O que estava acontecendo.. ? Nenhuma palavra saia de minha boca, apenas.. as lagrimas preenchiam meu rosto. Naquele momento. Gabriel me olhava sem entender, parado na porta. Quase como um extinto, apenas abaixei minha cabeça, e comecei a chorar.
— Por favor.. fecha a porta e me deixa sozinha..
Foram as únicas palavras que conseguiram sair de minha boca, e apenas permaneci ali, sendo torturada pela minha própria mente.
Sem Rumo ?
Acordo assustada com um barulho de um forte estrondo, acho que era um trovão.. e.. pelo som, uma forte chuva caía sobre a cidade. Me levantei da cama, o olhei pela janela, estava claro, porem muito nublado, e sem um raio sequer de sol. Espera.. eu dormi ?! Chorei até dormir, não foi.. ?
Ando em direção ao meu guarda-roupa, e me troco, e em seguida, vou ao banheiro, e me olho no espelho. Realmente eu havia chorado até dormir, meu rosto estava completamente inchado, olhos vermelhos, e uma clara expressão de cansaço. Logo, escovo meus dentes, escovo meu cabelo, e lavo o rosto.
Gabriel rapidamente percebe a minha movimentação, e fala da cozinha um animado bom dia, daqueles que podem salvar seu dia.
- Booooom dia garotinha ! Como você está nessa belíssima manhã ? Espero que esteja melhor.
— Ga..? que horas são hein.. ? -Minha voz mau saía, estava rouca e baixa-
- São.. 8h28, agora, aliás.. milagre você acordar cedo assim, vai para algum lugar ?
— Não eu.. não vou sair. E eu acordei no susto.. com aquele trovão
- Ah, entendi, bem, o café já está pronto, hoje eu vou ficar o dia fora, tenho que trabalhar hoje para cobrir aquele outro dia. Mas chego um pouco mais cedo, lá pelas 21.
Eu já havia me jogado no sofá naquele momento, apenas tentando me concentrar em ouvir o que ele dizia.
— Ga.. eu vou sair com você, vou dar uma passada em algumas lojas, daí já aproveito e saio contigo.
- Ah. okay -ele logo esbanja um sorriso no rosto-
- Eu vou sair daqui uma hora mais ou menos.. vamos no meu carro, te deixo por lá
Passou-se o tempo, já estava junto dele no carro, saindo do estacionamento de nosso apartamento, assim que ele acelera levemente, meu olhar é atraído por meu celular em meu bolso..
— Será que.. eu devo escrever mais...?
Acabo falando alto, e Gabriel logo percebe.
- Quer dizer então que está escrevendo algo, finalmente! Quando vou ler ?
— NUNCA! TÁ HORRÍVEL
- Ata. Não caio nessa, nunca mais hahah, quando eu chegar vou querer ler -Ele me olha de canto, rindo um pouco, não tem como enganar ele..-
Eu então pego meu celular, desbloqueio, e vou direto para o bloco de notas...
. . .
A professora então chega na sala, meu braço ainda doía um pouco pelo puxão de Oliveira, me encaixo em minha mesa, e abro o caderno, aula de historia.. é claro.
Fiquei a aula inteira apenas pensando na conversa que tive com a garota.. eu nunca havia visto ela antes, será que era aluna nova, ou eu realmente nunca reparei.. ? Ela é tão fofa.. e aquela touca! Ela havia dito que tinhas muitas, não foi ? É, foi sim! Eu acho que-
-O sinal toca, e a aula então acaba-
— QUÊ ? JÁ ? COMO ASSIM ?
Eu realmente viajei tanto assim ? fiquei a aula toda pensando nela ? Meu Deus..
-Oliveira da uma leve risada vindo até minha mesa-
- Parece que alguém está-
Tapei a boca dele no mesmo instante, e segurei a risada, tentando fazer cara séria
— Não. Não mesmo.
O resto do dia se passa, e então, a ultima aula acaba. Guardo todo meu material, e saio da minha sala, e fico no corredor, Oliveira foi embora mais cedo hoje, eu não queria ficar sozinha té minha mãe chegar.. Então encostei no corredor e esperei a garota fantasma passar.
. . .
- Yasmin ? Yasmin ?! YASMIN O SUA JAGUNCIA DE ESQUINA!
Gabriel me chama, nós havíamos chegado no centro da cidade.
— Ahh.. ? ATA, DESCULPA! -Eu dei uma risada alta, balançando a cabeça tentando voltar a mim. -
Me despedi dele, e desci do carro. Vejamos.. eu estava indo para o.. o.... SHOPPING! ISSO! Gabriel felizmente me deixou quase que na frente do local, então apenas atravessei a rua quase sendo morta, e entrei no shopping.
Fiquei vagando pelo primeiro andar procurando algo de interessante, quando fui em direção a escada rolante, para ir ao segundo andar, quando então, vi Nicoly descendo as escadas...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Your Reality
RomanceQuando o destino une duas pessoas, nem elas, nem o tempo podem as separar. Your Reality narra um desses muitos casos. (Para identificar as falas da personagem principal, estará usando travessão " - ")