Deitada em seu quarto
Parada
A menina sente seus dedos tremendo
Encharcada
Com insistentes lágrimas sem motivo
Ou vários
Inconsciente de seus atos
Já passados
E atuais-Medo.
-Medo de que?
-Confusão.
-Confusão?
-Minha confusão.E ela grita
Calada
Por uma solução imediata
Pra confusão solidificada
Infundada
Por seus argumentos-Ar.
-Ar?
-Dizem que tem de monte.
Mas que as vezes faz falta
em lugares escuros
de pessoas quebradas.Violentada
Por si mesma
E por tudo aquilo que existe ou existiu
Injuriada
Por sempre colocar a culpa nos outros-Angústia.
-Angústia?
-Isso passa,
só a dor no peito fica
suportadaE então a menina sente dó de sua alma
Cansada
Trancada
Em um quarto chumbado
Onde sua radiação não passa
Mesmo se escassa
Até meu fim.
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Poemas de crise
PoetryPeço desculpas desde já a todos que por um acaso vieram parar aqui. Usarei esse pedacinho de plataforma para dizer o que não consigo dizer nem à Deus, e espero que me compreendam da mesma forma que eu compreenderia a história e os pensamentos de ca...