Dentre meus aposentos da minha velha casa, perto de um velho bosque a qual muitos contam historias, estava a ler meus compediuns e tratados antigos, feitos por velhos bruxos e sábios do oriente, cercado por ervas secas, livros empoeirados, estatuas de deuses antigos, e um velho cão a qual um dia já fora dourado como o sol, porem hoje seus cabelos brancos são dominantes em seu corpo, meu fiel companheiro era minha unica companhia a muito tempo e dormia pesadamente na almofada mais confortável da casa.
A solidão, mesmo com meu fiel familiar ainda era o maior desafio diário, principalmente em noites tão lindas como era aquela, minha vista cansada de ler aquelas velhas palavras em linguás a muito esquecidas fez com que largasse aquela velha papelada magica e fosse um pouco admirar o belo coberto que cobre a terra, o céu estrelado e a grande pérula da lua cheia, desci de meus aposentos e fui até os pés da floresta, sentei me no chão segurando minha velha caneca com chá para acalmar meu corpo.
Nunca tinha visto a noite tão clara, os raios de luz da lua vinham e penetravam as copas das arvores, noite tão linda que até meu velho companheiro animal despertou de sua velha soneca e veio a deitar se do meu lado. O tempo passava de vagar como as goladas de meu chá enquanto admirava o céu, quando algo em meio as árvores prendeu minha atenção por um segundo, como se fosse uma luz clara que passeava por entre os troncos. Até meu velho cachorro a qual a muito nem se quer caçava um gato manco foi em disparada latindo na direção da luz, não pensei duas vezes levantei me com a ajuda de meu velho cajado e fui atras o chamando porém só ouvia seus latidos, entre velhas arvores de raízes profundas caminhei pelo som até que ele parou, mesmo eu chamando por seu nome, meu coração estava gelado e meus passos se apertaram correndo entre a floresta.
Quando a vi...
Aquela luz que andava por entre os galhos retorcidos tinha forma, de cabelos negros e curtos ondulados como o mar calmo a noite, pele morena, olhos de um brilho quase como a própria Aldebaran, em suas bochechas e nariz eram coberto por estrelas , com as mais belas constelações usadas como sardas, sua boca era como se escondessem a lua sempre que fechava a boca, mas para minha sorte ela sorria mostrando a bela lua nascente que seus lábios delicados, e seu corpo lindo parecia ter sido moldado pelas mãos do mais hábil artesão, como se o próprio Hefesto tivesse dedicado a infinidade para a faze-la. Ela estava ali agachada acariciando aquele velho cachorro, viu minha chega em desespero e sorriu dizendo," fique calmo ele estava bem ", as palavras saiam como um linda cansão e meu coração que a muito achei q tinha sido quebrado batia como de um jovem, entre gaguejos perguntei "que.. quem... é você? ", se levantou olhou para mim sorrindo tanto com a linda boca quanto com os olhos, "Eu sou Ariel, estava vendo você em sua pesada leitura", mesmo ela falando de forma eloquente não conseguia compreender era como se ela tivesse me encantando de forma sutil, então disse " você é a propria Nut ?" ela riu tampando com a boca e disse, "não seu mago bobo, sou apenas uma fada"(é o que ela sempre me diz porém até hoje não conseguiu me convencer que não é Nut),seus olhos sorrindo conseguiram tirar me até uma coisa que a muito escondia, meu sorriso, ela olhou pra meu sorriso e disse se aproximando de mim, "olhá ! Seu sorriso é lindo, por que vive a esconder ele?",sua aproximação fez com que eu tropeçar em uma raiz atras de mim e me fazendo cair sentado, ela se assustou e foi a mim sentando no chão, "você esta bem ?!" perguntou me socorrendo, eu confirmei com a cabeça, ela levantou esticou se e pegou uma maçã que ficou com um brilho ao tocar em sua mão, se sentou novamente e me deu, era a fruta mais doce do mundo nunca tinha comido igual, e então comemos juntos.
E ali naquele piquiniqui em baixo naquela árvore , conheci minha Fada, e meu coração a muito ferido, se recuperou, se apaixonou e hoje ama. A vida de um mago triste e niilista nunca foi tão feliz e tão magica quanto é depois daquele piquinique.