eu pequei por te amar

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à pedido da svtmol e da boomsvt, venho aqui postar esse belo fruto dos meus humildes sonhos.

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Tu disseste que eu te olho como se soubesse todos os teus pecados, e em verdade eu sei. Eu sei e sinto teus atos que traem o teu coração e tua mente, assim, também traindo meu coração e mente. Eu vi a luxúria em tua expressão quando beijou-a com desejo naquela festa, e depois a decepção e arrependimento quando percebestes que eu vi e senti todos os pecados que ousaste cometer por simples imaturidade emocional, entendo que não conseguistes controlar teus sentimentos, mas isto não justifica teus atos. Mingyu, tu sabes também meus pecados, aqueles que me assombram em todos os meus pesadelos, aqueles que batem todo dia na porta de minha alma dizendo que deixei-te escapar por entre meus dedos e que não me deixam superar-te.

Então, aqui, admito meus fantasmas pois já não aguento mais mantê-los em meu coração, sabendo que não levam-me à lugar algum retirando o mundo triste do teu olhar. A luxúria, por desejar-te a cada momento, mesmo sabendo que não pertenças mais à mim e ao nosso amor. A avareza, por querer prender-te a mim sempre que olhas para ela. E o amor, ora, ele não é um pecado, porém este vem trazendo todos os outros consigo de forma relapsa, por amar-te mais e mais a cada dia, mesmo sabendo que já não resta algum sentimento por mim em teu coração, exceto o arrependimento e a dor por deixar-me nesta situação monotonamente deplorável de corações. Shakespeare teria orgulho de minhas tragédias causadas por artigos que eu, ironicamente, dizia-te serem impossíveis em nossa humilde relação.

Hoje eu rio, pois tu insistias em dizer que me amava. O pior de tudo é que tu prometeste, Mingyu, prometeste me proteger de todo o sofrimento que ousaste tentar nos abraçar, e no momento mais sensível, simplesmente te vais e leva nossa felicidade assim como o vento de primavera leva as borboletas ao inverno, do qual nunca sobreviverão. E agora, como àquelas borboletas, o vento das memórias sobre ti está prestes a matar-nos. Por isto, escrevo-te esta carta, despedindo-me do Mingyu que me amou, do Mingyu que amou-a e do Mingyu que espero lembrar de nós com todo o carinho restante do nosso amor que exala por detrás daquelas fotografias que levaste. Eu te amei, amo e amarei com todo o meu coração. Espero que lembre-se disso até o fim dos teus dias e ainda no dia em que nos encontraremos sobre o brilho cristalino da neve ao receber os raios do sol num abraço quente como gelo.

De seu pensamento e existência passados na lembrança de seu coração, Jeon Wonwoo.

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