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- Hyung, você deveria parar de beber - eu pedi ao Jungwoo

     Nós passamos horas conversando naquele bar como bons velhos amigos que acabaram de se reecontrar. Nós contamos muita coisa um ao outro, nos colocamos finalmente a par da vida um do outro novamente. 

- Eu vou te acompanhar até em casa, ok? - o mais velho apenas assentiu com a cabeça

      Já era quase meia noite e eu estava andando pelas ruas iluminadas de Seoul, Jungwoo ainda estava um pouco bêbado e cantarolava alguma música baixinho, nossos corpos as vezes se trombavam e ele se desculpava com um sorrisinho tímido.

- Sua casa ainda fica muito longe? - perguntei 

ele negou com sua cabeça e eu percebi que ele mantinha sempre um biquinho fofo em seus lábios.

- Vamos virar nessa esquina, então vamos sair do centro e estaremos quase chegando - ele falou e eu assenti 

        A sua presença não me deixava mais desconfortável, pois agora eu não tinha mais nada para esconder dele, então mesmo que estivéssemos maior parte do tempo em silêncio, eu não me importava.

        Agora que estamos pela área residencial de Seoul, pude me dar o luxo de apreciar as casas tradicionais, as ruas mais estreitas, mais escuras e mais silenciosas, eu realmente gostaria de morar em um lugar assim.

         Senti a mão gelada do Jungwoo ir de encontro ao meu pulso, o garoto havia parado de andar, então eu fiz o mesmo, ele mantinha sua cabeça baixa, por isso me aproximei e segurei em seu rosto, para que pudesse olhar em seus olhos.

- Está se sentindo bem, Jung? - perguntei preocupado 

- Eu só... - ele mordeu seu lábio inferior e me encarou 

          Foi acabando a distância que havia entre nós dois, seus lábios agora roçavam contra os meus, como se ele estivesse pedindo permissão para me beijar, então como resposta, fechei meus olhos e entre abri minha boca, entendendo o meu recado o mais velho iniciou o beijo.

          Um beijo calmo e carinhoso, bastante diferete dos anteriores, não havia malicia, não havia desejo, era só os nossos sentimentos se expressando, era apenas os nossos corpos deixando bem claro o que cada um de nós sentíamos.

           Minha mão adentrando e fazendo carinho em seus cabelos, seus braços que rodeavam minha cintura, estava tudo tão perfeito...

           Encostei nossas testas e dei fim ao beijo, acariciei o seu rosto, ele sorriu com meu gesto.

- Vamos parar por aqui hoje, hum? - falei baixinho

- Porque? - perguntou decepcionado 

- Vamos com calma, hyung - eu pedi e me separei de si, para que ele pudesse encarar meu rosto - Nós não podemos ignorar a situação entre nossos amigos e simplesmente começar um romance...

Ele estava apenas a me observar, eu não conseguir ler muito bem o que suas expressões passavam, tristeza, frustração. Mas resolvi o abraçar forte, para tirar acabar com qualquer mal entendido.

- Não vou desistir de você, apenas quero fazer do modo certo - falei próximo ao seu ouvido e em seguida beijei sua testa

        Ele afundou seu rosto na curvatura de meu pescoço e passou seus braços por minha cintura, enquanto o segurava forte contra meu corpo, como se ele fosse a coisa mais preciosa em minha vida. Ficamos assim por longos e bons segundos.

- Vamos, já está tarde e você precisa voltar para o dormitório amanhã - eu disse o afastando e lançando nossas mãos

- Você promete que amanhã não vai me afastar ou fingir que este momento nunca aconteceu? - perguntou encostando sua cabeça em meu ombro 

- Jungwoo, você se tornou tão necessário em minha vida, como a água é necessária para um peixe - eu disse 

Ele riu e beijou minha bochecha

...

         Depois de alguns minutos andando, chegamos em frente à sua casa, nos despedimos com um selinho e ele entrou. Já estava tarde e os ônibus haviam parado de rodar, então voltei para o centro e peguei um táxi.

         Enquanto estava no veículo, eu encostei minha cabeça no vidro e só conseguia pensar no quão díficil seria a partir de agora, quantos problemas eu terei até que meus amigos e os do Jungwoo nos aceite?

         Para começar pelo próprio Sicheng, que xingava o Jungwoo toda vez que passava por mim e me via triste, como será que ele vai reagir quando eu o contar que quero lutar pelo amor do meu hyung? Será que vou apanhar?

        Quinze minutos depois, lá estava eu no elevador do prédio onde moro, eu tenho que admitir, estou mais nervoso agora para encontrar o Sicheng, do que estava horas atrás para encontrar o Jungwoo. Eu saí do elevador e me dirigi até a porta do apartamento, destranquei a porta e abri a mesma.

- Puta que pariu! - gritei de susto

       Eu me encostei na porta e coloquei a mão sobre o peito. O apartamento estava totalmente escuro, excerto pela luz exorbitante que a televisão emanava e em frente à esta luz, se encontrava o Winwin, sentado no sofá como se fosse o L de Death Note, com um upgrade, uma máscara facial.

 O apartamento estava totalmente escuro, excerto pela luz exorbitante que a televisão emanava e em frente à esta luz, se encontrava o Winwin, sentado no sofá como se fosse o L de Death Note, com um upgrade, uma máscara facial

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- "Estou com o Jungwoo, não se preocupe, quando chegar explico"? - ele repetiu a última mensagem que eu havia mandado para ele 

       O garoto se levantou e veio até minha frente, sua expressão não estava nada boa, não sei se era por causa da máscara ou por que ele estava com raiva mesmo.

- VOCÊ QUER ME MATAR DE PREOCUPAÇÃO, WONG YUKHEI? - gritou

- Sicheng, deixa pelo menos eu fechar a porta, os vizinhos... - eu o empurrei para dentro 

- FODA-SE OS VIZINHOS, YUKHEI! - ele continuou 

Eu fechei a porta e liguei as luzes

- Winwin, se senta, vamos conversar calmamente - o empurrei até o sofá

- Conversar calmamente o caralho, eu to puto, a culpa é sua, então eu vou descontar em você! - ele disse sentado, mas ainda assim puto 

- Ok, Winwin pode gritar comigo, eu não ligo - falei me sentando do seu lado e massageando sua mão direita

     Alguns minutos depois, ele havia se encostado no sofá e caído no sono, eu ri da cena e retirei a máscara de seu rosto.

- Winko, vá para a cama - ele levantou praticamente sonambulo e foi sem reclamar de nada

Quando ele entrou em seu quarto e fechou a porta, eu desabei no sofá. Melhor eu deixar para contar amanhã, se eu for falar mais alguma coisa hoje, talvez ele mesmo me mate.

...

Winwin é praticamente a mãe do Lucas hahaha

Então o que acharam do capítulo e quais suas expectativas sobre essa reta final? 

Eu só quero dizer que uma senhora de 90 deve ter a saúde melhor que a minha e que se eu não tivesse com rascunho pronto, não ia conseguir fazer att, porque eu to só o pó da rabiola 

paradise » luwoo «Onde histórias criam vida. Descubra agora