41- No Home

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POV Kara
Chegamos em NC por volta das 8h da manhã e resolvemos ir para o DEO.
Mau pisamos no prédio e já vimos agentes correndo de um lado para o outro.
-Finalmente você chegaram.- Alex fala me abraçando.
-O que está acontecendo? Por que essa correria?- Pergunto a abraçando de volta.
-Uma gangue de aliens, nada de mais.- Ela fala como se não fosse nada.
-Diana!- J'onn chaga na sala e vai abraçar a mulher.- Achei que tínhamos te perdido, mas quando Alex chegou contando que você estava bem... É bom ter você de volta minha amiga.
-É bom estar de volta J'onn.- Ela fala sorrindo.
-Parada!- Escutamos um grito de um dos agentes, interrompendo nosso momento reencontro.
Quando vimos já estavam mais de dez agentes apontando suas armas para Lyta, que estava com as mãos erguidas em forma de rendição.
-Calma, ela esta com a gente.- Falo e todos eles abaixam as armas e Lyta vai para o lado de Donna.
-Quem é ela?- Alex pergunta baixinho, enquanto os outros se afastavam com J'onn.
-Lyta- Faço uma pausa dramática, para contar a próxima bomba do ano.- Filha da Diana.- Alex fica um tempo olhando para o nada, até que ela olha para mim.
-É o que?- Ela pergunta em choque.
-Filha da Diana.- Falo rindo da sua reação.
-Mas como?- Ela pergunta.
-Você não vai querer que eu te explique como os bebês são feitos.- Falo brincando recebendo um soco.
-Idiota!- Ela fala e começa a analisar Lyta.- Essa familia tem uma genética impressionante.
-Alex!!- Falo a olhando chocada, mas logo depois começamos a rir.
-Só falei a verdade.
-Hey, venham ver isso.- Diana chama da porta do corredor que da para onde está a nave de Mon-El.
-Então, o que descobriram?- Vou direto ao ponto, até porque não tínhamos o luxo de perder tempo.
-Utilizamos a amostra de DNA que Lena nos forneceu da Reign e fizemos alguns testes e eu fiz algumas pesquisas mais profundas e encontrei isso.- Braini fala e nos mostra um pedaço de rocha.
-Ta e o que isso tem haver com Reign?-Donna pergunta.
-Oh sim, charo. A vestígios dessa rocha no DNA da Reign, talvez ela possa ser a resposta para nosso problema e para a nossa sorte ela está orbitando em seu sistema solar, onde você chamam de cinturão de asteroides.-Ele termina e todos ficam em silêncio por um tempo.
-Tudo bem, eu vou até lá, quem vai comigo?- Pergunto olhando para todos.
-Eu vou, podemos usar uma das naves que temos.- Mon-El fala e vejo Lena revirar os olhos.
-Okay.- Respondo simples.
Ficamos uma tempo analisando os detalhes da nossa missão. Partiríamos amanhã em uma das naves de Braini Em busca dessa pedra, que pode resolver nosso problemas.
Estava indo encontrar Lena quando Mon-El me para.
-Hey Kara!- Ele chama e eu me viro para ele.- Espero que não tenha problema irmos junto nessa missão?
-Não, claro que não, por que teria?- Pergunto estranhando.
-Só não quero que fique algo estranho.- Ela fala sorrindo.
-E não vai, afinal somos amigos.- Falo sorrindo.- Vem aqui!- Abro os braços e Mon-El me da um abraço apertado.- Somos amigos, não importa o que aconteceu no passado.- Sorrio para ele que retribui e eu sai a procura de Lena.
Sai em direção a parte central do prédio a procura de Lena que estava indo em direção ao elevador.
-Hey Lee!- Chamo e ela para, levando um tempo para se virar.
-Hey!- Responde simples.
-Você quer ir lá para casa.- Falo tentando dar meu melhor sorriso sedutor, o que não funcionou.- Eu estou com saudade.- Falo apelando para o drama.
-Hoje não. Diana vai fazer um jantar e depois de 3 dias sem carregar meu celular, finalmente falei com Jess, que me falou que tenho que ir para Gotham amanhã.- Ela fala suspirando.
-Okay, tudo bem. Então podemos ir almoçar juntas?- Pergunto.
-Vou almoçar na L-Corp, tenho uns papéis para analisar para a reunião de amanhã.- Ela fala saindo, me deixando com uma cara confusa.
-Lena!- Chamo correndo atrás dela até o elevador que já começava a fechar as portas.- Ta tudo bem?
-Ta.- Responde simples e começa a mexer no celular.
-Lena, eu sei que não ta tudo bem e eu gostaria de saber o por que.- Falo tirando o celular da sua mão. Ela me olha séria e então finalmente fala.
-Que saber o que aconteceu?.- Faço que sim com a cabeça.- Fui procurar a Minha namorada para almoçar comigo e ela tava de abracinhos com o ex, isso que aconteceu.- Ela termina e eu começo a rir.
-Só por isso? Lee, Mon-El é meu amigo,  não tem nem uma sentimento a mais entra a gente.- Falo por fim.
-Pelo jeito que ele te olhava não parecia que era apenas sentimento de amigos.- Ela fala e segura meu baço pegando o celular de volta e saindo que nem um raio.
Fiquei o resto da manhã pensando no que Lena havia falado, talvez essa viajem veio em um bom momento para colocar o Fim na nossa história.
POV Lena.
Fiquei o resto da manhã e parte da tarde resolvendo problemas na L-Corp. A empresa tava um caos, e olha que fiquei só três dias fora, mas com sorte não precisava me preocupara com a CatCo, porque graças aos céus James estava cuidando de tudo.
E falando em CatCo, James disse que nesses três dias tudo que se fala é da "morte" da Mulher Maravilha, só quero ver quando todos descobrirem que ela está viva.
Depois de sair da L-Corp passei em casa para tomar um banho, fiquei uns 20 minutos pensando na reunião que eu teria em Gotham para não ter que pensar no jantar de hoje à noite.
Sai do banho e fui colocar uma roupa confortável, não estava nem um pouco afim de me arrumar então coloquei meu moletom da UNC, uma calça de moletom cinza e um tênis, peguei a chave do meu carro e fui para a casa de Diana. No caminho passei para comprar um vinho.
Fiz o caminho até a casa de Diana, pela estrada principal, eu nunca havia reparado, mas a medida que você andava por ela um caminho de árvores ia se formando, e também não tinha percebido que a casa dela era tão longe do centro, a casa ficava mais no interior de NC, um lugar lindo, cheio de árvores.
Ao chegar no portão toquei o interfone, que foi atendido por Cassie, ela abriu e eu fui entrando.
A casa da Diana era enorme, era toda branca com detalhes em dourado, com pilares estilo grego, com enormes portas e janelas.
Mas nesse momento não era a casa que me chamava a atenção e sim uma das janelas do segundo andar, onde havia uma luz acesa e mesmo de longe pude perceber Lyta sentada nela com os joelhos dobrados e com o rosto apoiado nos mesmos olhando para o horizonte, perdida em pensamentos.
Estacionei o carro bem em frente a casa, peguei a garrafa de vinho e sai do carro, a porta estava aberta então entrei a fechando logo atrás de mim.
-Diana?- Chamo assim que chego na enorme sala.
-Na cozinha!- Donna grita e vou até elas.
-Hmmm, que cheiro bom.- Falo assim que entro na cozinha.- Trouxe vinho.- Coloco a garrafa na bancada da cozinha e me sento em um dos bancos.
-Cade todo mundo?- Pergunto olhando em volta vendo que só Donna estava na cozinha.
-Cassie foi secar o cabelo, Diana ta tomando banho e Lyta ta no quarto.- Ela fala mexendo nas panelas.
-Eu vi a Lyta, ela estava sentada na janela e não parecia com uma cara nada boa.- Falo brincando com meus dedos. Antes que Donna falasse algo Lyta entra na cozinha.- Oi!- Falo a cumprimentando.
-Oi!- Ela fala simples e vai até a secadora de louça pegando um copo e enchendo com água.
-Lyta, coloca a mesa!- Diana entra na cozinha falando.- Oi Lee!- Ela me da um beijo.- Hippolyta!
