Seu nome é Tae Hee.
Idade, 21.
Doença, fragilidade e falta de Kim Taehyung.
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Tae Hee tem seus pais, colegas, uma vida financeira boa e tudo do bom e do melhor.
Mas não tem um Kim Taehyung.
Não o TaeTae que conheceu ao seus treze anos. O garoto bobão e chato, porém apaixonante.
O mesmo garoto que partiu de Daegu para Seoul com apenas dezesseis anos, em busca de um trabalho para provar aos pais de Hee que dinheiro não é tudo.
Sim, os pais da jovem eram preconceituosos com a classe de vida do mais velho, ele era pobre e oculto em meio das pessoas e ela tinha poder na sociedade.
Desde pequenos eram vítimas da covardia dos pais de Hee, eles queriam alguém que tivesse condição financeira para cuidar da filha.
Felizmente o carinho um pelo outro era maior.
As lembrança são maravilhosas e belas, são de sentimento puro. É um amor genuíno, tão simples porém tão cheio de vida e aventura.
O amor, em alguns casos, são tão belos que se tornam significantes demais para guardar no peito, na escrita, na música, na pintura, na dança ou em palavras. Eles precisam de toques, sejam eles beijos, carícias ou abraços.
Na amizade dos dois jovens o abraço é mais preciso do que qualquer outro modo de reagir, pois é inocente.
Um amor, seja ele representado entre amigos, namorados ou familiares, quando é verdadeiro vem cheio de vontade.
Quando parte de si só é completo com um alguém, não existe barreira que consiga interfirir a história de dois apaixonados.
Infelizmente, por mais que um amor seja belo e forte ele tem seus pontos fracos, tem sua distância. E Tae Hee sabe mais do que ninguém que a distância é a pior parte de um relacionamento. Ele te afasta e te enfraquece.
Sobra apenas lembranças.
Faz cinco anos que Hee esta sem resposta de seu amigo, ele deveria estar se dedicando demais no trabalho ou havia esquecido da menor.
Seus amigos não suportavam mais o mal-humor da garota, perguntavam algo e ela apenas respondia um tanto faz ou quando tinha que dar uma resposta longa era totalmente sem ânimo.
Não aguentavam ver a garota dizer que estava cansada para sair com eles, não aguentavam mais escutar ela dizer de como sentia falta do amigo e assistir ela ligar inúmeras vezes para ele, sem resposta.
E ela estava cansada de ouvir que ela não deveria se misturar com lixeiros. Ela sabia que seu amigo tinha uma vida difícil, sabia que ele passava por grandes dificuldades morando com sua avó. Mas ela estava ali para ajuar em algumas contas ou mantimentos, não se importava se seu amigo se sentia desconfortável com tal reação. Ela queria ajudar. Ela amava aquele rapaz. E nada que seus outros amigos diziam iria afetar o sentimento de carinho que ela sentia, nada iria destruir aquilo. Ela sabia que Kim não era lixeiro, apenas tinha uma vida complicada.
E dinheiro não era o que faltava para menor, não era questão de se gabar e sim de reconhecer a dificuldade e querer ajudar.
Nas últimas semanas Hee encontrou uma garota em sua varanda, com uma jardineira azul e cabelo divido por duas tranças, olhos castanhos claro como o cabelo. Aparentava ter oito anos.
Tae Hee estranhou a garota ali, mas não expulsou a mesma. Não era má pessoa no final das contas, era apenas um corpo cansado de esperar e infeliz com a falta de Kim.
A garota de tranças recusou dizer seu nome e saia pela porta do quarto como se nada tivesse acontecido.
Ela fazia Hee bem com um tema diferente a cada dia da demana.
O triste do encontro das duas é que, Hee estava desistindo. Ela queria acabar com tudo de uma forma trágica e estava exausta, e foi ai que a menina de cabelos trançados apareceu.
Tae Hee estava em sua varanda como de costume, porém seus pensamentos que insistiam em se alinharem se desviaram para uma única pergunta:
E se?
Se ela caísse poderia dizer que estava apenas sentada e perdeu o equilíbrio. E se fizesse isso? A diretora iria entrar na sala dizendo que a garota que fazia pirraça na aula de química com Taehyung faleceu, ou na roda de amigos iriam chama-la para sair ja sabendo que a mesma iria negar, porém iriam lembrar que não estava mais presente. Os pais dela, por mais que sejam cruéis em certos pontos, entrariam em estado deprimente e não veriam mais a filha nas refeições falando sobre coisas banais ou iriam ver ela a noite antes de dormir. Ela iria fazer falta.
E se nada disso ocorresse quando partisse?
E se todo mundo seguisse a vida normalmente como deveria ser?
Era este tipo de pensamento que rondava aquela cabecinha, e era neste momento que uma voz fina e infantil ecoou atrás de Hee.
ㅡ Se eu fosse você não faria isso. ㅡ uma menina de jardineira azul disse.
ㅡ Isso o que? ㅡ Hee fingiu de desentendida.
ㅡ Você sabe o que. Cair, perder o equilíbrio, escorregar, se jogar.. Não vai querer fazer isso.
ㅡ E por que não?
ㅡ Porque você esta apenas cansada, deveria dizer o que sente e seus dias mais calorosos. Acho que quando eu crescer vou querer dizer sobre essas coisas para uma criança. ㅡ a menina de jardineira brincou com os próprios dedos enquanto dizia.
ㅡ Quem é você? Como entrou aqui?
ㅡ Não importa quem eu sou, entrei pela porta.
ㅡ Você é bem humorada, não?
ㅡ Alguém precisa ter um bom humor, não?
Hee abaixou a cabeça e riu, voltaldo a sentar no chão da varanda, e começando a dialogar com uma garota estranha de jardineira azul.
Felizmente o tema era sempre sobre sua vida, mas infelizmente descobria que tudo havia acabado.
Ou só abriu seus olhos para a realidade.
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fragile
Fanfiction"O amor, em alguns casos, são tão belos que se tornam significantes demais para guardar no peito, na escrita, na música, na pintura, na dança ou em palavras. Eles precisam de toques, sejam eles beijos, carícias ou abraços."