Regra número um.

23. a carta

Querido Peter K,

Antes de tudo me recuso a chamar você de Kavinsky. Você deve ter achado um máximo quando as pessoas começaram a te chamar pelo sobrenome do nada. Quer saber Kavinsky soa como um nome de um velho com a barba Branca e comprida.
Quando me beijou sabia que eu ia me apaixonar por você? Sim. Porque você acha que todo mundo ama você. E é isso que eu odeio em você. Todo mundo ama você, inclusive eu, eu amava, não mais.

Aqui estão seus piores defeitos.

Você arrota e não pede desculpas. Apenas supõe que todo mundo vai achar fofo.

Você sempre pega o último pedaço de pizza. Nunca pergunta se mais alguém quer isso é falta de educação.

Você é tão bom em tudo. Bom demais. Você poderia dar a chance de outros garotos serem bons, mas nunca dá.

Você me beijou sem motivo. Apesar de eu saber que você gostava da Gen e de você saber que gostava da Gen, mas você me beijou. Porque?

Era pra ser especial, meu primeiro beijo.

..........

Aquele beijo estúpido me fez gostar mais ainda de você. Gen sempre disse que você é o garoto mais bonito da nossa sala e eu concordava porque é.
Muitas pessoas são bonitas, isso não as torna intrigantes ou legais. 

Talvez tenha sido por isso que você me beijou, pra ter controle mental sobre mim. 

Apesar de não merecer vou falar tudo que gosto em você.

Uma vez na aula de ciências ninguém queria fazer dupla com Jeffrey porque ele tem cecê e você se ofereceu.
Você ainda está no Coral, apesar de todos os outros garotos estarem indo pras orquestras e bandas.

Você foi o último garoto a ficar alto, mas foi como se merecesse.