I

117 15 0
                                    

O dia começa em uma pequena empresa de automotas de auto memórias, uma mais bela de que a outra. Umas partindo em viajem para escreverem cartas. Outras mal receberam seus pedidos.

-Violet temos um serviço novo para você! Vamos saia deste quarto! - diz o gentil e calmo dono da empresa, Sr. Hodgins.

-Sim - ela sai do quarto rapidamente com uma mala. Sua beleza conseguia encantar qualquer um, como se fosse uma boneca de porcelana, intocada e bela. - qual é a missão?

-Uma cliente no norte de Ctrigal...- o desconforto já era aparente, ele não queria mandar sua querida boneca para um antigo território inimigo.- mas se quiser...pode recusar a missão Violet, eu posso te mandar para uma missão no sul de-

-Não, eu aceito a missão, me dê o nome da cliente e o endereço que irei partir em viajem imediatamente. - diz Violet interrompendo-o subitamente.

-...Rose Marlborough.

~•~

No norte de Ctrigal a neve dominava o triste antigo cenário de guerra, escondendo todas as imperfeições criadas pelo trágico acontecimento. Parecia que a própria natureza queria esconder das almas inocentes o acontecimento que congelou milhares de corações no tempo.

Violet chega em uma pequena cidade, cinza, os parques não tinham vida, as crianças não brincavam na rua, só havia uma pessoa fora de casa, uma mulher. Ela estava sentada em um dos bancos do parque sem vida, observando o lugar com um triste olhar

-Senhora, com licença, você conhece a Sra. Rose Marlborough?

-Ah você deve ser a Violet! Sim, eu sou a própria! Prazer em te conhecer! - seu olhar mudou subitamente de triste para um alegre e bondoso.

-O prazer é todo meu, Sra. Marlborough.

-Ah não precisa ser tão formal! Pode me chamar só de Rose, venha vamos para minha casa, as pessoas dessa cidade não gosta muito de sair de casa.

~•~

A casa era simples, com várias e várias cartas emolduradas e livros em estantes.

Violet tinha acabado de abrir sua mala, revelando sua máquina de escrever, encima de uma pequena mesa com um pequeno vaso de flores, em frente a Sr. Marlborough.

- Bem, eu te chamei aqui por indicação da minha prima, Luculia, fora que ela recusou totalmente o serviço.

- Me diga ,Sra. Marlbolrough, qual o conteúdo da carta que quer que eu escreva?

Rose é uma pessoa de pouquíssimas palavras, mesmo aparentando ser muito extrovertida com os outros, o motivo de sua mudança ríspida? Ninguém sabe. Isso é algo comum que Violet ouviu na região sobre Sra. Marlbolrough e aparentemente essa "hiperatividade" de Rose estava atacando-a novamente.

-... Escreva uma carta para uma pessoa que você ama, mas não de modo romântico.

- Mas senhora, a carta é para você e não para mim-

- Mesmo assim, Violet, escreva - diz Rose, a interrompendo sem exitar e de forma determinante.

- Sim senhora...

~•~

Horas e horas depois, e milhares de cartas foram escritas, todas de acordo com as exigências de Sra.Marlborough, mas, nenhuma de seu agrado, nem as mais belas que Violet havia escrito, todas recebia um ríspido "não" de Sra. Marlborough.

A noite caia sobre a triste e adormecida no tempo cidade de Ctrigal, assim que Sra. Marlboroungh notou isso, mandou Violet ir descansar em seu hotel.

No caminho de ida a sua hospedagem, Violet encontra um memorial de soldados mortos na guerra, é uma grande lápide com milhares de nomes entalhados, com flores a sua volta e caídas no chão a sua frente.

Major...

Violet sabe que encontraria o nome de seu amado companheiro de guerra ali, então, nem o procurou.

~•~continua...~•~

Palavras levadas ao ventoOnde histórias criam vida. Descubra agora