Capítulo 23

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Boa leitura!
(N/T: Perfect - Ed Sheeran)

Engolimos em seco.

Nathan cutucou seu pé no meu.

- Não estou interessado nisso. - respondeu - Eu tenho coisas mais importantes pra pensar.

- É? - perguntou Frida, arqueando uma sobrancelha. - Diz logo, priminho.

- Dizer o que? - perguntou.

- Não o perturbe com esse tipo de pergunta. - respondeu Chen. - É ofensivo.

- Não estamos na sua terra, Chen. Na América, nada é ofensivo. Eu criei esse menino como se fosse meu filho. Sou mais que uma tia. Sou mãe.

O homem fez sinal de rendição com as mãos.

- Eu vou ser bem honesto com vocês. - disse. Nathan pegou a minha mão, e entrelaçou seus dedos quentes e compridos nos meus.

Não foi preciso dizer mais nada. Todos haviam entendido. Chen deu um sorriso satisfeito, assim como Frida, como se já soubessem de tudo desde o começo. Danniel era muito novo, mas pareceu gostar da ideia. Os olhos azuis e provocantes de Lucy se encheram de lágrimas, e Katty a acompanhou pra algum lugar. Eu quase senti pena dela. Quase.

Chen ficou sozinho com Nathan, e Frida me arrastou para o seu quarto, junto com o pequeno de olhos puxados.

Ainda passamos um tempo lá, até que Nathan me chamasse para irmos embora.

***

- Ela não vai aceitar. - disse o mais velho, tirando a camisa.

- Desculpe. Isso é culpa minha. Eu não deveria ter aceitado o seu convite. - falei, me sentando atrás dele, colocando as mãos em seus ombros.

- Teria sido culpa sua, se tivesse recusado. - respondeu, fechando os olhos, enquanto eu fazia uma massagem em seus ombros.

- Queria tanto que eu fosse? - perguntei, me virando, e sentando em seu colo.

- Eu não aguentaria ficar aquele tempo todo sozinho. Obrigado. - disse, me abraçando.

- Tenho que ir pra casa. - sussurrei.

- Não.

- Sim.

- Te amo. - sussurrou ao pé do ouvido.

O beijei.

***
(N/T: música: Sia - My Love)

A sensação de estar assim era boa demais pra ser verdade. Tanto que...tenho medo que ela acabe, e algo dê muito errado.

Coloquei a mão na maçaneta da porta, e balancei a cabeça a fim de espantar meus pensamentos.

Tomei coragem, e abri a porta. Sabendo que, como hoje é sábado, 2 da tarde, minha mãe estaria em casa.

Me assustei com o que vi.

Tudo bagunçado, vidro quebrado, como se um vendaval tivesse passado por ali.

Sangue.

Meus olhos se encheram de lágrimas, e só consegui pensar na minha mãe.

- M-Mamãe... - sussurrei.

Caí de joelhos, e comecei a chorar.

Não sabia o que fazer. Ela nunca me tratou bem, mas, foi a mulher que cuidou de mim desde sempre.
Eu tenho uma dívida com ela.

Comecei a andar, evitando as poças de sangue.
Ao chegar na cozinha. Perdi o ar.

Um homem, que eu tive uma impressão muito forte de já tê - lo visto antes, estava caído no chão, com alguns cortes na barriga, todo ensanguentado.

Morto.

Não estava entendendo nada. Subi as escadas correndo, e fui até o último quarto.

A porta estava entreaberta. Minha mãe estava sentada na cama, segurando alguma coisa.

- Eu odeio você. - ouvi ela dizer.

Aquilo doía tanto, tanto...

- Se eu tivesse te abortado,- olhou de lado, com um sorriso sádico - tudo estaria bem. Talvez Edward estivesse comigo ainda.

- Eu não tive culpa, - murmurei, de cabeça baixa - mamã...

- Não me chame de "mamãe". - interrompeu. - Apenas o meu filho pode me chamar assim.

- O-O que eu fiz pra você? - perguntei.

- Nasceu. - respondeu.

- Mãe...

- Já disse pra não me chamar assim! - gritou, se levantando da cama, e dando um tapa em meu rosto, fazendo com que eu sentisse a queimação.  Olhei para sua outra mão. Uma faca.

Seu rosto tinha algumas marcas de sangue. Seus cabelos loiros bagunçados, e seus olhos com fúria.

Suas mãos também tinham sangue, assim como a faca.

- V-Você matou aquele homem?

××××

Ui! Estilo novela mexicana!

"El mariachi

El mariachi

El mariachi"

Já disse que AMO BangTan?

Beijos, e até a próxima!

😙😙😙😙

In My BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora