Tudo começou quando eu estava dormindo no meu quarto em um "BELO" dia de segunda-feira.
Peguei meu celular e quando ia ligar a tela escutei a voz da minha mãe me gritando:
- VEM TOMAR O CAFÉ DA MANHÃ!
- Já tô indo mãe. - respondo imediatamente evitando outro grito posterior.
Eu tento me levantar para seguir a ordem da minha mãe, calço minhas pantufas e permaneço sentada na beira da cama. O pensamento me leva ao quão miserável a vida é. Comecei a usar a criatividade para imaginar o que a vaca da Emy tentaria fazer comigo hoje.
Até que desperto dos meus pensamentos com um grito louco da minha mãe alertando que eu estava atrasada e precisava tomar banho e ir comer. Descendo as escadas eu sinto o meu celular vibrando com uma mensagem e verifico rapidamente.
Era o Vitor. O meu melhor amigo (e por acaso o garoto que possui o meu coração sem saber disso).
Vitor: Você não vem para a escola?
Eu: Estou indo o mais rápido que eu posso para não me atrasar!
Vitor: Já era. Tentativa falha porque você já está atrasada.
E do nada eu sinto uma puxada de orelha da minha mãe falando o mais alto que a sua voz consegue atingir:
- SAI DESSE CELULAR GAROTA, NÃO QUERO MAIS OUVIR NEM UMA RECLAMAÇÃO DE ATRASO SEU NA ESCOLA!!
Terminado o café da manhã, vou correndo para a escola com meu pai. Por sorte o caminho não passou se 10 minutos. Chegando na escola eu vejo que estão todos já em aula e tento me apressar. Corro em direção a minha sala e bato na porta que acaba sendo aberta pelo o professor.
- Bom dia, senhorita Fox.
- Bom dia, professor.
- Mais uma vez atrasada?
- Me perdoe é que... - ele me interrompe.
- Deixe-me adivinhar desta vez: o celular não despertou?
- Professor nem tudo tem que ser no seu tempo, eu só dormi demais. - A ironia daquele homem me deixou frustrada e palavras de raiva começaram a sair da minha boca, afinal ele estava me constrangendo na frente de toda a minha turma - Algum problema com isso?
- Como você ousa responder seu superior. Vá para a diretoria agora!
Como sou um mero ser insignificante nesta escola obedeci a ordem do Sr. Silva.
Depois que eu resolvi as coisas na diretoria e de usar a imaginação desta vez para imaginar as diferentes formas que eu seria torturada com castigos vindos dos meus pais, fui direto para o refeitório, sentei em uma mesa qualquer e comecei a ouvir música com os meus fones de ouvido. Foi quando Vitor apareceu sentando na cadeira a minha frente como de costume.
- Oi. - ele quebra o silêncio - Tá tudo bem com você?
- S-Sim. E com você? - maldita paixão que me deixa sem jeito e me faz gaguejar.
- Está tudo bem comigo sim. Quer falar sobre o que aconteceu hoje mais cedo na aula de geografia?
- Acho que não. - enrolo um fio de cabelo enquanto olho em seus olhos que pareciam fixos nos meus - E de qualquer forma você sabe o porque eu fiz tudo aquilo.
- Sei - rimos.
- Tá vendo só... Você é tão meu amigo que sabe em tudo que eu estou pensando.
- Será que sei? Tipo, o que você estaria pensando agora? - ele diz num tom desafiador.
Nesse momento aconteceu uma troca de olhares muito intensa e aí me peguei pensando em como seria bom beija-lo, dando lugar a ilustração desse beijo na minha mente.
- N-nao me olha assim. - corto aquela conexão de olhares e ele acaba rindo.
- Tá certo. A gente bem que poderia sair para assistir um filme, né? Nunca mais a gente fez algo pra descontrair e a noite de filmes é algo quase que sagrado entre a gente.
- Eu bem que queria mas provavelmente vou ficar de castigo até a próxima década depois de hoje - Do nada eu travei e comecei a tremer respondendo num não triste e gagejado. E ele realmente tinha razão. Há tempos que não saímos juntos. - Mas ainda tem a minha festa hoje e a gente pode se ver la.
- Você vai estar ocupada com os convidados. - diz ele chateado.
- Para com isso Vitor! Você sabe muito bem que é o meu convidado mais especial que vai ter nessa festa. - sorrio - E nem seria divertido se você não estivesse lá.
Então o sinal do fim do intervalo toca novamente (semelhante ao toque de recolher indicando que devemos voltar a nossas celas desta "prisão") fazendo nós dois nos deslocarmos do refeitório para a sala de aula.
Meu pai me busca como de costume me levando para casa. Já estava quase tudo pronto para a festa mais tarde, onde aconteceria uma comemoração para mim, já que hoje é o meu aniversário de 17 anos.
Meus pais haviam me dado um outro computador, salientando que eu não merecia mas como era o meu aniversário e o antigo estava quebrado, eles fizeram este sacrifício.
De repente meus pensamentos me levam a conversa que tive mais cedo com Vitor. Ele pareceu chateado por não podermos sair, daí resolvi enviar uma mensagem para ele.
Eu: desculpa por ter adiado nosso encontro com filmes e pipoca.
Vitor: relaxa, linda... não tem nada não. Daqui a pouco chego aí.
Por que esse garoto tem que ser tão fofo? Isso me deixa ainda mais mexida. Cada vez eu começo a pensar mais no meu futuro próximo e o que poderia acontecer se ficarmos juntos...
Isso tudo tá afetando a minha sanidade mental.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Arquivo
Teen FictionUm segredo só existe se somente uma pessoa sabe. Se outro descobre coisas que você quer esconder, como você se livraria desta situação? Anastácia teve muito o que fazer, mas para descobrir os feitos, você terá que ler este ARQUIVO. Mas lembre-se: ao...