Doze anos depois...

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-Katherine!

-Que foi mãe? - Respondo.

-Daniel não para de te ligar, faz alguma coisa!

Daniel tem sido meu melhor desde... Bem, desde sempre.

-Atende, e diz logo vou retornar mãe.

Ele é terrível, minha mãe acha que ele gosta de mim, mas credo! Nunca passou pela minha cabeça isso. Somos amigos, e isso nunca mudará.
Desci e fui para sala, a minha casa tem quatro quartos em cima cada um com banheiro, e em baixo tem sala, a cozinha, a copa, dois banheiros, sala de jogos, escritório, e por fim... Minha biblioteca. Meu pai como sempre exagera. As vezes me perco dentro dela.

-Oi Dan, o que manda?

-O que havíamos combinado? - Daniel pergunta, e fico confusa.

-Combinado sobre o que?

-Sobre nunca jamais se apaixonar por alguém, e se caso acontecer a primeira pessoa que deveria saber é seu melhor amigo. Tem alguma coisa pra me falar?

Gente, o que ta acontecendo?

-Dan eu não to entendendo nada!

-Olha o seu celular. Só sabem falar de você e o Wendel.

Wendel? Ai meu Deus, não!

-Ele ta espalhando por ai que ficou com você, que vocês vão namorar. O que é isso Kat? Achei que pensávamos juntos poxa!

-Não é nada disso Dan. Eu vou resolver isso quando voltar pra faculdade. Deixa comigo.

-Eu acho muito bom! - Disse ele bravo.

-Ah não fica assim, eu amo você.

-Também amo você, depois conversamos. Beijos.

-Ta bom, tchau.

Esse Wendel. Deixa só ele vai ver o que é bom pra tosse, então ele gosta de inventar por ai que vai pegar quem ele quer? Não é assim que funciona.
Desde que Henrique sumiu da minha vida, nunca pensei em ficar com mais ninguém, achei que seria apenas um romance besta de criança, mas me enganei. E penso nele até hoje. Quando pensei em levar minha vida e tentei me envolver com alguém, não funcionou. Então a regra que eu o Dan temos, tem funcionado até agora. (Pegue, mas não se apegue). Eu não sou de ficar com muitos, na verdade eu não fico com nenhum. Pra mim beijar alguém eu realmente tenho que gostar, e até agora ninguém conseguiu me conquistar.
Não sei se gosto, ou desgosto.

-Kat, que tal irmos no shopping comprar um biquíni novo para irmos para praia? Faz tanto tempo que não vamos que os que tenho aqui não me servem mais!

É verdade, fazia um bom tempo que não íamos. Faz um anos que não vamos, e o nosso corpo cresce como nunca, eu usava 36, agora já passei pra 40 por que as 38 não me servem mais. Que bunda incrível! Os sutiãs nem se falam então.

-Claro. Vamos, preciso comprar também, mas vou ligar pro Dan primeiro pra saber se ele quer ir comprar alguma coisa já que vai com a gente.

-Claro.

Notei algo diferente na voz dela. Humm.. Que estranho.

-Dan?

-Oi gata.

-Estamos indo no shopping comprar umas coisas para praia quer ir com a gente?

-Vou sim, preciso comprar umas coisas. No seu carro, ou no meu?

-No meu.

-OK, logo chego ai.

-Ta bom Dan.

-Ele vai? - Christine perguntou.

-Ham.. Vai.

-Humm... - Disse.

OK. É estranho mesmo. Resolvi deixar esse pensamento pra lá, logo descobriria o que acontece com eles.
Trinta minutos depois Daniel chega.

-Vamos? - Falei pros dois.

-Vamos. - Respondeu juntos.

Olhei para eles confusa.

-O que pensam em comprar? - Daniel disfarçou.

- Uns biquínis, essas coisas.

Chegamos no shopping, e fomos direto para loja de praia. Comprei, cinco biquínis, um maiô, uma canga, vestidinhos, e uns dois óculos de sol.

Na volta pra casa encontrei alguem inesperada, que eu nunca pensei encontrar de novo. Henrique. Corri. Me escondi. Ele provavelmente não me viu.
Menos mal.

-Você ficou branca, o que aconteceu? - Daniel perguntou.

-Henrique.

-Aqui?

-Sim.

-Nossa, achei que ele tinha se mudado.

-Eu também. Mas isso não importa. - Falei sorrindo. - Vamos?

Voltamos para casa, e fui arrumar minha malas. Coloquei tudo o que tinha comprado. Roupa demais, pensei.

-Kat, vamos passar uma semana só lá. -Christine disse.

-Vamos, mas eu tenho que estar preparada pra tudo. Por isso coloquei umas coisinhas a mais. E o volume maior aqui é a minha bolsa de maquiagem.

-Nao sei pra que levar maquiagem pra praia.

-Nao saio pra lugar nenhum sem levar meus bebês.

Revirou os olhos.

-Seu celular ta tocando. - Disse Christine.

-Alô.

-Gata, tem uma festa hoje, na casa de Brad, quer ir?

-Brad, Dan?

-É o que tem?

Reviro os olhos.

-Nada, que horas começa?

-As 20:00.

-Beleza, vou pra sua casa pra gente ir dai.

-Certo, te espero.

Olhei no relógio. Marcava 17:00 da tarde, tinha pouco tempo pra me arrumar.

-Mãe!

-Oi filha.

-Vou sair com o Daniel hoje, e depois vou dormi na casa dele tá?

-Ta bom querida.

Minha mãe é maravilhosa!
Fui me arrumar, tava atrasada. Quando deu 20:00hrs, fui pra casa do Daniel.

Toquei a companhia.

-Kat! Quanto tempo você não vem aqui!

-Sra Elizabeth, me desculpe. Com a viajem ta tudo muito corrido.

-Ah! Entre! Daniel está em seu quarto, vá lá.

Quando fui lá ele já estava descendo.
Tava muito bonito, Daniel era um gato. Se não fosse meu melhor amigo, poderia até pensar em alguma coisa, mas esse assunto me enjoa.

-Vamos?

-Claro.

Chegamos na casa de Brad, já estava lotado, cheio de garotas semi nuas.

-Vou pegar uma bebida pra gente. Me espere aqui.

-OK Dan.

Olhei em volta, não Vi ninguém conhecido. Só o pessoal da faculdade, as meninas da minha sala não havia chegado ainda.

-Toma.

-Ta chato aqui.

-É por que você não encontrou ninguém interessante ainda gata.

Foi quando eu Vi ele pela segunda vez.

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⏰ Última atualização: Jul 11, 2018 ⏰

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