Trust.

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Existem três tipos de pessoas que vão a festas: As que são convidadas, as que vão sozinhas, e as que são obrigadas por amigos. E essa foi a minha situação. Depois de já ter entrado na festa, sentei-me sobre a relva do jardim, observando os meus amigos a ficarem rapidamente bêbados.

Um longo e pesado suspiro se escapa por entre os meus labios, e elevo um pouco o meu olhar até ao céu escuro da noite, onde neste se iluminavam milhares de pontos brilhantes. Levanto-me, e passo pela porta escorrida de vidro, entrando assim no ambiente mais escuro e abafado do interior da casa. Pego num copo, e calculo que contenha vodka. Levo o copo de vidro à boca e dou um pequeno gole, sentindo o sabor do álcool espalhar-se rapidamente pela minha boca. Ao acabar a minha bebida, volto a pousar o copo sobre a mesa, e resolvo sair repidamente dali. Solto outro suspiro, mas desta vez mais inaudível, pois ver pessoas bêbadas e a vomitar não era o cenário mais agradável de todos..

Dirijo-me à saída, mas antes que eu possa sequer fazer mais um movimento, uma mao grande e forte me tapa a boca, abafando assim os meus gritos de desespero. Este homem desconhecido pega-me ao colo, não deixando sequer que eu tente fugir. Sinto-me a ficar fraca, pois tinha gasto muita energia na fuga, e vejo que este me leva para fora da casa, conduzindo-me para um beco escuro, para mim desconhecido. Tento morder-lhe a mão, mas é escusado, ele não me solta por nada.

– Agora é só tu e eu... – ouço a voz grave do homem. Aquela voz, aquela voz que me dava arrepios, era a voz que eu nunca esquecera.

Josh vinha ter comigo todas as quartas-feiras e obrigava-me a ir até à sala de arrumações da escola, pois dizia que se não fizesse o que ele queria que matava os meus pais.

Ele voltara, e eu nada podia fazer para o impedir de fosse o que fosse. Fechei os olhos com toda a força.

– Josh, vai-te embora –murmuro com todas as minhas forças, mas e nada serve, ele empurra-me contra a parede suja do prédio, roçando o seu corpo no meu.

–Josh, vai-te embora –repito, desta vez num tom mais certo, tentando afastar-me dele, e ele solta um riso, que me faz arrepiar todo o meu frágil corpo. Abano um pouco a cabeça, fazendo-me assim voltar à realidade.

–Socorro! –grito com todas as minhas forças, e sabia perfeitamente que aquilo me ia sair caro. Mas resultou, ou pelo menos Josh foi arrastado para trás. Ao ser largada, caio no chão que nem uma pedra, o que me faz gemer de dor, também por me doer o corpo de ser agarrada com toda a força por Josh. Fecho os olhos e deixo-me ficar ali, imóvel no chão, ouvindo os gritos de luta a meu lado. Depois, estes começam a diminuir, e um corpo cai a meu lado.  Fecho os olhos fortemente, preparando-me para o pior, mas passado um pouco, nada acontece.

–Estás bem...? –diz uma voz desconhecida, mas claramente masculina. Fecho os olhos e com todas as minhas forças consigo sentar-me no chão. Acinto com a cabeça, suspirando. Uma figura masculina, apenas iluminada pela luz amarelada dos candeeiros da rua, senta-se à minha frente, com um meio-sorriso no rosto.

Um rapaz, lindo pode-se dizer, moreno e cabelo escuro, estava sentado à minha frente.

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⏰ Última atualização: Jul 15, 2014 ⏰

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