Subiu no telhado para observar o céu, fechou os olhos na intenção de não derramar as lágrimas que se formavam em seus olhos, deitou aproveitando o clima frio que fazia.
Abriu os olhos quando sentiu um corpo ao seu lado, virou a cabeça para observar o garoto que olhava bobamente para o céu, a luz da lua fazia com que seus olhos brilhassem mais, nunca entendera a fixação do garoto pelo céu e as estrelas, sempre que os via o menor parecia uma criança que acabara de ver um doce, um pequeno sorriso nasceu em seu rosto ao ver a expressão boba do outro.
-EU VI! VOCÊ SORRIU!
- Não, foi coisa da sua cabeça
- Você é um chato Soonie! - Cruzou os braços de uma maneira infantil
- E você é uma criança barulhenta Jihoon- fez uma careta estranha arrancando uma risada gostosa do garoto de cabelo amarelo esverdeado.
A verdade é que sentia algo forte pelo garoto, algo que jamais admitira a alguém, gostava do modo carinhoso e fofo que o mesmo agia consigo. Porem amava ainda mais quando conseguia (facilmente) irrita-lo.
-AH, CALA A BOCA SOONYOUNG -sentiu um tapa no braço- ve se não demora pra descer hoje, se não eu volto e te puxo pelo cabelo!- falou em um tom de falsa irritação
- Ta bom baixinho -outro tapa, que o fez rir
-HA! Te fiz rir Idiota hahaha
- tchau Jihoon! - Viu o garoto o olhar de uma forma brincalhona e mostrar a lingua, logo após virando-se para entrar no quarto.
Riu mais uma vez enquanto o menor pulava com dificuldade a janela do quarto
-PORQUE ESSA PORRA É TÃO ALTA?!
- Você que é anão, hoonie - provocou mais uma vez
Ver o garoto irritada era uma das coisas que mais gostava, pois ele sempre fazia uma expressão fofa ficando totalmente vermelho e rindo depois, e ele gostava dos seus sorrisos e risadas, mesmo sabendo que quase sempre não eram reais.
Perdeu a conta de quantas vezes acordava de madrugada e ouvia Jihoon tentar abafar o choro dentro do banheiro, sabia de cada corte que o mesma tentava esconder dele, sabia que ele não contava nada pois não queria preocupa-lo, o que o deixava muito irritado, pois ele estava sempre tentando ajudar a todos mas não permitia que ninguem tentasse ajuda-lo.
Olhou mais uma vez pro céu e se sentiu triste, pois tinha a consciência de que o menor estava cada dia mais triste, e sabia que uma hora ou outra ele iria tentar acabar com sua vida.
Então decidiu: Não ira perde- lo!