Vitoria
Foi horrível e do nada, cheguei da escola e minha vozinha estava lá deitada na cama ainda, achei estranho e fui chama-la , já era tarde ela já tinha ido e mais uma vez eu estava sozinha no mundo.
Eu comecei a gritar socorro e logo os vizinhos estavam encima de mim, eu deitei ao lado de minha mãezinha e não acreditava que ela tinha ido embora, ela estava morta.
Foi a maior confusão, Dona Cris cuidou de tudo eu estava sem reação tudo naquela casa me lembrava minha vó, eu fiquei ali até a gritar do enterro, naquela casa vazia e sozinha, na minha cabeça só passava os momentos bons com ela, me ensinando a ler, me buscando na Favela depois que eu perdi meus pais pro tráfico, montando minha primeira piscina, ela estava na minha mente o tempo todo ela me ensinou ser quem eu sou e agora? Agora ela se foi.
Eu estava ali em pé vendo o corpo de minha Avó descendo pelas cordas, logo todos esperavam que eu me pronunciasse e eu respirei fundo e abri meu coração.
- Sei que muitos estão esperando palavras bonitas que conforte vocês e a eu mesma, mas eu não... - eu não consegui tudo rodou e logo eu acordei na casa de alguém.
-Mae ela acordou - pela voz já sabia que estava na casa da minha vizinha.
-Vitoria, você está bem?- Foi a pergunta que me fez desabar em chorar.
- Vai da tudo certo minha querida, dorme aqui hoje tabom?!
-Obrigada - disse em meio de soluços.
A mesma me colocou em seu colo e meu deu carinho. É eu dormeci novamente.UMA SEMANA DEPOIS
Foi difícil, não superei mais preciso seguir em frente por ela, todos os meus dias são iluminados pela luz do sol, e as noites eu vivo a dor da saudade na escuridão. Vou para casa de meu irmão no morro da Maré novamente recomeçar minha vida. Dona Cris organizou tudo para que eu não entre mais na casa de minha Avó, vendeu os móveis doou as roupas e entregou a casa na imobiliária.
-Tchau dona Cris muito obrigada por Tudo, que Deus lhe abençoe sempre.
-Tchau minha flor, venha me visitar sempre que quiser.
Nos abracamos por uns 5 minutos era tão bom se sentir bem amada. Coisa que só minha vó fazia por mim.
-Moça já vamos sair
-Tchau Cris - a soltei e fui para o ônibus.
Procurei uma poltrona na janela, achei a única e do lado tinha uma moçacom um bb. O ônibus saiu e eu capotei estava cansada, e pela primeira vez eu dormi dentro daquele ônibus cheio de estranhos cada kilometro longe da casa da minha Avó era um sono mais tranquilo.
- Moça, acorda já chegamos! - Disse o motorista balançando meu ombro.
- Obrigada motorista, acho que o cansaço me derrubou. - Ele respondeu com um sorriso.
Eu sai do ônibus de viajem, fui atrás das minhas malas e saber onde era o ponto de ônibus. Depois de uma hora para fazer isso e não achar um orelhão pra ligar para Felipe, eu desisti. Fui para o ponto de ônibus sem ao menos avisar o mesmo. Logo cheguei na frente do morro da Maré, eu senti a alma da minha mãe nesse lugar aquela que me abandonou com 3 anos, ela cresceu aqui. Precisei de coragem pra ir em frente e subir tudo isso. Mas sabe aquele frio na barriga eu vi Felipe e tia Dulce poucas vezes na minha vida. Mesmo conversando bastante com ele era diferente ve-ló pessoalmente.
Fiquei parada ali por uns 9 minutos, e para uma pessoa ansiosa como eu era uma eternidade. Toda desengonçada com duas bolsas eu subi, ate ser parada por um monte de homens armados. Eu fiquei assustada fazia muito tempo que eu não via armas tão de perto.
- Onde você esta indo patricinha? - Disse o mais alto.
-Boa tarde, estou indo para a casa da dona Dulce e do Felipe. - Disse revirando os olhos.
- LK vê se o chefe autoriza a entrada da moça aqui, avisa que ta indo la na Dona Dulce. - O mesmo fala para um homem até que bonito.
Por dentro eu tenho um medinho desses homens, mas minha avó me ensinou que não devemos demonstra e sempre respeitar, porem o jeito que eles nos trata da vontade de pegar a arma deles e da um tiro no pé de cada um.Rádio ON
Chefe tem patricinha querendo ir pra Dons Dulci, pode liberar / LK
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Perfume De Bandido
Teen FictionOs opostos se atraem... "-Vitoria, cuidado! - ele correu me empurrando para um lugar seguro do tiroteio. Logo depois foi o pai dele que estava com uma bala na cabeça. Foi culpa minha, eu matei ele."