Sofrendo, mas não muito, talvez pouco, talvez mais.

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        Digo a mim mesmo que quem nunca se apaixonou possui uma dádiva em sua vida. Minha dica geral sempre foi: evite experimente algo do tipo quando não há nenhuma necessidade disso. Amar é bom, amar é ótimo, faz você sentir coisas que nunca sentiu, faz as borboletas voarem em seu estômago e a mente viajar em planos e mais planos. Parece legal, interessante e até divertido, mas não é tudo isso. Não se deixe levar pelos adjetivos. A partir do momento em que você se apaixona acontecem mil outras consequências, que eu chamo de sintomas. 

        Amar pode ser uma espécie de doença às vezes. 

        Se você se importar demais com o que a outra está fazendo, tome uma pílula. 

        Se você achar que não consegue viver sem a pessoa amada e toda vez que fica diante dela seu estômago dói de nervoso, tome duas pílulas.

        Se você acha que a pessoa está dando mole para suas cantas, tome três pílulas. 

        Se a pessoa disser que está apaixonada por você, suspenda as pílulas e aproveite.

      Se, por ventura, vocês terminarem, tome um lote inteiro de tarja preta pelos próximos 6 meses. 

        Quando eu me apaixonei de fato eu senti que poderia ser feliz, que estava com a felicidade em minhas mãos, que poderia usar e abusar de sua vontade, mas eu estava enganado. Você pode estar com a felicidade nas mãos, tentar prendê-la ou segurá-la, mas uma hora ela vai fugir. Porque nada dura para sempre, porque você nunca vai ser feliz para sempre. Ninguém é feliz dessa forma. A vida te dá um pouco de sofrimento, talvez muito às vezes, justamente para você aprender que não se pode ter prazer sem um pouco de desprazer.

        A vida é uma escola onde você não consegue o mérito sem sofrer um pouco. 

7 dias para desapegarOnde histórias criam vida. Descubra agora