-Eu já vou, calma!- Ela fala deixando o copo na pia e pegando as louças e talheres e saindo que nem um raio.
-Hey, só não passa por cima.- Cassie fala quase sendo derrubada por Lyta na porta da cozinha, o que nos fez rir e Lyta soltar um pedido de desculpas.
O jantar correu tudo bem, em meio a conversa e risadas, exceto da parte de Lyta, que ficou quase o jantar inteiro sem falar nada, até que ela resolve falar.
-Mãe?- Ela chama fazendo todos os olhares na mesa se voltaram para ela.
-Fala!- Diana fala sorrindo, mas logo seu sorriso morre, dando lugar a um olhar preocupado.
-Eu quero voltar para casa... digo para onde eu estava.- Ela fala olhando nos olhos de Diana que os desvia para Donna.
-Você não pode.- Diana fala baixo, mas mesmo assim deu para ouvir.
-Como não posso? Você faz aquele negócio com o Laço e me manda de volta.- Lyta fala já ficando nervosa.
-Lyta.- Donna começa e respira fundo.- O que Diana quer disser é que você nunca mais pode voltar para lá.- Nesse momento vi lágrimas descendo pelo rosto de Lyta, Diana já estava se segurando para não chorar assim como Donna e eu e Cassie só observávamos sem entender nada.
-Lyta!- Diana a chama se levantando e se agachando ao seu lado.- Eu sinto muito Ly, mas...- Ela faz uma pausa tentando achar as palavras para dizer.- Eles estão mortos.- Só ai que caiu a minha ficha do que elas estavam falando, era sobre as pessoas que ela tinha matado quando ela virava a Fúria, sobre todo o sangue.
-Quantos?- Lyta pergunta com a cabeça baixa.
-Ly...- Diana fala com pesar.
-QUANTOS?-Lyta grita fazendo com que todos os copos na mesa estourassem nos assustando.
-50...50 pessoas.- Donna fala, Lyta sem pensar duas vezes se levanta e sobe as escadas correndo.
-Donna!- Diana a repreende e sai para ir atrás de Lyta, mas eu a seguro pelo braço.
-Deixa que eu vou.- Falo e ela assente com a cabeça.
Começo a andar em direção as escadas, a cada passo, a cada degrau que eu subia era como se eu sentisse o que Lyta estava sentindo, e cada vez que eu me aproximava da porta do quarto onde ela estava, mais meu coração se apertava.
-Lyta!- Chamo batendo na porta não obtendo resposta, então resolvi entrar.
Ela estava sentada na cama olhando para a parede a sua frente, onde possuía um espelho.
-Lyta?- Chamo me aproximando.
-Me desculpa.- Ela fala sem me olhar.
-Pelo que?- Pergunto me sentando ao seu lado e a olhando pelo espelho.
-Por fugir de você.- Ela finalmente me olha.- É que... nunca pensei que fosse te conhecer, digo, eu sempre imaginei o dia em que eu finalmente ia conhecer minha irmã, mas quando esse dia finalmente chegou eu entrei em pânico, principalmente pela situação que levou a isso.- Ela fecha os olhos deixando algumas lágrimas cairem, sem pensar duas vezes as limpei.
-Você não tem com o que se desculpar.-Falo sem saber o que dizer e seguro sua mão.
-Eu imaginei tantas coisas para te falar quando nos conhecêssemos, mamãe falava bastante de você, e você é exatamente como eu imaginava.- Ela da um sorriso que logo some.
-Ela falava?-Ela não fala nada, só assente com a cabeça.- Você e Diana são próximas?- Pergunto depois de um tempo em silêncio.
-Quando ela estava por perto, sim.- Ela fala e eu a olho.
-Como assim por perto?- Pergunto me ajeitando na cama para ficar de frente para ela.-Me conte tudo!
