Francesca Di Castillo e Caleb Adelardi.
Dois jovens abastados e provindos de famílias poderosas.
Os seus caminhos cruzam-se de forma peculiar. Num mundo negro e obscuro, será o amor capaz de combater todas as forças que os separam?
I Hold Me Close I
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| Francesca |
A minha respiração prendeu no momento em que os seus lábios tocaram no cimo da minha mão.
Engoli em seco.
Olhei em redor, estudando a expressão de cada uma das pessoas que me rodeavam. Na verdade, o meu nervosismo era descomunal ao ponto de eu sentir o meu coração a palpitar como um valente cavalo de corrida ; tão descomunal ao ponto de temer que alguém ouvisse o próprio palpitar do meu coração, tão fortemente como eu o ouvia.
A minha mãe falava animadamente com Penélope. Gabava-se da decoração de todo o salão de festa, totalmente organizada e pensada por ela, tal como sempre fora. O seu bom-gosto requintado sempre fora reluzente e o meu pai tirou proveito disso, colocando-a como a principal organizadora de todas as festas e reuniões organizadas pela nossa família.
O meu pai discutia solenemente pormenores acerca de Mont'Real, o seu novo casino com Adolf. Detestava conversas e discussões sobre negócios em dias de festa, mesmo sabendo que dias de festa ou dias especiais não eram exceção, e muito menos desculpa, para não se falar acerca negócios. "Neste ramo não há um único dia de dia folga" - o meu pai costuma dizer.
Revirei os olhos internamente.
Sorri levemente para Caleb, retirando cuidadosamente a minha mão da sua. O roçar dos seus dedos na minha pele fizeram o meu corpo arrepiar por completo. Fitava-me com um sorriso enorme estampado no rosto. Murmurei um "prazer em conhecer-te" e levei os olhos ao chão. A intensidade do seu olhar levou-me a uma extrema e ridícula necessidade de me libertar da situação.
Ridícula.
Ridícula é a palavra certa para descrever como me sentia neste momento. Ridícula.
Nunca ninguém tinha tido este efeito em mim; muito menos alguém que acabara de conhecer à 10 minutos atrás. Caleb em poucas palavras fizera-me sentir como nunca antes ninguém o tinha feito. Um olhar, um sorriso, um toque era o que bastava para me colocar completamente nervosa e insegura - numa boa maneira -.
Isso assustava-me.
Na verdade, assustava-me imenso.
Nunca fora assim. Pelo contrário. Aliás a minha exigência no que toca ao sexo masculino e afugentou todos os possíveis candidatos, com exceção do meu ex-namorado Justin que fora o único soldado a ter a força e resistência para vencer a batalha "Entrar no coração da Francesca". Batalhou uns difíceis e duros 2 anos para ouvir o tão esperado "sim" da minha boca. Demorou. Custou. Mas eventualmente acabou por acontecer. Foram uns belos 3 anos dos quais não guardo mágoa alguma mas , eventualmente as coisas acabaram por não resultar.
