"A cicatriz em seu dedo da mão esquerda é por que em outra vida alguém te amou intensamente e, nessa vida ela não foi capaz de esquecer o que vocês viveram. Talvez ela te procure...", Harry lia isso em um site qualquer enquanto examinava atentamente sua mão esquerda á procura de alguma cicatriz.
-Mão idiota,cicatriz idiota, eu sou um idiota-Harry resmungou.
-Tudo bem, Sr. Styles?- perguntou o pequeno enfermeiro, do outro lado do quarto.
-Não...-ele disse, com sua voz abafada.
-O que aconteceu, Senhor?- Louis se aproximava do jovem de olhos verdes, que pra muitos no local carregava um cartaz escrito "não chegue perto, eu sou louco".
-Eu não tenho a merda da cicatriz.
- Isso é ruim?- o pequeno enfermeiro manteve seus olhos azuis fixos em Harry.
-Isso é péssimo, sabe moço, eu tenho medo de nunca ser amado por que a minha garota não me achou. Eu sei que agora você deve estar pensando "isso é tudo bobagem", mas pra mim, não é, tudo isso é real...-Harry deu um pequeno riso, como deboche e continuou:- é óbvio que você não vai acreditar, eu sou louco... quem iria acreditar em um louco?
Louis ficou em silêncio, por que nem ele com todo o seu conhecimento sabia o por que de Harry ser assim.
Enquanto Louis pensava Harry perdia o controle.
-Isso é real moço, isso é real...-Styles faz uma pausa e olha para a profundidade dos olhos de Louis, talvez até ele, com toda a sua loucura sabia que Louis era a única realidade daquele lugar- real, real, real...
Naquele momento, Harry não tinha mais o controle de si mesmo. Louis se vê na obrigação de medicar o rapaz.
(...)
Enquanto Harry dormia ele o examinava com curiosidade, como quem dizia "o que o trouxe pra esse lugar? Alguém tão bonito e jovem". Mas da mesma forma que ele admirava a beleza de Harry, ele respeitava seu estado.
Louis era diferente de todos os outros enfermeiros, ele não tratou Harry como um animal, não o prendeu naquela maca fria, nunca entrava naquela onda dos seus colegas do vestiário que chamavam Harry de "biruta", jamais se aproveitou das vezes em que Styles dormia, sempre que Styles cantava naquele quarto abafado, ele estava lá, admirando sua voz.
O pequeno enfermeiro era gentil, e talvez fosse a única realidade que os olhos verdes de Harry já viu, mas a loucura de Harry o mantinha longe demais.
Louis Tomlinson é real, é a 'teoria' mais real que Harry já viu no The Grace.
(...)
Quando Harry acordou, Louis estava lá, olhando como o cacheado era lindo, ou estava apenas fazendo sua obrigação de olhar como o paciente vai estar quando acordar, isso nem Harry e nem o próprio Louis sabe dizer.
-Como se sente, Senhor Styles?-disse Louis, se levantando da cadeira e se aproximando da maca de Harry.
-Eu estou bem. Foi só mais uma recaída do meu lado louco, sempre acontece- respondeu, com tanta clareza que não parecia o mesmo cara que a três horas atrás gritava e esperniava.
-Breve o senhor se livrará de suas recaídas.
Louis deu as costas pra Harry, mas era óbvio que ele não queria ir e naquele momento nem Harry queria ele fosse, por isso, Harry pega o braço de Louis.
Os cachos de Harry estão bagunçados, então, quando Louis já voltou sua atenção para o mesmo, ele arruma seus cachos, como alguém que quer provocar.
-Você acredita...Dr. Louis?- perguntou Harry.
-No que?-Louis estava confuso já que a segundos ele foi pego de surpresa por um movimento de sedução.
-Nas teorias?
-Não, teorias são criadas pra distorcer a realidade... a realidade, ela não pode ser distorcida.
Depois do que Louis disse Harry acabava de concluir que estava realmente louco e que aquilo não era "o melhor lugar para passar as férias" e sim um maldito 'hospício'.
O silêncio se instalava naquele quarto, enquanto cada um massacrava sua mente. Aquilo era horrível até pra quem via.
-A cicatriz...-Louis começa falar e Harry direciona rapidamente seu olhar pra ele- você tem a cicatriz, no seu 4° dedo, ela é pequena e quase imperceptível. Mas ela está aí.
-Obrigado, Tomlinson.
-Até mais, Senhor Styles.
Louis saiu, deixando Harry sozinho com sua cicatriz e um velho computador deixado ali pra que ele pudesse falar com sua mãe, mas que na realidade era usado pra a pesquisa de novas teorias.
-A realidade-Harry sorriu, enquanto olhava sua pequena cicatriz.
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Teorias
FanfictionHarry passa todos os seus dias martelando sua mente com aquelas malditas teorias sobre o amor. Ele acreditava cegamente que aquela pequena cicatriz em seu dedo o levaria até o seu amor, ou que o fato de ele ter olhos verdes traria a sua pessoa. E...