"Você nunca vai ser algo importante!" Des gritou, encarando um Harry de dezesseis anos que estava sentado ao outro lado da mesa, com lágrimas nos olhos. "Oh, pare de chorar porra, não seja um viadinho. Isso- você é a última coisa que eu queria, a última coisa que eu precisava" exclamou, irritado, socando a madeira e sentindo as juntas doerem. "Como eu sou suposto a responder meus amigos, uh? Me fala, Harry! Como eu vou responder meus amigos quando eles disserem que meu filho fica beijando garotos na rua?". Harry nunca se sentira tão inútil.
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Harry estava fodido, e ele só conseguia pensar nisso. Seu pai o havia visto com Louis, beijando Louis. Ele já podia ouvir as coisas cruéis que lhe seriam direcionadas quando o homem mais velho abriu a porta, emanando ódio. Des bateu-a com força, fazendo um estrondo alto soar pela casa e o fazendo se encolher no sofá. Fechou os olhos quando recebeu um tapa no rosto, a bochecha dormente assim que sentira os dedos do pai contra a pele. "Você é uma desgraça para esse país! Como você pode fazer isso conosco? Como pode fazer isso com a sua família? Você quer morrer sozinho? Quer me decepcionar mais?". Os ouvidos doeram com o tom alto que ele usara, gemendo de dor e passando os dedos na derme quente a avermelhada. "Nós suamos e trabalhamos duro para ter dinheiro, para te pôr na escola e te dar uma boa vida. É assim que você retribui, Harry? Você acha que isso é legal? Meu filho, pelo amor de Deus, pare de beijar garotos na rua". Harry nunca sentira tanta dor.
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Harry saiu de casa naquele dia, foi morar com o namorado. Agora que tem vinte e três anos, o coração do seu pai está mais mole. Mas ele ainda não abraça Harry como Gemma abraça, e nem lhe dá beijos como Anne. Ele se sentou à mesa, junto com o resto da família, primeira vez em anos que pisava naquela casa, mesmo que seu coração doesse por deixar Tomlinson sozinho no apartamento que dividiam. Os assuntos seguiram desconfortavelmente, apenas ele e a mãe falavam. "Você faz parte dessa família, eu mesmo lhe fiz" olhou para o pai quando o ouviu murmurar, engolindo a seco, um pingo de esperança nos olhos. "Mas as suas ações e escolhas não fazem bem para sua saúde". Murchou, as mãos trêmulas, limpando a garganta e arrumando os cachos "acho que deveria parar de beijar garotos, ainda mais na rua, meu filho". Harry nunca se sentira tão decepcionado e humilhado.
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O pai de Harry estava morrendo, um câncer terminal no estômago lhe proprocionava aquilo. E ele, finalmente, percebeu que Harry não estava mentindo quando dizia que não tinha escolha. Estavam os três sentados á mesa, Harry, Louis e Desmond. Estavam sorrindo, mesmo que com dor, recentimentos e lágrimas extremamente assustadas, porque, pelo menos uma vez, não estavam brigando. "Não tinha como eu saber" o mais velho deles sussurrou, já fraco e debilitado pela doença. "Tudo que me ensinaram é que; homens amam apenas mulheres, mas eu não tenho mais certeza sobre isso" soluçou, num choro arrependido, abraçando a prole "meu filho, continue beijando seu garoto na rua. Continue o beijando quando eu não estiver mais aqui, por favor" suplicou, o apertando, as pernas fracas, sendo segurando pelo menino. Harry, pela primeira vez em anos, se sentiu completo.
hello, my pals! ENTÃO, essa oneshot é novamente para o meu piteuzino lwtbunny, pelo aniversário dela, em agosto. é bem pequena e baseada na música do greg, "boys in the street", é bem triste e etc. ouçam! está nas mídias. só isso, hope you enjoy!
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boys in the streets. hes√lwt
FanfictionHarry beija garotos na rua e seu pai não lida bem com isso.