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regrɑ número 1 de um colégio: nuncɑ declɑre seu ɑmor por um mɑcho.

pois sempre hɑverά umɑ consequênciɑ!

゚・:*✿

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Jaehyun, eu sou um idiota, I.D.I.O.T.A. - Ten choramingava todas suas mágoas sobre um travesseiro de unicórnio que havia ganhado do melhor amigo. - Por que eu fiz aquilo?

- Pare de se culpar, você não colocou seu nome na carta, ele nunca vai saber que foi você, além do mais, ele é o boy mais desejado do colégio, as garotas se matam pra ter uma única oportunidade de ficar frente a frente com ele, ele deve receber várias dessas cartinhas por dia. - Jaehyun tentava de tudo para ajudar o amigo, mas era meio que impossível, já que o crush do Ten pelo Taeyong não era de hoje.

- Só que é isso que me atormenta, é o fato dele poder ignorar a carta e jogar no lixo por ter tantas admiradoras, sem ao menos ler ela, e eu fiz com todo meu carinho e sentimento, foi do fundo do coração, coloquei até o cheiro do meu perfume naquela carta. - Aquela tristeza piorava à cada segundo, a curiosidade estava o matando junto com a tristeza. - Já sei! Vou fugir do país e viver uma nova vida!

- Ten, você já fez isso.

- Ah, é mesmo... Então, vou mudar de colégio pra não ter que me preocupar com mais nada. - Ten pulou da cama jogando o travesseiro no amigo, pegou o notebook procurando por sites que informassem colégios mais próximos da região. - Droga, os colégios mais próximos, são todos pagos, minha mãe teria que vender a casa, um rim e eu pra poder pagar... Desisto.

- Pare de ser bobo, vai que ele gosta da carta e acabe procurando pela pessoa que a escreveu.

O tailandês riu.

- Aí que piora. Ele é hetero! - Jaehyun tentou procurar alguma resposta, mas todos argumentos haviam se esgotado, Ten pegou o travesseiro da mão de Jaehyun e voltou para a cama, tampando o rosto, desolado e talvez falando, sem esperanças.

Jaehyun saiu do cômodo não incomodar mais o amigo, desceu até a cozinha onde a mão do mesmo mexia no celular enquanto escutava uma de suas músicas bregas.

- Conversou com ele? - Ela perguntou ao ver o coreano entrar de cabeça baixa. - Pela sua cara ele ainda 'tá mal.

- Tia, o Ten se culpa por ser gay e gostar de um garoto, isso seria algo ruim? Porque eu acho que não. - A Sra.Chittaphon largou o celular pensativa.

- Acho que é minha vez de tentar falar com ele.

- Vou colocar toda minha fé na senhora! - A mesma subiu as escadas, já ouvindo os choros altos do filho do corredor, o menino era realmente dramático quando o assunto era chorar.

Abriu a porta, vendo o tailandês de bruços na cama, ainda agarrado no travesseiro.

- Oh, meu filhinho querido, o que foi? Fala pra mamãe, o que está acontecendo?

- O que está acontecendo é que eu sou gay, declarei meu amor para meu crush de infância e agora estou me lamentando nesse unicórnio idiota. - O mesmo não se atreveu a olha-la, mas ele sabia que ela estava o olhando com cara de cachorrinho triste. - O que eu faço, mãe ?

- Primeiro, pare se chorar, segundo, arrume esse quarto que 'tá uma bagunça, terceiro, esqueça, você pelo menos tirou algo do seu coração e se isso o incômoda, deixe pra lá, uma hora ou outra

Enquanto isso, do outro lado da cidade de Busan, na casa de Lee Taeyong para ser mais exata, o garoto encarava a caligrafia misteriosa naquele papel decorado por rosas desenhadas, delicadamente, uma por uma, aquele perfume doce de morango. Ele se questionava quem havia escrito declaração de amor.

Que eu vou colocar logo à baixo para não matar vocês de curiosidade.

Eu gostaria que você soubesse, de cada momento que perdi da minha vida, para lhe admirar, para ficar vendo seu sorriso, que era e ainda é, as razões do meu dia ser perfeito.

Mesmo que você não saiba que eu sou, que nem ao menos me conheça.

Eu precisava parar de me esconder e esconder meus sentimentos por você. Gosto de você, Lee Taeyong.

τ.

I'm (not) Virgin!Onde histórias criam vida. Descubra agora