, mas não foi assim que pratiquei!
"Não julgueis para que não foste julgado!" Foi como tentaram me calar.
De fato, em uma sociedade que a cada tropeço lhe acusam de algo à mais, como posso eu não julgar alguém. Fiz o que qualquer criança faria, Julguei quem me pareceu mais viável! Se pensou que eu julgava a primeira pessoa que me aparecia. Parabéns, pensou errado!
Julguei a mim mesmo e criei minhas próprias regras de conduta. Ame a Deus, ame a Mãe, ame sua família e todos que acha que pode confiar. Porém, não faça sua alma se diminuir perante a dos outros.
Sofri bullying na escola? Obviamente, mas sempre gritei para ser contrário a isso. Me enturmar e esse foi meu pior erro, em quem confiava era os que quase sempre me traíram! Contudo, ainda há flores meio às cinzas...
Mas decidi ver como as coisas se desenrolaram, confiei em uma menina bela e que por juras, disse que me amava. Conclusão, esperei o tempo que percebi amá-la, muito tempo, depois dela aparece noiva e que eu não sei se está feliz ou não!
Nos 10 anos que fiquei pensando e devo afirmar que mantive contato até a descoberta, e ela poderia ter falado o que estava acontecendo. Mas não sinto rancor, estou bem, pelo menos é o que acho!
Durante este período, acrescentou-se que muita coisa aconteceu. Conheci novas e diferentes pessoas... sobretudo, diferentes maneiras de viver a vida. Em uma idade considerada "cedo" por mim, ia contar: "mamãe, beijei um menino e talvez tenha gostado."
Adivinha só? Meu irmão se declarou gay nesta época "tan-dan"... me calei por ver minha mãe chorar, conclui que meu comportamento não tinha sido aceitável e que além de entristecer minha mãe. Primeiro, fui contra a religião que eu amava. Segundo, fui apontado mesmo sem ninguém saber o que tinha acontecido. E te pergunto onde está a primeira regra que me ensinaram?
O menino alegre e "puro". Tornou-se um menino cínico e agradável. A pessoa cujo amava a mãe que havia ganhado simplesmente afogou sua vida e disse "mãe, tudo vai ficar bem! Eu sou o homem que a senhora precisa e que terá." Vi o rosto da minha amada resplandecente novamente.
Chorei secretamente, pequei comigo mesmo e nunca deixei que nada disso à afetasse. Não importa quem soubesse, não importa se alguém duvidasse e não me importava o que os outros se achavam... a única coisa que tenho em mente é "preciso trazer a mãe, a minha mãe, de volta para como era!".
Claro, houveram mais problemas que nunca contei a ninguém e não será neste texto que contarei. Amei outras pessoas e algumas mantive em segredo até de mim mesmo. Apenas, sorri e agradeci... esse virou meu lema.
Agora, reconheço-me como alguém que tenho afeto e que posso ser eu mesmo depois de muito tempo... mas adivinha? Isso magoaria quem lutei para proteger, me calo novamente! Esqueço de mim mesmo mais uma vez.
Passo alguns anos lamentando minha vida em secreto, perdi os hábitos religiosos que prezei e tento conquistar TUDO!
Pode parecer mentira, drama ou qualquer outro adjetivo que queira usar. Não me importo, na verdade, me importo sim, mas tento não! Agora, tento defender quem me parece especial!
Mudei de ares, minha vida mudou... quem eu confiava estava longe, novos amigos se formaram. E agora em quem posso confiar? Tenho poucas pessoas e minha fé.Afinal, não podia contar tudo tão levianamente. O grande eu sou já sabe, contarei a mim mesmo... criarei novas personalidades e rodeios! E assim, quem sabe sobreviverei...
Tempos se passaram e descobri em poucos dias um novo formigamento, um novo amor e uma nova personalidade! Posso demonstrá-la? Acho que não!
Me calo, reformulo e recomeço! Mas quando estou perto se concluir, tudo muda, tudo gira e caio novamente em lágrimas depois de tanto tempo e acredite ainda falta para esta magnitude!
Começo, recomeço e refaço tudo de novo! Por fim, criou novos amigos, me aplico nas matérias, me afogo nas músicas e me sustento como um muro para proteger tudo que acredito!
Sem pensar um ou duas, sem pensar quantas vezes fossem necessárias. Me aproximo de novo, padeço de novo e me encontro com uma nova personalidade!Minhas personalidades variam do momento ao qual me encontro. Agora, conhece um pouco da minha história. Não se engane, talvez você esteja falando como mais uma de minhas personalidades e não sabe. Talvez eu te diga algo que não deveria. Talvez eu confie em você.
Mas acima de tudo, se você está lendo isso é porque estou sem direção, estou desabando e tenho esperança que alguém me ajude!
Recentemente, ouvi uma frase muito engraçada... "viva sua vida!". Como? Devo? Posso? Consigo?
Não sei não, não e talvez. Quero ser eu, quero viver, mas não quero magoar quem confio. Não quero que sintam que eu nunca fui eu, afinal depende de qual de mim está falando!
Obrigado, por ler lido!
Obrigado, por ter me conhecido!
Obrigado, por não ter me deixado!
Mas acima de tudo, obrigado por tentar cuidar de mim!
Neste instante, minha garganta está seca, estou em pedaços, com lágrimas descendo pela minha face! Mas não se culpe, não sinta pena... muito pelo contrário, sinta-se orgulhoso e feliz.
Talvez, você esteja onde eu quero que esteja. E talvez eu, seja quem eu quero ser!Ass: Menino choroso!
Então, essa foi a carta. Se mais alguém quiser mandar algo, tentarei dissertar da melhor maneira possivel e um nickname será feito para anonimato. Desculpem se ativei algum gatilho...Obrigado por terem lido, até a próxima... Bjs
~TioLikeS2
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Autômato
Short StoryÉ um prazer conhece-lo, se for o seu desejo: Eu faço das linhas de uma folha, os trilhos de uma locomotiva. Os vagões serão as palavras que desejo que cheguem ao destino! Eu sou o autômato, apenas mais uma máquina humana na sociedade de carne, e ao...