Paola's Point Of View
Após sair da casa de Ana aquela confissão da mesma permaneceu em minha cabeça durante o resto do dia. Depressão era uma coisa muito séria, minha mãe tinha e ela se suicidou. Eu tinha de fazer algo para ajudar Ana a sair dessa, ela não pode sair do quarto quase nunca e tem que depender de todos para praticamente tudo, e para uma pessoa que é independente desde os 7 anos de idade era uma coisa muito difícil do nada se tornar dependente até para se locomover. E pensando nisso eu cuidei de liberar minha agenda durante a tarde por duas semanas que eu dedicaria a tirar Ana dessa.
- Buenas tardes, Nanny! - Cumprimeno a mais velha que havia aberto a porta pra mim.
- Boa tarde, Paola, a Amélia teve que sair agora a tarde, não avisou que você viria.
- Desta vez yo no vim para vê-la, vou visitar a senhorita teimosa, ela almoçou bem hoje?
- Que nada, ela vem comendo muito pouco estou preocupada.
- Prepare um sanduíche leve e um suco, e eleva para o jardim de inverno daqui a uns vinte minutos, por favor.
- Deixa comigo. - Dá-me uma piscadela e sai em direção a cozinha. Subi e fui para o quarto de Ana, quando adentrei o cômodo suspirei ao ver tudo escuro, com todas as cortinas fechadas e um pequeno corpo perdido em uma imensa cama de casal. Caminhei em direção às janelas e abri todas as cortinas.
- Paola? Pelo amor de Deus o que você está fazendo?!
- Te tirando dessa vida, terá de me aguentar, hoje iremos sair desse quarto, a gente vai para o jardim.
- A gente é muita gente, você pode até, mas eu não vou.
- Caso eu não tenha deixado claro você não tem opção de escolha.
- Ata. - Debocha revirando os olhos e pegando o celular ao seu lado começando a mexer. Arqueio uma sobrancelha e caminho em sua direção. - PAOLA! - Grita quando pego-a no colo. - Me põe no chão agora!
- Quanto mais você se debater mais mal irá fazer a sua coluna. - Falo começando a caminhar para fora do quarto. Ana bufa e deita sua cabeça em meu ombro. Aquele simples gesto aqueceu meu peito e fez um sentimento enterrado bem no fundo dele querer ressurgir. Caminhei com Ana no colo até o jardim e coloquei-a sentada em um dos bancos. - Seja uma boa menina e fique aí. - Digo saindo rapidamente indo até onde deixei minha bolsa, peguei um livro e voltei. - Ah, mas ela é muito obediente. - Tento soar o mais irônica possível e Ana revira os olhos. - Bom, hoje eu trouxe um livro que peguei ontem na biblioteca.
- Você ainda gosta de pegar livros da biblioteca municipal?
- Velhos hábitos nunca morrem! Eu amo..
- O cheiro dos livros antigos e a sensação das milhares de histórias das pessoas que o leram carregam. - Dissemos juntas para em seguida rirmos.
- Cartas de Amor de Grandes Homens. - Leio o título. - "Manhã de 6 de julho;
Meu anjo, meu tudo, meu eu... Por que esta profunda tristeza quando é a necessidade quem fala? Pode consistir nosso amor em outra coisa que em sacrifícios, em exigências de tudo e nada? Esqueceu de que você não é inteiramente minha e de que eu não sou inteiramente seu? Oh, Deus!
Contempla a maravilhosa natureza e tranqüiliza seu ânimo na certeza do inevitável. O amor exige tudo e com pleno direito: eu para com você e você para comigo. No entanto, duvida tão facilmente que eu tenho que viver para mim e para você. Se estivéssemos completamente unidos, nem você nem eu estaríamos nos sentindo tão desolados. Minha viagem foi horrível...
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All Faces Of Love
FanfictionSe apaixonar por uma professora no colegial é inevitável. Esse sentimento ser correspondido é raro, mas não impossível. E em casos extraordinários um relacionamento nasce desse sentimento, ele cresce, evolui e nunca morre. Quem não queria ser um cas...