Noite Tempestuosa

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O pofessor ditava a matéria do dia em frente ao quadro, porém EunJoo mal prestava atenção no que era dito, sua cabeça estava repleta de pensamentos das mais diversas coisas. Olhando pela grande janela de vidro da sala de aula para se distrair um pouco de suas reflexões Joo viu o tempo começar a mudar, nuvens escuras se formavam no céu indicando a proximidade de uma forte chuva e então lembrou-se da notícia que viu na tevê um pouco antes de sair de casa; segundo a meteorologia naquele dia viria uma tempestade forte que vinha sendo noticiada a semana toda. As recomendações eram para que não saíssem de casa nem se arriscassem de ir para qualquer lugar, ou seja, permanecer onde estava até a tempestade passar.

A menor estalou os lábios e isso atraiu atenção do rapaz ao seu lado ele a encarou com o cenho franzido como se perguntasse o que houve.

– Aish a tempestade chega hoje, eu tinha eu tinha esquecido - lamentou-se levando a mão a testa e balançando a cabeça em negativa, o maior olhou para a janela constatando tal fato - Eu moro longe e não vai dar tempo de chegar em casa - A cabeça fervilhava de pensamentos de como faria para chegar sã e salva em casa, mas não tinha muita ideia. Junhong notou a preocupação da outra, mordeu o lábio inferior ansioso com o pensamento que teve e respirou fundo antes de cutucar o ombro da menor com a ponto dos dedos atraindo a atenção dela para si.

– Olha Joo... Hm se você quiser pode ficar no meu apartamento, eu tô de carro e chegamos rápido.

O apartamento de Junhong não era tão longe, já havia ido inúmeras vezes visitar o amigo seja para conversar; passar o tempo ou fazer algum trabalho. Momentaneamente pensou em recusar, mas pensou em como seria sua ida para a casa e não queria correr o perigo de ficar presa no trânsito com risco de nunca chegar ou preocupar sua mãe, então aceitou a oferta do amigo agradecendo-o.

O professor explicava o conteúdo do dia quando no meio de seu monólogo um estrondo assustou a todos, Sr. Bang procurou acalmar os alunos dizendo que os liberaria mais cedo para que pudessem chegar em suas casas antes que a forte chuva caísse, pediu que todos saíssem sem pressa e com calma também avisando que compensaria depois o restante da explicação.

Rapidamente todos os presentes guardaram suas coisas e um falatório se iniciou, Junhong já estava de pé esperando a amiga terminar de guardar seu material na mochila e pôr o casaco, quando a mesma terminou o maior agarrou-a pela mão seguindo para a saída da sala.

Do lado fora a falação era ainda maior com todos saindo das salas ao mesmo tempo deixando o corredor com um mar de gente, o rapaz aumentou o aperto na mão de EunJoo com medo de perde-la na multidão. A menor ficou alheia aquela confusão toda por conta do calor das mãos do maior, sentiu um leve aperto e correspondeu, olhou para o rosto do outro e no mesmo instante ele a encarou sorrindo brevemente como se quisesse tranquilizá-la, o que deu certo.

Depois de conseguir se desviar dos estudantes chegaram ao estacionamento que também estava cheio, EunJoo pensou que se ali estava daquele jeito não queria imaginar como estaria o ponto de ônibus ou até mesmo o ônibus, não seria nada confortável a volta para casa.

Tentava acompanhar os passos largos de Junhong e não conseguiria caso não estivessem de mãos dadas. Ouviu os dois ‘bipes’ do carro e o amigo abrir a porta do passageiro, logo dando a volta pela frente do carro e se acomodando no banco do motorista. Jogou sua mochila no banco traseiro, conferiu se EunJoo estava com o cinto colocando também o seu então ligando o veículo manobrou-o pelo estacionamento. Tinha estacionado em um local que pudesse sair rápido e sem complicação, porém isso não evitou o pequeno ‘engarrafamento’ na saída da faculdade atrasando sua saída; pouco a pouco a fila andava e assim pode finalmente seguir para seu apartamento.

Através da janela era possível ver a velocidade do vento mediano batendo nas árvores além das pessoas que iam contra e se protegiam o quanto podiam. O trânsito, apesar da notícia de tempestade, estava razoável quanto ao tempo de demora para andar, alguns precavidos já haviam se adiantado e chegado em casa mais cedo assim não tinha engarrafamento.