-Até meus oito anos foram tudo normal, apesar de eu ter nascido em Washington morávamos em Gotham onde nossa mãe trabalha, meu pai era piloto da força aérea, sim como meu avô e o avô dele, então não o víamos com tanta frequência, na maioria do tempo era só nos duas- Ela da um sorriso como se, se lembra-se dos momentos- Mas por volta dos meus nove anos pareceu que tudo começou a desandar e tudo começou quando nossa mãe conheceu o Giovanni Zatara, tio John. Eu sabia sobre você a algum tempo, sabia o quanto a nossa mãe queria voltar para você, mas meu pai não entendia, eles brigavam cada vez que se viam.- Ela deixa umas lágrimas cairem, a essa hora ela já estava sentada de frente para mim, encostada na cabeceira da cama.- Então um dia ela chegou em casa, meu pai estava de folga, e disse que tínhamos que ir, nesse dia ela e meu pai tiveram uma briga feia, ele não queria deixar eu ir com ela, e ela não queria me deixar com ele, mas então eu disse para ela ir, que ia ficar tudo bem, que ela poderia encontrar minha irmã, ela viu o quão assustada eu estava com toda a briga e resolveu que talvez seria melhor eu ficar, Circe ainda estava por ai, e ela não queria correr o risco de me perder também, ela disse que eu estaria a salvo ali, me deu um beijo e disse que voltaria por mim, disse que me amava e saiu voando.- Eu já estava chorando junto com Lyta.- 1 ano depois ela apareceu, e tudo que eu queria saber era sobre você. Ela me falava coisas sobre você, mas nunca me explicou do porque você não estar ali com a gente.- Ela fala e suspira.- Então até meus doze anos ela ficava indo e voltando entre as terras até que ela não voltou. Meu pai quando ele estava em casa dizia: "Talvez ela esteja salvando vida". E eu queria acreditar, então eu esperei, esperei por 4 anos, porque sabia que ela iria voltar, ela prometeu que sempre ia voltar, mas a cada ano que passava, eu perdia mais as esperanças, e quando eu já estava cansada de esperar, ela voltou, voltou pedindo que eu fosse com ela, e foi nesse dia que eu descobri o que eu era, cada vez que eu penso naquela noite eu posso sentir o ódio que senti da nossa mãe. E foi a primeira fez que me transformei em Fúria, e nossa mãe insistiu que eu voltasse com ela, mas eu mandei ela ir embora, disse que nunca mais queria ver ela, que ela não poderia desaparecer por quatro anos e voltar como se só tivesse ido na esquina.- Ela da um riso irônico antes de continuar.- Mas é claro que ela não vez isso, todos os dias no final da tarde eu conseguia sentir ela, por mais que eu tivesse com raiva, eu me sentia segura com ela mesmo me olhando de longe.- Ela faz uma pausa.
-Então você também foi criada pelo seu pai?-Pergunto curiosa.
-Não, pela minha avó paterna na verdade, eu não via muito meu pai, eu via ele menos ainda do que via nossa mãe.
-E ele sabe que você está aqui?
-Ele morreu três anos atrás em um acidente aéreo.- Fala com pesar na voz.
-Sinto muito.- Faço um carinho em seu rosto.
-Pelo menos nossa mãe estava lá dessa vez.-Ela da um meio sorriso.
-Por que quando ela veio ano passado você não veio junto?- Me arrasto para seu lado me encostando na cabeceira junto com ela.
-Eu tinha uma vida lá, comecei a faculdade de medicina, não queria deixar isso para trás, mas eu deveria, olha no que teu, 50 pessoas mortas.- Ela ri amargamente.
-Não é sua culpa, você não pode controlar.- Seguro seu rosto a fazendo olhar para mim.- Não foi sua culpa.- Repito e pude sentir ela ficar mais calma.
Ficamos em silêncio por um tempo até que Lyta resolveu que iria tomar um banho, mas que era para mim ficar ali, quando ela iria entrar no banheiro uma pergunta veio na minha cabeça.
-Lyta!- Chamo fazendo ela parar na porta e me olhar.- Qual o nome do seu pai?
-Oh.- Ela da um riso.- Ele tem o mesmo nome do avô dele. Steve. Steve Trevor.-Ela sorri e entra no banheiro me deixando com a cara no chão.
Notas Finais
E então? O que estão achando?
Aff gente, esse momento irmãs 🖤
P.S: tive que colocar a Jess como Lyta, não conseguia pensar em mais ninguém para ser a parceira de crime da Lena se não fosse ter a cara da Jess.
P.S2:Jess e Katie tem meu coração 🖤🖤

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