Foi com um esbarrão que tudo começou! Em um instante minha câmera estava ali, no asfalto quente, despedaçada com a minha lente preferida rachada, entre os pés das pessoas que passavam apressadas e não davam a miníma para o que tinha acabado de acontecer.
Eu estava com pressa também, foi por isso que a câmera tinha sido derruba, eu havia acabado de sair de uma prova fudida de semiótica e me dirigia para o estágio, que justamente hoje eu não poderia faltar, pois tínhamos um ensaio para uma campanha importantíssima. O Rodrigo iria me matar! Mas antes de ele matar, eu que mataria o cara que tinha esbarrado em mim e ter feito eu derrubar meu bebê.
Ele estava ali próximo a mim, olhando com uma expressão vaga, reforçada pelo óculos que o fazia parecer esnobe.
Foi mal, aí cara -Simplesmente disse ele com uma , como se o fato de ele ter derrubado minha câmera no chão fosse algo que só iria atrasa-lo em algo.
- Foi péssimo! Olha o que você fez! - Olhei-o com todo o ódio que eu estava sentindo, em resposta, ele me olhou com o que parecia desdem. Seus óculos escuros o fazia parecer cada vez mais entediado, a expressão preocupado tinha dado lugar a uma com o ar de superior. Ele não parecia muito o tipo de cara que se encontra nas ruas da cidade, ele parecia ter saído de um catálago de moda ou algo do gênero. Ele usava um coturno amarelo com uma calça azul skinny rasgada com uma jaqueta vermelha com uma camisa branca por debaixo. Seu maxilar era bem definido no rosto sem marca de acne ou sarnas. Ele trazia consigo uma barba rala, de mais ou menos três dias. Seus lábios eram simétricos e bem definidos, seus cabelos de tom claro subiam em um topete que fechava o visual dele, que convenhamos era de invejar. Eu nem sei como registrei todos esses detalhes rapidamente.
Recolhi o que restava da câmera e seus pedaços soltos quando um carro buzinou alto e eu fui puxado para a calçada, o sinal estava aberto!
- Por favor, não me faça responsável, por além do prejuízo da câmera, da sua morte também. Podemos sentar em algum lugar para resolvermos isso?
- Sinto muito, Rodrigo, mas infelizmente foi isso o que aconteceu. - Eu explicava para o meu chefe, olhando da vista panorâmica da praça de alimentação do shopping, que ficava próximo da faculdade e de onde nós tínhamos parado para resolvermos o assunto da câmera. - Posso compensar amanhã.
- Relaxa, Chris, a agência tá com frescura com esses modelos, ele não vão vir hoje também. Possivelmente, virão amanhã. Temos que ficar aqui, esperando. Mas tudo bem, resolva aí, esse lance de sua câmera e amanhã prosseguimos com o nosso trabalho.
-Ok, muito obrigado, Rodrigo, até amanhã. - Desliguei o celular e voltei para a mesa que estava o sr. apressadinho. Ele examinava o destroços do meu bebê, sentei e o encarei. - Já falei com ele, expliquei a situação.
- Hum, certo. E agora?
Senti minha sobrancelha arquear.
- E agora que vamos ter que comprar as peças novas, que pela a minha análise vão sair quase o preço de uma nova, ou seja, caro.
Eu me via no reflexo de seus óculos escuros, e sentia a raiva crescer dentro de mim, e o motivo era a cara de paisagem dele.
- Certo, eu compro uma. - Disse após um suspiro.
- Eu disse que vai sair caro.
- Eu ouvi, disse que vou comprar uma. - Respondeu ele com a voz calma.
- Imagino que dinheiro não seja problema pra você!
- É a solução da maioria dos casos.
Eu já estava muito irritado.
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Equinox
Teen FictionUm reencontro inesperado entre Christopher Navarro e o encantador Théo Barcel muda drásticamente o rumo das vidas desses jovens, que foram separados quando crianças devido a uma tragédia. Mas nem tudo são flores, Théo guarda um segredo que pode des...